Capítulo Vinte e oito

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                        Taylor

  Em uma mesa de madeira em uma praça de alimentação, a garçonete colocou três drinques sem álcool para Manoella, Makayla e eu. Assim que tive alta do hospital, voltei imediatamente para Nova Iorque, Manoella disse que tinha algo a nós dizer e pediu um encontro entre nós. As duas estavam usando roupas de academia, enquanto eu utilizava um moletom com estampa de zebra.

   — Irei embora.
  
  Já estava pressentindo isso há um tempo, então não fiquei surpresa quando ela nos contou. Seus olhos estavam tristes e sem brilhos. Mak ficou calada, ela estava muito calma e desanimada, fazia uns dias que notava o afastamento entre elas.

  — Não irão dizer nada?

  Questionou.
 
— A vida é sua, faça o que quiser.

  Disse Mak, quebrando o silêncio.
  Ela se levantou indo até a grade que separava a ponte do rio.

— O que aconteceu entre vocês?

  Acenei com a cabeça para Mak, mas ainda com o olhar preso ao semblante cabisbaixo de Manoella.

  — Tem algo rolando entre a Mak e o Thomas.

  Engoli o suco rapidamente que engasguei com o canudo.

  — Você já sabia? — questionou perplexa.

  — Eu não. — olhei para Makayla e mordi o lábio inferior, o soltando logo em seguida. — É por isso que está indo embora?

  Perguntei, mesmo sabendo que sim.

  — Não quero ficar entre os dois. De todas nós Mak é a que deveria ser mais feliz.
 
   Manoella deixou um suspiro alto soar e bateu as pontas dos dedos na madeira da mesa. O que ela havia dito era fato, Mak sofreu tanto quanto nós duas e merecia ser feliz.

  — E seria muito injusto com o seu irmão.

  — Não fale sobre injustiça na minha frente. — pedi, levantei o braço para a moça retirar os drinques da mesa e trazer o cardápio com aperetivos. — Você sempre quer decidir por todo mundo, igual eu. Isso não é legal, você voltou do nada para a vida do Thomas, você não pensou que ele ia te esperar para sempre não é?

  Ela ficou calada.

  — E você tem razão. — afirmei, Manoella olhou para mim. — Mak merece ser feliz, mas não desse jeito. Você a colocou em uma situação ridícula, deveria tirá-la.

  — Ir embora é o melhor a fazer.

  — Thomas sabe do tumor, na verdade ele sempre soube. — contei. — Será que ele não sabe sobre a leucemia? Afinal de contas, meu irmão não é burro. Vocês três deveriam conversar.

  Manoella estreitou os olhos.
 
  — Não quero que eles sofram.

  — Todo mundo vai sofrer, isso é inevitável.

   Dez minutos depois, enquanto Manoella estava no banheiro andei até a grade onde Mak permanencia pensativa, ajeitei o meu boné na cabeça  e esfreguei as mãos uma na outra. Um vento frio fez com que meu corpo arrepiasse, e também com que o arrepedimento de não ter pego um outro casaco crescesse.

  — Você deveria parar de fumar.

  Falei, Mak estava tragando um cigarro de menta.

  — E você deveria parar de assassinar a moda. Você é uma designer, essa roupa é muito 2012.

  Respondeu com deboche.

  — Isso é Gucci, me respeita. — falei indignada. — Qual o problema Makayla Trabells?
 
  — Eu não estou apaixonada pelo seu irmão. — esclareceu de imediato, Mak tinha um semblante irritado, mas depois suspirou fundo amassando a ponta do cigarro. — Eu só gosto dele, de está com ele, isso não quer dizer que esteja apaixonada por ele.

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