Capítulo 10

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RAFAELLA

Comi muita besteira no dia anterior e misturei a cerveja na praia e o vinho no jantar. Acordei com um ressaca infernal e náuseas. Gizelly já havia saído, imaginei que ela teria ido para a loja. Olhei as horas e apontava às dez da manhã. Antes de me levantar atrás de um analgésico para dor de cabeça e um banho bem esperto, fiquei por alguns minutos ainda deitada pensando no que rolou minutos antes de pegarmos no sono. Se eu não interrompesse, a essa hora Gizelly e eu já nos conhecíamos intimamente. Despertei de meus pensamentos e fui até minha mala. Peguei um remédio para dor e em seguida peguei uma roupa casual e entrei para o banheiro.

Tempos depois eu já estava pronta. Coloquei uma bermuda jeans e uma blusa simples. Coloquei meu óculos escuro e prendi meus cabelos em um coque frouxo. Peguei meu celular e minha carteira de mão e segui para a Gelado Gostoso.

Cheguei na sorveteria e Gizelly estava parada próximo ao balcão conversando com um dos funcionários. Em suas mãos, ela segurava uma prancheta e uma caneta. Os dois falavam coisas e ela ia anotando algo. Sua expressão estava séria, eu nunca tinha visto ela em seu modo empresária ou patroa. Suas vestes era de mulher séria, se eu não a conhecesse boba e divertida, não diria que era ela. Quando cheguei mais próximo, ela percebeu minha presença e sorriu.

- Oi, bom dia! Que surpresa boa.- Me cumprimentou e virou sua atenção para o rapaz, entregando a prancheta em suas mãos. - Já estão todos revisados, ok Jhonatam?! Só precisa passar para o sistema. Mais tarde eu dou basta.- O rapaz assentiu e se afastou. Ela logo virou sua atenção para mim. - Já tomou seu café?- Perguntou olhando as horas em seu pulso. - Aliás, já almoçou?-

- Nem um e nem outro.- Respondi sorrindo amarelo, e ela franziu o cenho.

- Mas já são meio dia e meia, você não tomou café?-

- Acordei com o estômago meio empazinado. Vim te buscar pra almoçarmos logo. Você ainda tem coisas pra fazer?-

- Mesmo se tivesse... Vamos?-

Voltamos para a casa e Gizelly trocou sua roupa por uma mais confortável. Logo pegou a chave de seu carro e pela primeira vez naquela Cidade desde que chegamos, fomos de carro para algum lugar. Como a casa é bem no Centro, fazíamos tudo caminhando. Todos os lugares que visitamos, era perto da casa. Fomos para um restaurante numa Ilha um pouco mais na frente de onde estávamos. Levamos cerca de meia hora para chegar. Deixamos o carro estacionado e seguimos andando por mais dez minutos até chegarmos ao restaurante beira-mar. Passamos por uma ponte de madeira até chegarmos no interior do ambiente quase no meio da água.

- Quando penso que você não pode mais me surpreender, você vem com essa.- Falei puxando uma cadeira para me sentar. Ela fez o mesmo.

- Você precisa vir à noite, a coisa mais linda. Eu ia trazer você ontem para jantar, mas não deu tempo.-

- Fica como uma dívida então. Está me devendo me trazer pra jantar aqui.- Falei divertida.

- Quem sabe na minha próxima bate e volta?!- Ela disse piscando um dos olhos e a garçonete logo chegou com os cardápios. Escolhemos o que iríamos comer e beber e a moça logo se afastou. Dessa vez pedi um suco natural da fruta.

- Você costuma vir sozinha?-

- Na verdade quem vem sempre é a Marcela e a Vanessa. Elas trabalham comigo no escritório da firma. Vanessa é responsável pelo trâmites da fábrica, Marcela cuida de coisas burocráticas junto da minha advogada. E tem a Nathalie que é minha secretária. Geralmente eu só venho uma ou duas vezes ao mês pra dar aquela revisão geral, aí a Nathalie vem comigo.-

- E esse fim de semana era o dia de você vir. É isso?-

- Não! Na verdade eu resolvi vir mesmo por você.-

Procura-se uma Mãe! 2 Parte final.Onde histórias criam vida. Descubra agora