Capítulo Vinte e um

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           A Guerra das empresárias

  A proposta do doutor Brasart martelou por poucos segundos na minha cabeça. A palavra casamento estava relacionada com a palavra compromisso e isso me deixava nervosa. Will me encarava com um olhar sério que me aterrorizou.

  — Não está falando sério, está?

Questionei.

— É lógico que estou falando sério.

Cruzei as pernas e apertei as mãos uma na outra. Pedi ele para se sentar e me explicar o seu plano.

— A Indústria Brasart é um grande conglomerado e está no primeiro ranking entre a Space Black e Fashion White. Caso se torne minha esposa terá direito a todos os meus bens, incluindo as ações da empresa. — Will disse articulando tudo muito bem.

— Por que faria isso?

— Você ainda pergunta? — disse sorrindo. — Baker você é minha paciente traço minha namorada. O casamento seria temporário, quando o nosso contrato de namoro terminar, o casamento também terminaria e as ações voltariam para mim.

  Sorri.

— Eu não posso aceitar sua proposta.

— Qual outra opção você tem?

— Estamos falando de casamento. — o olhei. — Eu nem te apresentei para os meus pais, não posso me casar com você desse jeito. Isso vai contra tudo o que me ensinaram, quero casar por amor com objetivos de ter uma vida longa e próspera. Não fazer de tudo uma fraude.

Ele suspirou concordando com a cabeça.

— Eu só não quero que você se machuque.

Dei um sorriso carinhoso.

— O mundo dos negócios é assim mesmo. Você mais do que ninguém deveria saber. — falei.

— O que vai fazer então?

— Pesquisar investidores e torcer para não ter um bloqueio criativo. Caso não consiga novos investidores, irei propor uma coleção nova em menos de uma semana.

— Isso é possível?

Perguntou em choque.

— Bem vindo ao mundo da moda.

  Não vou mentir a palavra casamento me aterrorizou, mas saber que ele daria esse passo tão importante por mim fez com que meu amor só aumentasse. Borboletas no estômago era um bom termo para o que eu estava sentindo naquele momento. Pâm me ligou novamente, pedi uma lista com nossos investidores estrangeiros e americanos e que conseguisse uma reunião de emergência para o dia seguinte.

   — O que foi agora?

  Will quis saber ao me ver suspirar entristecida.

  — Tenho que ir para Los Angeles.

  — Eu vou com você.

  — Não. — falei. — Precisa ficar, e esclarecer as coisas sobre o Otávio.

.
  Arrumando as malas, encontrei uma blusa social branca que usei quando fui escolhida para me tornar vice-presidente.

Alguns anos antes...

  — Mãe, não estou preparada para ser o seu braço direito. Ainda estou aprendendo a produzir designers de roupas e com o meu trabalho na Constelação não terei tempo. — suspirei fundo e encarei o meu reflexo no espelho. — Não estou pronta para essa nova responsabilidade, pelo menos não agora.

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