Em busca de respostas— Talvez possa dizer algo que o conforte. — sugeri com esperança.
Senhora Kate colocou as maçãs na sacola.
— Conversei uma vez com ele e por telefone, não é invasivo demais me intrometer nos sentimentos dele? — questionou mantendo a mesma calma de sempre.
— Mas, o que eu faço?
— Não faça nada.
— Não fazer nada?
— Sim.
— Senhora Kate. — supliquei com os olhos.
Suspirou.
— Não fazer nada é tudo que pode fazer agora, deixe ele viver essa dor. Ele não precisa que você faça algo, só que esteja lá por ele.
— Comigo a senhora agiu de forma diferente.
— Agir?
Se demonstrou pensativa.
— Sim. Me fez limpar a casa, fez com que eu aprendesse a fazer biscoitos e a estender roupas. Fez com que eu saisse do esconderijo e usou conselhos e palavras de afirmação.
Senhora Kate me entregou a sacola e cruzou os braços.
— Quem você quer fazer se sentir melhor? O seu irmão ou você?
— Thomas, é claro. — a olhei.
— Ele te pediu para fazer algo?
— Não, só para abraçá-lo.
— Então feche a boca e estenda os braços.
Ela saiu andando pelo corredor.
A acompanhei em casa, deixei suas compras na cozinha. Enquanto ela subia, fiquei no corredor olhando para as fotos na parede.— Não é estranha essa sensação?
Olhei para o lado parecendo a presença de Charlotte.
A cumprimentei com um pouco de estremecimento.— Que sensação?
— De passado. — comentou. — Essa casa continua igual, não mudou absolutamente nada. E quando olho para você, vejo que nada mudou. Até o sentimento continua o mesmo.
— Não sei do que está falando.
— Da angústia. — disse com os olhos focados no retrato da Michelle. — Você tem o olhar dela.
— Acho que já irei, diga a senhora Kate que voltarei outro dia. — dei as costas.
— Gostaria de me retratar por aquele dia. — disse. — Aceita um chá?
Virei o corpo para ela.
Concordei com a cabeça.
Ela colocou duas xícaras sobre a mesa e sentou de frente para mim, reparei as unhas bem pintadas e os anéis nos dedos. Agradeci pelo chá, não gostava muito, mas queria aproveitar o momento para saber mais coisas.— Tem leite e biscoitos de limão.
— Gostaria muito. — falei.
Ela se levantou para pegar o pote e a jarra.
— Luccas e você namoram? — perguntou.
— Somos amigos e sócios de negócios.
— Sophie disse que vocês estavam namorando e que almoçaram juntas.
— Sendo direta era tudo armação. Deixei a senhora Sophie irritada?
— Amendrontada. — corrigiu.
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Um Amor Lindo Demais
Random[ EM ANDAMENTO] { LIVRO DE MINHA AUTORIA, DISPONÍVEL SOMENTE NO WATTPAD} PLÁGIO É CRIME! Um Amor Lindo Demais Will e Taylor possuem realidades diferentes. William Brasart é um médico neurocirugião e também psicólogo do hospital Mount Sinai de Nov...