Capitulo Vinte e sete

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                             Taylor

  Fui liberada do hospital por não ser uma emergência grave. Os meus pais foram expulsos por discutirem com os médicos e abriram um boletim de ocorrência. Às vezes me pergunto como seria a minha vida sem os dois. Encontrei com o meu pai na cozinha, ele estava confeitando um bolo.

— Deveria está em repouso.

  Disse ao me ver.

— Tenho que ir a Compton.

Comentei deixando claro que estava tudo bem. Questionei se ele seria processado pela confusão no hospital, ele deu de ombros e respondeu que não iria acontecer nada. Procurei com olhos a garrafa térmica de café.

  — Cadê a minha cafeteira?

  — Doutor Brasart disse que cafeína demais é um veneno para a sua saúde.

  Juntei as sobrancelhas.

  — Quando vocês conversaram?

  — Nós seguimos no tumblr.

  — Pai, você tem tumblr? — era incrível como ainda me surpreendia com o jeitinho jovenil do papai.

  Ele sorriu.

  — Claro que sim. É uma plataforma muito interessante. Quanto ao café, O que gostaria de comer?

  — Pode ser ceral e torradas com geleia de morango. — dei um sorriso pidão.

  Em menos de dez minutos foi colocado na mesa o meu pedido. Às vezes gostaria de passar mais tempo com ele, isso me alegrava. Após fazer uma troca de roupa, desci até o portão principal. Pâm estava esperando por mim, na mão esquerda carregava algumas pastas e na direita um copo descartável de café feito da hora de um das melhores padarias do bairro.

  — Bom dia senhorita. Como tem estado? — ela entregou o meu café e sorriu.
 
  — Estou bem. Está tudo pronto? Quero cumprir com o horário da agenda, o meu tempo é dinheiro. Não quero desperdiçar nem um centavo.
 
  Ela balançou a cabeça e frisou a sobrancelha. O percurso até a cidade de Compton era de quase uma hora, enquanto Pâm trabalhava silenciosamente no iPad, resolvir dar uma pequena pesquisada sobre os últimos desfiles que ocorreram em Milão. Um tempo após, o carro estacionou de frente a uma escadaria. Havia um grande portão com as iniciais J&L. Para uma empresa que estava a pouco tempo no mercado, o local parecia ser um imóvel de luxo. Fomos recepcionadas por Alex, o assistente do senhor Liara. Ele foi educado conosco e a todo momento entregava um sorriso a Pâm, que desviava constrangida.

  — Irei acompanhá-las pelo tuor na joalheria, o almoço foi adiado por uma hora, houve um inconveniente com a reserva. — Alex sorriu.

  — Quanto ao senhor Liara? — Pâm questionou. — Temos uma agenda cheia, não queremos atrasar os nossos compromissos.

  — Acredito que ele esteja a caminho.

  Alex respondeu olhando para o relógio prateado no seu pulso. Respirei fundo, estava impaciente e com pressa. O meu estômago parecia está revirando dentro do meu corpo e estava com náuseas. Ao meu pedido Pâm buscou minha garrafa térmica com chá de limão dentro do carro, enquanto a esperava, sentir um impacto contra o meu corpo e em menos de segundos estava no chão. A minha cabeça bateu com força e foi como se meus neurônios tivessem explodidos todos juntos.

  — Senhorita! — o grito desesperado de Pâm veio até mim, fazendo com que voltasse para a realidade. Ela se abaixou e me ajudou a levantar.

  — Mas que droga aconteceu?

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