Capítulo 66

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GIZELLY

Cheguei em casa por volta das onze da noite. Demorei cerca de quatro horas na estrada, quase uma hora a mais do que o tempo normal. Havíamos pegado um pequeno engarrafamento na ponte do rio Niterói. E ainda, deixei Nathalie em sua casa.

Quando entrei em casa, percebi que o único som audível era a tv da sala bem baixinho, onde passava um filme de terror. Estranhei a situação pois Rafaella não gosta quando assistimos filmes desse gênero dentro de casa, e muito menos por causa das crianças. E mesmo sendo minha casa, eu respeito sua decisão. Afinal, essa casa também é dela. Minha confusão mental foi logo espantada, quando me aproximei e a vi dormindo toda encolhida no sofá. Provavelmente estava assistindo algum filme e dormiu, logo terminou e começou outro. Peguei o controle da tv e desliguei a mesma. Em seguida, me sentei na ponta do sofá e deixei um beijo em seus rosto, foi quando ela se assustou e abriu os olhos.

- Chegou, meu bem?- Sussurrou com sua voz de sono.

- Cheguei! Vai dormir em paz lá dentro.- Falei e ela sentou no sofá.

- Cê comeu alguma coisa? A Santa deixou tudo prontinho. Só esquentar.-

- Vou esquentar... Vai lá deitar.-

Ela levantou e foi para o quarto. Após eu ter esquentado o jantar e ter me alimentado, tomei um banho rápido e me deitei. Eu estava morta de cansada.

Na manhã seguinte, meu telefone celular despertou uma hora mais tarde do que o habitual. Eu pegaria no trabalho meio período apenas. Mas antes, eu teria que resolver as questões do casamento, começando pelo meu vestido. No dia anterior, Rafa conversou com a proprietária da loja de noivas e a mesma me esperava hoje para experimentar o vestido escolhido.

Levantei e vi que Rafa já havia saído. Fiz minha higiene pessoal, tomei um banho e coloquei meus trages. O relógio apontava para as onze horas e dez minutos. Segui para a fora do quarto vendo Nicolas almoçando na mesa com sua babá.

- Bom dia, Santa! Tudo bem?- A cumprimentei indo direto para a cozinha.

- Bom dia, dona Gizelly! Tem café na cafeteira e algumas torradas que a Rafa fez e deixou pra você.-

- Obrigada! A propósito, aquele bolo de batata estava sensacional.-

- Que bom que gostaram.-

Me sentei e tomei uma xícara de café e duas torradas, apenas, pois eu ainda iria almoçar. Minutos depois terminei meu café e voltei para o meu quarto. Comecei a arrumar minha bolsa para o trabalho e tempos depois de estar organizando papéis em minha pasta, voltei para a cozinha. E antes de me sentar para almoçar, pensei bem...

- Santa, acho que não vou almoçar em casa não. Estou pensando em pegar a Rafa pra almoçarmos juntas.-

- Faça isso, dona Gizelly. Mas vai agora, ela já deve estar saindo.- Assenti e me despedi dela e de Nicolas.

Me apressei em ir para a garagem atrás do meu carro. Durante o caminho, pensei em passar em sua loja, mas pela hora, ela com certeza já teria saído. E conhecendo bem onde ela sempre almoça, fui direto para o restaurante selfie servisse do shopping.

Cheguei em meia hora e estacionei o carro. Logo peguei o elevador e subi direto para a praça de alimentação. Assim que cheguei, a vi parada de frente para as rampas, fazendo seu prato. Me aproximei, peguei um prato e parei ao seu lado, deixando um beijo em seu ombro. No susto, ela se afastou e me olhou franzido. E assim que viu quem era, sorriu aliviada.

- Que susto, Gizelly.- Sua expressão me fez rir alto. - Já ia levar um soco, achando que fosse outra pessoa.-

- Sua cara foi impagável.- Falei ainda rindo. Ela riu revirando os olhos.

Procura-se uma Mãe! 2 Parte final.Onde histórias criam vida. Descubra agora