RAFAELLA
O domingo passou voando, nada de novo. Tirei um tempinho para ir até minha casa buscar meu uniforme e minha bolsa de trabalho. Como tem algumas roupas minha e do bebê no apartamento de Gizelly, não precisei me preocupar em pegar mais.
Liguei para Santa, a babá de Nicolas e combinei o horário com ela. Combinei também sobre o endereço da Gi e dela ir cuidar do Nick lá. Conversamos bastante e expliquei a situação. Ela compreendeu e disse que chegaria bem cedo no dia seguinte, para eu ir trabalhar tranquila.
A segunda-feira feira chegou e com ela a correria. Levantei mais cedo que o habitual para ajudar Gizelly. Optei por deixa-la de banho tomado e trocar a atadura de seu tornozelo antes de ir para o trabalho. Logo após fomos para a sala e a deixei confortável no sofá tomando seu café da manhã. Antes de eu sentar na mesa, a campainha tocou. E pelo olho mágico, vi Santa do outro lado da porta.
- Bom dia, Santinha!-
- Bom dia, Rafinha! Tudo bem?-
- Tudo sim! Entra, fique a vontade.- Dei espaço e ela entrou. - Foi difícil chegar aqui?-
- Muito não. Pedi um carro pelo aplicativo e chegamos rápido. É bem pertinho da sua casa.-
- Sim. Faço vinte minutos andando de lá até aqui... Senta, vamos tomar café.- Ofereci e antes de sentarmos a mesa, Santa cumprimentou Gizelly que finalizava seu café no sofá.
Comemos entre uma conversa amena, e quando terminamos, mostrei a casa pra ela e o quarto do bebê. Mais cedo Pyong passou por aqui e levou Lee para a escola, nos adiantando. Dei mais algumas recomendações e me despedi. Logo fui em direção a Gizelly, para recolher a bandeja.
- Por que não comeu a gelatina?-
- Porque não gosto.-
- Quem é que não gosta de gelatina?!- Falei e levei uma colherada até a boca. - Ta gostoso, amor.-
- Eu sei que deve estar, mas eu não gosto. É um doce sem graça. Não é de comer e nem de beber... Ela se desfaz na sua boca antes mesmo que você engolir.- Sua fala fez Santa gargalhar da cozinha. - É verdade, Santa.-
- Dona Gizelly, você é um barato.-
- É muita frescura, isso sim.- Falei por fim, terminando de consumir toda a gelatina e finalmente peguei a bandeja. Levei até a cozinha e lavei minhas mãos. Voltei para a sala, me despedindo dela. - Estou indo! Os remédios estão aqui e a garrafa de água também. Se até mais tarde você ver que a água ta muito quente, pede a Santa pra trazer outra. Não levanta e fica andando pela casa.-
- Eu não estou de muletas atoa.-
- Gizelly!- Chamei sua atenção e ela bufou. - Vou falar pra Santa me ligar se ver você pela casa. É sério.-
- Ta bom mamãe.- Ela debochou e eu mostrei minha língua, me inclinando para um beijo.
- Assim que a loja fechar eu venho correndo.-
- Ok.. Vai tranquila.-
Selamos os lábios novamente.
- Te amo! Fui.-
Saí do apartamento ouvindo um "Eu amo mais" e segui para o elevador. Desci até a garagem e entrei em meu carro.
****
A manhã foi toda em trabalho, muito trabalho.. Voltei com a corda toda. Coloquei as coisas em ordem e ajudei Pedro com alguns currículos que chegaram no RH. Mais tarde, antes do meu horário de almoço, organizei alguns produtos as quais encomendei na viagem e atualizei o sistema. Cerca de uma hora e meia depois, meu telefone celular despertou em meu bolso. Vi que já estava na hora de almoçar. Mas antes de pegar minhas coisas e sair, procurei saber de Gizelly em casa.
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Procura-se uma Mãe! 2 Parte final.
FanfictionÚltima parte e final de Procura-se uma mãe.