HOLD ON | +18 | Cicatrizes...
As dele foram feitas de maneira grotesca durante as batalhas que travou. As dela foram feitas por ela mesma em uma batalha contra sua própria mente.
Vícios...
Ele tem o vício pelo cheiro dela. E ela tem o vício pelos re...
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Pov Amybeth Swan
Desliguei o chuveiro e saí do box me enrolando na toalha, me arrastei até o closet e coloquei apenas uma langerrie e uma camisa do meu pai que eu uso para dormir e mais parece um vestido em mim.
Sai do closet e peguei um comprimido de Oxicodona já que minha cabeça está quase explodindo e todos os meus músculos estão doendo, levei o comprimido a boca e bebi um pouco de água para engolir o remédio.
Coloquei a cartela de comprimidos e garrafinha de água de volta na escrivaninha e caminhei até minha cama exausta, tanto fisicamente quando psicologicamente. Deitei em minha cama e me cobri com os cobertores grossos sentindo meus músculos relaxarem ao entrarem em contato com o colchão macio.
Suspirei pesadamente sabendo que não conseguirei dormir tão rápido sem tomar um comprimido de Lorazepam. Eu queria poder sem igual aos outros adolescentes, feliz e sem ter que depender de remédios tarja preta... mas infelizmente eu não sou como os outros adolescentes.
Desde que consigo me lembrar minha vida é essa imensa maré de tristeza com raros momentos de felicidades que duram menos de cinco minutos. Minha vida se resume a fingir que estou bem o tempo todo na frente de todo mundo e quando chego em casa simplismente jogo essa máscara longe e me afundo na minha solidão.
Já pensei diversas vezes em tirar minha própria vida mas a única coisa que me impede é meu pai, eu sou tudo que ele tem e ele é tudo que eu tenho... não posso deixa-lo dessa forma.
Meus amigos não fazem ideia dos remédios ou da minha doença mental, é mais fácil que não saibam, assim não irei ter que responder perguntas que me deixam desconfortável. O único deles que sabe é o Jackson já que quando transamos ele viu os cortes profundos nos meus pulsos e quadris mas ele percebeu que eu não queria falar sobre e deixou quieto.
Encarei a janela do meu quarto vendo a lua brilhar através da fresta da cortina e suspirei frustrada por estar cansada e não conseguir dormir, de um segundo para o outro uma calmaria imensa me invadiu e meus olhos pesaram de imediato como se algo estivesse me dopando, fechei os olhos deixando o cansaço me vencer e senti a escuridão me levar aos poucos mas antes de eu apagar completamente pude jurar que senti um leve beijo em minha bochecha.
