Estava com o corpo suado, o chão estava como um forno quente e havia muita fumaça a minha volta.
Me levantei com dificuldade, novamente estava naquele corredor com o espelho na minha frente. O meu reflexo estava distorcido, era muito estranho. Caminhei até uma porta no fim do corredor.— Borboletinha.
Uma criança passou por mim correndo, indo em direção a um homem alto. Ela tinha cabelos cacheados, bem enroladinhos e usava uma fantasia rosa e asas de tule.
— Papai, você me achou. — ela sorriu.
— É claro que sim, você é a minha borboletinha. E sabe de uma coisa? Sempre irei achar você.
O homem respondeu com um sorriso entusiasmado. O meu peito ficou apertado com aquele gesto dos dois, uma mulher entrou no local, a mesma mulher dos meus sonhos. A mulher sem rosto, nas mãos trazia consigo uma travessa com bolo. De relace olhei para a geladeira, nela estava grudada uma folha de calendário, o mês não aparecia, somente o ano, 2001.
Uma garota chegou e sentou a mesa, usando um chapéu de aniversário. Todos pareciam está tão felizes. A fumaça invadiu o lugar, os levando. Andei para uma nova porta e acabei saindo em uma varanda com a vista para rua. O homem de antes estava sentado em uma cadeira de balanço, tragando um cigarro e lendo um jornal.
Estávamos em 2006, o anúncio do jornal falava a respeito da minha mãe assumindo a presidência da Space Black. Foi o mesmo ano que tinha chegado ao orfanato. De repente a minha mãe e a mesma mulher de antes se aproximaram de mim.— Querida, vamos. Irei levá-la para casa.
A mulher sem rosto estendeu a mão para mim.
— Onde você vai meu amor? — mamãe perguntou. — Sua família está aqui.
Ela apontou para o meu pai e Thomas que estavam jogando basquete no jardim, e logo depois segurou a minha mão.
Não sabia o que fazer, estava totalmente impotente.Acordei com o suor escorrendo pelo meu rosto, o quarto estava escuro com as luzes apagadas e cortinas fechadas. Will estava virado de lado dormindo, levantei devagar, calcei o meu chinelo branco e sair do quarto. Encontrei o papai arrumando a coxinha.
— Oi. — cumprimentei baixo.
— Filha. — sorriu. — Precisa de alguma coisa?
Balancei a cabeça dizendo que não.
— Na verdade... — suspirei. — Pai, estou procurando pela minha família biológica, não é por curiosidade e sim necessidade. Se isso for demais para o senhor, me desculpa, e eu paro de procurar por eles.
Ele puxou uma cadeira para mim e disse:
— Eu não posso dizer que sei como se sente, porque eu não sei. Mas se estivesse na mesma situação gostaria de saber os motivos que os levaram a me deixar, não por curiosidade, mas também por necessidade. — sua compressão me deixou um pouco ansiosa. — Não me incomodo por querer saber o que houve, só peço para não nos privar de um momento importante como esse.
— Não contei nada a princípio porque não queria chateá-los.
Contei entristecida.
— Bebê. — passou as mãos pelo meu cabelo. — Você nunca nos chateia, ao contrário, nos deixa orgulhosos.
Dei um sorriso feliz.
— E se eu descobri algo ruim?
— Estarei lá com você. — garantiu.
Papai me serviu alguns cookies e leite quente.
— Como conheceu a mãe?
A história de como uma recém empresária teve seu coração roubado por um astro de basquete era tão romântica, eu adorava escutar a história dos dois.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Amor Lindo Demais
De Todo[ EM ANDAMENTO] { LIVRO DE MINHA AUTORIA, DISPONÍVEL SOMENTE NO WATTPAD} PLÁGIO É CRIME! Um Amor Lindo Demais Will e Taylor possuem realidades diferentes. William Brasart é um médico neurocirugião e também psicólogo do hospital Mount Sinai de Nov...