Capítulo Trinta e três

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                            Taylor

    Por favor, não parta o meu coração

Um cardiologista uma vez ousou fazer uma comparação inteligente mencionando como o coração e o vidro tinham algo em comum, a fragilidade. Ambos quando descuidados, podem ser facilmente quebrados.
  O coração é muito frágil, talvez seja por isso que ele é tão apreciado. Antes do Will, pensei que nunca ninguém partiria o meu coração, mas acontece que isso é inevitável. É impossível viver uma vida sem ter seu coração partido por alguém. Eu só queria que não doesse tanto.
  Doutor Brasart estava deitado na minha cama dormindo. Ele estava bem cansado, como se não tivesse dormido a noite. Fiquei olhando para ele, Will estava tão calmo. Suspirei levemente.
 
  — O que já conversamos sobre ficar me olhando dormir?

  Will disse de olhos fechados.
  Abri um sorriso e falei:

  — Coisas bonitas me deixam impressionadas. Desculpe.

  Ele olhou para mim.

  — São onze da manhã. — comentou olhando as horas. — Está muito tarde para tomar café?

   Dei de ombros.

  — Também estou com fome. Mas estou seguindo aquela dieta do hospital.

  Deitei no seu abdômen, ele passou a mão na cabeça.

  — Podemos assaltar a geladeira e o seu nutricionista não precisa saber. — sugeriu animado.

  — Você está muito esquisito. — falei.

  Ele riu.

  — Só acordei com vontade de ficar mais tempo com você. — respondeu.

  Sorri.

  — Isso é muito bom. — falei.

  Will se ajeitou na cama, deitei de lado e o encarei.

  — Baker, você ainda quer ir para a Grécia?

  Balancei a cabeça.
  Ir para a Grécia estava na minha lista de lugares para visitar depois da cirurgia. Will suspirou e ficou calado por um tempinho.

  — Por que está falando sobre isso?

  Perguntei.

  — Estava pensando, por que não vamos agora? Posso pedi para o avião comercial da Brasart se preparar para nos levar, podemos ficar algumas semanas por lá.

  A princípio pensei que Will estava brincando, mas ouvindo atentamente o tom da sua voz, percebi o quão sério ele estava dizendo.
  Me afastei um pouco com receio da sua vontade repentina de ir para a Grécia
  Ele olhou para mim.
  Juntei as sobrancelhas e perguntei:

  — Por acaso estou com o pé na cova?
  
  Fiquei preocupada, ele estava sendo muito atencioso e dizendo coisas românticas e ainda sugeriu fazermos uma viagem que eu queria muito fazer após a cirurgia.
  Ele riu e olhou para mim.

  — Não é isso. — se explicou. — Eu quero apenas fazer algo com você. Uma viagem seria muito bom.

  — Não tenho permissão para sair do país.

  Mantive os meus braços cruzados.
  Will fez um bico e pareceu pensativo.

  — Posso conseguir para você. — se levantou. — Sou o seu médico e...

Will parou de falar ao me ver com um semblante preocupado.

  — Você está muito estranho. — falei novamente. — Vai me contar o que está acontecendo?

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