Capítulo 57

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RAFAELLA

O domingo passou voando, nada de novo. Tirei um tempinho para ir até minha casa buscar meu uniforme e minha bolsa de trabalho. Como tem algumas roupas minha e do bebê no apartamento de Gizelly, não precisei me preocupar em pegar mais.

Liguei para Santa, a babá de Nicolas e combinei o horário com ela. Combinei também sobre o endereço da Gi e dela ir cuidar do Nick lá. Conversamos bastante e expliquei a situação. Ela compreendeu e disse que chegaria bem cedo no dia seguinte, para eu ir trabalhar tranquila.

A segunda-feira feira chegou e com ela a correria. Levantei mais cedo que o habitual para ajudar Gizelly. Optei por deixa-la de banho tomado e trocar a atadura de seu tornozelo antes de ir para o trabalho. Logo após fomos para a sala e a deixei confortável no sofá tomando seu café da manhã. Antes de eu sentar na mesa, a campainha tocou. E pelo olho mágico, vi Santa do outro lado da porta.

- Bom dia, Santinha!-

- Bom dia, Rafinha! Tudo bem?-

- Tudo sim! Entra, fique a vontade.- Dei espaço e ela entrou. - Foi difícil chegar aqui?-

- Muito não. Pedi um carro pelo aplicativo e chegamos rápido. É bem pertinho da sua casa.-

- Sim. Faço vinte minutos andando de lá até aqui... Senta, vamos tomar café.- Ofereci e antes de sentarmos a mesa, Santa cumprimentou Gizelly que finalizava seu café no sofá.

Comemos entre uma conversa amena, e quando terminamos, mostrei a casa pra ela e o quarto do bebê. Mais cedo Pyong passou por aqui e levou Lee para a escola, nos adiantando. Dei mais algumas recomendações e me despedi. Logo fui em direção a Gizelly, para recolher a bandeja.

- Por que não comeu a gelatina?-

- Porque não gosto.-

- Quem é que não gosta de gelatina?!- Falei e levei uma colherada até a boca. - Ta gostoso, amor.-

- Eu sei que deve estar, mas eu não gosto. É um doce sem graça. Não é de comer e nem de beber... Ela se desfaz na sua boca antes mesmo que você engolir.- Sua fala fez Santa gargalhar da cozinha. - É verdade, Santa.-

- Dona Gizelly, você é um barato.-

- É muita frescura, isso sim.- Falei por fim, terminando de consumir toda a gelatina e finalmente peguei a bandeja. Levei até a cozinha e lavei minhas mãos. Voltei para a sala, me despedindo dela. - Estou indo! Os remédios estão aqui e a garrafa de água também. Se até mais tarde você ver que a água ta muito quente, pede a Santa pra trazer outra. Não levanta e fica andando pela casa.-

- Eu não estou de muletas atoa.-

- Gizelly!- Chamei sua atenção e ela bufou. - Vou falar pra Santa me ligar se ver você pela casa. É sério.-

- Ta bom mamãe.- Ela debochou e eu mostrei minha língua, me inclinando para um beijo.

- Assim que a loja fechar eu venho correndo.-

- Ok.. Vai tranquila.-

Selamos os lábios novamente.

- Te amo! Fui.-

Saí do apartamento ouvindo um "Eu amo mais" e segui para o elevador. Desci até a garagem e entrei em meu carro.

****

A manhã foi toda em trabalho, muito trabalho.. Voltei com a corda toda. Coloquei as coisas em ordem e ajudei Pedro com alguns currículos que chegaram no RH. Mais tarde, antes do meu horário de almoço, organizei alguns produtos as quais encomendei na viagem e atualizei o sistema. Cerca de uma hora e meia depois, meu telefone celular despertou em meu bolso. Vi que já estava na hora de almoçar. Mas antes de pegar minhas coisas e sair, procurei saber de Gizelly em casa.

Procura-se uma Mãe! 2 Parte final.Onde histórias criam vida. Descubra agora