RAFAELLA
Dois meses depois...
Hoje é o dia em que completo minhas quarenta e duas semanas. Estou a ponto de bala. Tem um mês e pouquinho que eu voltei para minha casa e minha mãe, agora, me acompanha. Durante esses dois meses muita coisa aconteceu, inclusive Flávio entrar em contato comigo inesperadamente. Vez ou outra pergunta como estão as coisas e como o bebê está. Na semana em que eu juntava minhas coisas na casa de Gizelly para vir embora, o mesmo me procurou pela primeira vez. Conversamos bastante e eu resolvi perdoa-lo. Apesar da minha insatisfação pelo o que aconteceu, ele é o pai do meu filho. Gizelly e eu também conversamos sobre o assunto. Nada mudou, e se depender de mim, nada vai mudar sobre a relação dela e meu filho, (nosso filho). No entanto, ela e Flávio ainda não se conhecem pessoalmente.
Minha mãe me ajudava a arrumar minha bolsa para a maternidade enquanto conversávamos amenidades. Tudo já estava pronto! Os dois quartos, um aqui e outro no apartamento de Gizelly. Saída da maternidade, roupinhas e sapatinhos. Fraldinhas de pano e descartável. Tudo! Só falta Nicolas vir ao mundo e a qualquer hora isso poderia acontecer. Estamos todos atentos e ansiosos.
Gizelly teria sua viagem para fazer na noite de hoje, ela iria para Angra fazer a expensão do mês em uma de suas lojas. Depois de tanto eu insistir em ir junto e ela negar, acabei me convencendo de que, sim, o Nick poderia chegar e eu teria que estar em casa para ter melhor e rápido acesso ao hospital. Mais cedo ela veio, passou a manhã comigo e almoçamos juntas. Se despediu no início da tarde na promessa de que me ligaria e mandava mensagens a todo tempo. Em relação as suas novas receitas a quais ela temia com o lançamento, foi um sucesso. A clientela adorou os novos sabores de Abóbora com côco, graviola e queijo. E ela, como havia me prometido e me encantado, já preparava a nova receita inspirada em mim, dizia ela.
Albert Lee faria aniversário no fim do mês que estamos. Porém, a festa a qual ele pediu para sua mãe, acontecerá no próximo mês quando meu resguardo já estiver estável. Ele vem lidando bem com tudo, Gizelly o acostumou que o bebê que vem vindo em nossas vidas seria seu irmãozinho mais novo. Ele está empolgado no entanto.
Quando a noite chegou, minha mãe e eu nos deitamos e não demoramos muito para pegarmos no sono. Porém, de hora em hora eu acordava com os chutes do Nicolas na boca do meu estômago, fazendo com que o ar me faltasse algumas vezes. Não aguentando mais sua agitação, levantei e desci até a sala. Passei praticamente a noite no sofá vendo séries e filmes. Quase amanhecendo, subi novamente mas ao invés de eu ir para o meu quarto, sem sono algum, correndo o risco de despertar minha mãe, decidi ir para o quarto do bebê. Sentei na poltrona de amamentação e enquanto tomava um chá para acalma-lo, eu alisava minha barriga conversando com ele. Por um instante pensei em Gizelly, que todos os dias quando ela vem me ver, ela passa bastante tempo deitada com a cabeça com minha perna enquanto conversa e alisa minha barriga. Em troca, recebe meus carinhos em seus cabelos. Sorri ao lembrar do seu jeito cuidadoso para comigo e o bebê. E como se meus pensamentos a invocasse, meu telefone celular vibrou ao meu lado. É uma mensagem sua.
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Procura-se uma Mãe! 2 Parte final.
FanfictionÚltima parte e final de Procura-se uma mãe.