Capítulo 36

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GIZELLY

Encerrei a conta e fomos direto para onde o manobrista estava. Entreguei a chave e a plaquinha a qual continha a numeração do meu carro e um deles foi até o estacionamento. Enquanto esperávamos, chequei meu telefone celular. Havia muitas mensagens não lida, uma delas a de Pyong. No áudio era a voz do Lee que soava, perguntando que horas voltaríamos para casa. Respondi que já estava à caminho e logo o carro chegou. Não deu tempo de eu ver sua resposta, pois entramos e demos partida.

Rafa e eu fomos o caminho todo numa conversa amena, de mãos dadas e dedos cruzados em seu colo. O câmbio de marcha do meu carro sendo automático, nos dava essa liberdade, de ir e vir grudadinhas. Não demoramos muito para chegarmos em casa, já que o restaurante não ficava tão longe. Estacionei em uma de minhas vagas ao lado do carro de Rafaella e seguimos até o elevador. Quando chegamos no corredor com uma única porta, ouvimos o chorinho fino de Nicolas.

- Na hora! Meu peito está a ponto de explodir.- Rafa disse já abrindo a porta. Logo vimos a cena, Nick no colo de Sammy que tentava acalma-lo com sua chupeta. Lee preocupado, como sempre com a fraldinha de pano na mão, e Pyong na cozinha.

- Ôh filho.... Mamãe chegou!- Rafa disse indo até eles na sala.

- Ta chorando muito tempo? Por que não ligaram?- Perguntei assim que me aproximei.

- Ele despertou agora.. Enjoou só agora.- Sammy respondeu.

- Toma, meu filho!- Pyong chegou na sala, entregando o copinho com nescau para o nosso filho.

- Como foi por aqui?- Voltei a perguntar.

- Super tranquilo Gi, ele é muito bonzinho.- Foi Sammy quem respondeu.

- Em compensação, esse aqui não parou de falar um minuto.- Pyong disse apontando para Lee.

- Quem será que ele puxou né?!- Brinquei e ele logo riu. - Obrigada por isso, ta gente? Vocês foram um anjo.-

- Obrigada nada, minha uma semana de folga.- Pyong brincou e eu o encarei séria.

- Vou descontar dez reais do seu salário toda vez que me pedir folga.- Devolvi a brincadeira me jogando no sofá. Logo ouvimos o bebê voltar a chorar.

- Gente, eu vou entrar pra dar atenção à ele ta?! Obrigada mais uma vez.- Rafa disse indo em direção ao corredor.
- Pyong, a Gi está te devendo uma.-

- Eu nada! Fala por você.- Falei rindo da expressão descrente que o mesmo fez. - Aí óh, o presentão que eu já te dei.- Apontei para Lee que finalizava seu nescau.

- Vou nem falar nada com você, Gizelly.- Ele respondeu com uma falsa indignação. Ri ainda mais. - Bom, vamos indo então.. Espero que tenha aproveitado sua noite.-

- Não acabou ainda não. Se quiser levar eles, por mim tudo bem.- Dessa vez, ambos me acompanharam na risada.

- Deixa a Rafa ouvir isso.- Sammy disse ainda rindo, fazendo-me levar meu dedo indicador até meus lábios pedindo discrição.

Nos despedimos mais uma vez e os levei até a porta. Passei a chave e voltei pra onde meu filho estava, no sofá vendo desenhos. Antes de me sentar com ele, levei seu copinho até a pia e passei uma água. Quando voltei pra sala, me sentei no sofá, retirei minha bota dos pés e puxei seu corpo para o meu.

- Ei, mamãe chegou. Vai ficar dando atenção para os desenhos?- Perguntei numa falsa tristeza e ele logo agarrou seus bracinhos em mim, num abraço gostoso. - Aí sim! Se comportou aqui com o papai e a tia Sam?-

- O Lee comportou. Ajudei a trocar a fralda do meu irmãozinho, sabia mamãe?!-

- É mesmo, filho? Você é muito prestativo. Sabia disso?- Perguntei e ele concordou sorrindo com os olhinhos fechados.

Procura-se uma Mãe! 2 Parte final.Onde histórias criam vida. Descubra agora