Quarenta e nove

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               Brincando com fogo

                   TAYLOR

   LUCCAS OLHAVA PARA MIM SURPRESO. Nem eu conseguia acreditar no que havia proposto a ele, de madrugada quando criava esse plano, ele parecia brilhante. Mas vendo os olhos arregalados de Luccas em cima de mim, comecei a dar para trás.

  — Eu namorar você? — perguntou colocando as mãos na cintura. — De onde tirou essa ideia maluca?

  — Você disse que sua mãe é ocupada e que não vem muito aqui. O único de jeito de saber se somos irmãos é se você me apresentar para ela como namorada.

  — Por que acha que minha mãe iria querer conhecer uma namorada minha?

  — Não é isso que as mães fazem?

  Perguntei.
  Quando minha mãe soube que meu irmão estava saindo com a Manoella, ela surtou e quis conhecê-la.

  — Não a minha.

  — Por favor, tente. — suspirei. — Quero me desculpar por minhas conclusões precipitadas, mas não farei isso com sinceridade enquanto não souber a verdade por trás da sua mãe.

  Luccas pareceu organizar os pensamentos em silencio. Ele permaneceu sério com os braços cruzados.

   — Não sei se é uma boa idéia.

   Compreendia seu receio.

— Sophie procurou por mim por algum motivo. E ela também procurou pelos meus pais. Preciso entender a ligação dela comigo, se é uma confusão, coincidência ou se eu sou algo para ela.

  — Eu conheço a minha mãe e ela pode ser assustadora se quiser Taylor. Então se estiver convicta que é filha dela, você vai se decepcionar e muito. — Luccas suspirou.

  — Não posso ficar a mercê da dúvida.

  — Vamos fazer um teste de DNA. — sugeriu um pouco triste e relutante.

   — E ao meu plano?

   — Não precisa disso.

   — Quero conhecê-la. Estou curiosa e com expectativas altas. E ela não vai querer me conhecer se disser que eu sou uma amiga ou algo do tipo.

   Luccas balançou a cabeça e disse:

   — Você é doida. E se alguém ver nós dois juntos? Você quer vivenciar outro escândalo e ainda mais pelo mesmo motivo.

  — Ninguém vai descobrir. Confia em mim.

   Por fim ele cedeu.
   Luccas me contou um pouco sobre Sophie. Ela era inteligente e muito perspicaz, tinha facilidade em identificar quando alguém contava uma mentira. Isso não era um problema para mim, tinha experiência com relacionamento falsos. Combinamos o almoço para sábado, Luccas telefonou para contar.

[...]
Tia Francine me entregou algumas sacolas com roupas que ela mesma havia feito durante a semana.

  — São lindos, mas eu não uso esse tipo de roupa.

  Observei o vestido de renda branco e os saltos que ela mostrou animada.

  — Mas você quer impressionar sua sogra falsa, não quer? — tia Francine deu um sorriso contagiante. — Eu pesquisei um pouco sobre as roupas que ela usa, e são mais ou menos nesse estilo.

  — Se o Thomas estivesse aqui diria que são bregas.

  — Eu não faço roupas bregas. — disse surpresa.

  Dei uma risada e me desculpei.

  — Tudo bem, irei usar.

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