Capitulo Vinte e seis

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                            Taylor

O meu coração estava entrando em pane, não sabia o que dizer, mas acredito que ele soubesse. Tinha um sorriso enorme estampado nos meus lábios e os meus olhos poderiam saltar a qualquer momento do meu rosto.

  — Você ainda vai ter que ajoelhar. — respondi, o fazendo rir.

  — Estou abrindo o meu coração para você. — fez bico. — Posso comprar essa ilha para você e tudo que quiser, e mesmo assim você não me aceita.

  Cruzei os braços.
  Poderia me jogar nos seus braços e dizer mil vezes que sim, mas o fato dele não ajoelhar me deixava na dúvida se realmente era sério.

  — Vai ter que melhorar a proposta. — pisquei. Segurei o seu braço e continuamos a andar.

  Estávamos sendo observados por algumas pessoas, mas isso não nos impediu de continuar. Fizemos uma brincadeira de colocar nossos nomes nas pétalas de rosas e jogá-las contra ao vento. Compramos sementes e brotinhos para plantar na hortinha. Enquanto Will comprava tinta, tela e pincel para pintármos um ao outro, andei até a sessão de livros. Estava acontecendo uma apresentação de violino, era tão bonito e relaxante. Uma moça andou até mim e sorriu.

  — Monse? — perguntei surpresa. Ela me cumprimentou com um abraço, nós duas estudamos em um colégio de moda. Não éramos próximas, mas ela era muito simpática comigo. — Que bom vê-la.

  — Você está ótima. — sorriu. — Veio sozinha?

  — Com alguns amigos, e você?

  — O meu namorado trabalha aqui. — disse. Ela segurava nas mãos alguns livros. Senhor Darcy e Lizzy não tinham muito haver com o Will e comigo.

  Pensei enquanto observava a capa do livro. Nossa conversa foi rápida, voltamos para uma lanchonete. Ele havia pedido uma sobremesa para mim e um sanduíche para ele. Nos minutos que se passaram, enquanto nós dois pintavámos conversamos sobre o futuro. Will era um cartão black ilimitado, com tanta coisas em mente, já eu me comparava a um cartão que o pagamento não foi aprovado. O garçom colocou duas bebidas sobre a mesa. 
   Will de repente passou um pouco de tinta no meu nariz. Ele gargalhou ao me vê sem entender o que havia acontecido, devolvi na mesma moeda e pintei sua testa. Fizemos uma guerra de tinta e rimos da nossa aparência ao nos olhar no espelho.

  — Você é ridículo. — dei uma risada, Will estava rindo sem parar.

  Como alguém pode ser tão bonito mesmo parecendo um tamanduá engasgado com a própria língua?
  Suspirou recuperando o fôlego.
  Escutei a voz do Thomas saindo pelo microfone, Mak, Manoella e ele estavam no palco cantando uma música. Ele tocava piano maravilhosamente, enquanto as meninas cantavam um dos grandes sucessos de Destiny's Child.
  Depois de fazermos ótimas compras, fomos para o restaurante almoçar.

  — Acha que o Thomas gosta da Mak?

  Manoella sussurrou.
  Os olhei por um curto momento.

  — O que?

  Ela me conhece bem demais para saber que estava fugindo de sua pergunta. Ficamos nos encarnando. Era constrangedor ter que ficar no meio desse triângulo. Parte de mim queria revelar a minha opinião, mas quando você sabe que o que sair da sua boca pode machucar outra pessoa, é melhor ficar calado. Manoella insistiu na pergunta, segurei o copo com suco com as duas mãos e o girei devagar. Tinha esperança que um deles voltassem para a mesa e o assunto se encerrasse.

  — Por que diz isso? — perguntei, enfiei uma colher dentro do copo e continuei girando a mesma. Desconfortável, era o meu sentimento naquele momento. Bem desconfortável na verdade.

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