Capítulo 37

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RAFAELLA

Acordei na manhã seguinte, e de cara, vi Gizelly em pé na sacada com Nicolas de frente para a rua em seu colo. Ela o balançava de vagar de um lado para o outro. Ele estava acordado, no entanto. Sorri apaixonada com a cena, ele nem sequer chorou querendo peito. Ou pelo menos eu não o ouvi chorar. Levantei e fui em direção ao banheiro, aproveitei que ele estava quieto e fiz minha higiene pessoal. Em seguida, fui até eles. Cheguei por trás de Gizelly e envolvi seu corpo em meus braços, descansando meu queixo em seu ombro.

- Bom dia!- Falei pegando-a de surpresa, deixando um beijo em sua nuca. - O que houve? Caiu da cama?-

- Despertei tem uma hora, mais ou menos. Vi que ele também tinha despertado e trouxe pra tomar sol.-

- E não chorou?- Soltei seu corpo do meu abraço e me encostei no parapeito de vidro. Nick ao ouvir minha voz, ficou com os olhos atentos, me procurando.

- Até agora não...- Sua resposta foi interrompida com um resmungo que o pequeno soltou. - Agora sim!- Falou rindo e logo me entregou ele. - Bom, vou lá preparar nosso café. Você vai pra mesa ou quer aqui na cama?-

- Eu posso ir lá. Deixa eu só terminar aqui..- Ela assentiu e em seguida saiu da varanda em direção a porta do quarto. Fui até a cama e me sentei com Nicolas já em meu peito.

Enquanto eu o amamentava, como de costume, observava-o em sua trajetória alimentíssima. Acariciava seus cabelos ralos e loiros enquanto conversava com ele. Recebia em troca, seus gemidos fininhos e baixinhos e o barulho da sucção de sua língua em meu peito como resposta. É a parte mais gostosa do meu dia, quando sento para amamenta-lo. Um momento só dele e meu. Não posso negar, ele tem algumas coisas do pai mas puxou grande parte minha e isso me deixava feliz. Sempre peço também, internamente, que com a convivência, ele pegue manias e traços da Gi e do Lee. Os dois são muito calmos em casa e sabem resolver as coisas com tranquilidade e conversa. São muito amigos um do outro e carinhosos comigo, e agora com o bebê. Ciumentos também. Passei longos minutos nesse meu mundo 'mãe apaixonada' até que ele largou o peito, tirando-me de meus devaneios. Posicionei ele em meu ombro para arrotar e não demorou para começar a se encolher, e o barulho não muito agradável soar dentro da fralda.

- Eita mamãe... Veio cedo hoje em.- Falava enquanto dava tapinhas em sua costa.

- Quer ajuda aí?- Gizelly entrou no quarto vindo em nossa direção e sentou em nossa frente.

- Acho que vou dar banho nele logo. Só estou esperan....- Um arroto interrompeu minha fala nos fazendo rir. - A primeira parte já foi, agora só esperar ele terminar de encher a fralda.-

- Vou encher a banheira dele então.- Ela levantou e foi fazer o que disse.

Não demorou muito para tudo já está pronto na cama. A banheira com a água morninha, a toalha aberta na cama e a roupinha separada ao lado. Por último e o mais importante, a tampinha de álcool que Gizelly jogou na água e misturou. Logo dei banho nele com a sua ajuda. Aquele cheirinho de shampoo de bebê tomou conta do quarto. Minutos depois, ele já estava arrumado. E mais uma vez Gizelly tirou tudo da cama, guardando cada coisa em seu lugar.

 E mais uma vez Gizelly tirou tudo da cama, guardando cada coisa em seu lugar

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Procura-se uma Mãe! 2 Parte final.Onde histórias criam vida. Descubra agora