RAFAELLA
Na manhã seguinte, sexta-feira, acordei um tanto animada e ansiosa. É o dia em que vou até Angra acompanhando Gizelly em seu trabalho. Será uma forma de eu me distrair também e não pensar em Flávio, que por incrível que pareça, está sumindo de meus pensamentos. Gizelly tem tomado conta dele ultimamente. Não consegui tomar meu café da manhã de tanta ansiedade. Me arrumei, peguei a chave do meu carro e segui para a loja.
Noite passada eu já havia deixado minha mala pronta, hoje eu iria trabalhar até mais tarde por conta de ter pedido folga no dia seguinte, não ia ter tempo para arrumar tudo quando chegasse. Já que Gizelly resolveu ir ainda hoje. Cheguei e Lucas, como sempre, ja me esperava. Dei o meu bom dia para os demais funcionários e abrimos a loja.
Batemos os pontos, atendemos clientes, resolvi questões burocráticas no escritório junto de Pedro e André, resolvi devoluções e trocas. Ajudei as meninas nos caixas e depois do meu almoço, fiquei apenas rondando a loja. No fim do expediente eu ja estava morta. Me despedi de todos e fechamos a loja, o céu ja estava escuro. Olhei no relógio em meu pulso e já apontava seis horas e vinte minutos. Fui em direção ao estacionamento e peguei meu carro.
Assim que cheguei em casa, fui direto para o banho. Lavei meus cabelos e tomei um banho bem demorado. Quando terminei, fiquei apenas de lingerie enquanto secava meus cabelos. Logo meu celular vibrou sobre a mesinha ao lado da tomada do secador. Parei minha ação apenas para responder Gizelly que dizia ter chego em casa. Minutos depois eu já tinha terminado com meus cabelos e vestia minha calça jeans e uma blusa de alça fina. Calcei meu tênis branco da mesma cor da blusa e finalmente estava pronta. Puxei minha mala até a sala e assim que me sentei no sofá, peguei meu telefone celular para avisar Gizelly que ja estava a sua espera. Mas antes de eu mandar a mensagem, ouvi o toque do interfone.
"Será que é ela?" Perguntei para mim mesma e levantei indo em direção ao quintal. Mas quando abro o portão, não é a dona das batidas frenéticas em que meu coração está se comportando agora.
- Caon? O que houve?- Perguntei confusa e o vi tirando o capacete, ainda sentado na moto.
- Vai sair?-
- Vou uai. Aconteceu alguma coisa?-
- Não! Só achei que você estivesse sozinha e resolvi te chamar pra dar um passeio. Hoje é sexta-feira, achei que...- Ele falava meio sem jeito, me fazendo sorri fraco.
- Dani, obrigado pela preocupação mas eu.... É...- Suspirei fraco antes de continuar. - Estou esperando a Gi. Mas pode entrar se quiser.-
- Ah, desculpa.. Eu realmente achei que estivesse sozinha, vim te fazer companhia. Vou indo então.-
- Pode ficar, qual problema?! Não somos amigos? Entre.- Dei espaço e ele saiu da moto, logo passou por mim.
Fechei o portão novamente e entramos. Daniel ficou na sala e logo sentou no sofá. Enquanto isso, fui até o quarto para ver se eu não tinha esquecido de nada. Vendo que tudo estava certo, fechei a porta da varanda e a janela. Apaguei as luzes e saí do quarto fechando a porta, deixando apenas o corredor aceso. Em seguida fui desci para sala ja mandando mensagem para Gizelly.
- Vai viajar?- Sua voz me chamou atenção.
- Sim.. Vou em Angra com ela. Ela tem uma sorveteria lá e esse fim de semana ela trabalha lá.- Respondi ainda digitando a mensagem.
- Ta sério a coisa então?- Levantei meu olhar para ele com a pergunta.
- Vocês estão indo viajar juntas.-- Já conversei com você aquele dia.-
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Procura-se uma Mãe! 2 Parte final.
FanfictionÚltima parte e final de Procura-se uma mãe.