Capítulo Um

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                             Will

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                            Will

    2014, dezembro

    Não sei como aconteceu. Não faço a mínima idéia, mas desde que a vi pela primeira vez sabia que me apaixonaria por ela.
    Seu olhar parecia distante, como se estivesse em outro mundo. Ela estava sentada em uma mesa há alguns metros de distância. Tinha um jeito curioso a forma que ela deixava seus óculos redondos afastados, praticamente caindo.
   Por que algo tão simples mexeu comigo?
   Ela tirou os fones dos ouvidos e afastou o copo com café. Sem querer, ao se levantar, a cadeira arrastou causando um pouco de incômodo.
Um sorriso sem graça se fez no seu rosto e ela abaixou um pouco a cabeça.
   Alonzo deu um tapa leve nos meus ombros e soltou uma risada.

  — Parece que se apaixonou. — brincou.

  — Não fale isso nem brincando. — passei as mãos no cabelo.

  — Me responde uma coisa.

  O olhei.

  — Como deixou isso acontecer? — questionou. — Jaqueline já deixou de ser a mulher da sua vida?

  — Cale a boca! — exclamei baixo.

  Ele revirou os olhos e abriu o livro. Alonzo e eu éramos amigos há muito tempo, nós nos conhecemos em Quebec. Alonzo Basset é um ordinário e também meu melhor amigo.
  Em todos os nossos anos de amizade nunca o vi namorando sério com alguém. Um verdadeiro fugitivo de compromissos.

   — Você gostou dela.

   Alonzo afirmou mastigando um pedaço de sanduíche.

  — Deveria está prestando atenção nos seus deveres. — respondi com seriedade. — Não em mim.

  — E você deveria dizer para a Jaqueline que está apaixonado por outra mulher.

  Até mesmo Alonzo havia percebido meus sentimentos. Me sentir desconfortável ao escutá-lo mencionar Jaqueline tão de repente.
  Suspirei com receio.
   Faltava pouco tempo para o meu  casamento com ela.
   Como poderia desistir de algo sólido por uma paixãozinha sem sentido?
   
   — Não estou apaixonado. — falei com certeza.

   Era a verdade. Não estava apaixonado, pelo menos não por minha noiva. Levantei, dando uma desculpa que precisava encontrar um outro livro.
  A real é que eu precisava era ficar sozinho. Fui para o segundo andar da biblioteca, passei as mãos pela prateleira da sessão de biografia. Procurava desesperadamente pelo último volume das teorias de Ben Carson. Passos calmos e leves foram se aproximando, inclinei um pouco a cabeça para o lado.

   — Poderia pegar aquele livro para mim? — uma voz doce pediu. Ela apontou para a última prateleira.

  Era a mesma garota de antes. Ela era bem baixinha e tinha um rosto redondo. Tão bonito e natural, sem nenhuma maquiagem. A admirei por uns segundos, nas suas mãos ela segurava alguns livros, incluindo o exemplar de Ben Carson. Fiquei surpreso, pois ela parecia ser uma estudante do ensino médio.
   
   — Não alcanço. — concluiu, com um sorriso pequeno.

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