Capítulo Sessenta e Seis

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          Enfrentando os meus demônios parte I
                                    TAYLOR
                                 
[...]

  — Quando eu falei sobre ele, ela não esboçou nenhuma emoção ou reação. Era como se ela nem soubéssemos do que estava falando. — Thomas estava indignado com a conversa que teve com Charlotte. — E sabe o pior? Ela ainda o ama!

   — Thomas, Charlotte é manipuladora que nem a irmã, talvez até mesmo pior. Ela fez uma ceninha e alugou um triplex na sua cabeça. — terminei de passar o baby Liss na lace e ajustei na minha cabeça.— Não se deixe levar.

  — Eu sinto que ela foi bem sincera sobre meu pai.

  Cruzei os braços.

  — Depende do que você acha que é sinceridade. — passei um batom vermelho e perguntei como eu estava.

  — Ah, tá bonita.

  — Não me pareceu sincero.

  — Dependo do que você acha que é sinceridade. — Thomas deu uma piscadinha e riu. — Você está deslumbrante, ok?

  — Não me convenceu ainda, mas eu sei que estou linda. — respirei fundo. Thomas parecia apreensivo com a visita que fez a Charlotte. — Thom, você não precisa fazer isso. Tá bom? Tem passado por muita coisa, tira um tempo.

  — E fazer o que? Chorar por que a mulher que eu amo morreu? — Thomas reagiu de uma maneira agressiva e saiu batendo a porta.

Respirei fundo. Iria atrás dele e me desculpar.
O meu celular tocou, era uma chamada de vídeo e quem estava me ligando era nada mais do que o doutor Brasart. Dei uma leve olhada no espelho e recebi a ligação.
  Comecei a rir.
   Will estava vestindo uma fantasia de palhaço, uma peruca colorida e uma bola vermelha no nariz.

  — Espera, já vivemos isso? — perguntei me referindo a uma vez que ele me ligou usando uma fantasia.

  — Eu acho que sim. O que achou? — perguntou empinando a bola. Dei uma risada e comentei que ele estava ótimo. — Um homem como eu é um desperdício nesse mundo da solterice.

  — Como é? O homem mais cobiçado de toda Los Angeles está solteiro? — levantei as sobrancelhas e entonei um pouco de deboche.

Ele abriu um sorriso cativante e tirou a peruca.

  — Se você quiser mudar o meu estado civil, juro que não vou me importar. — brincou. — Como você está?

  — Eu não sei. — deitei na minha cama e segurei o celular. — Contei para a Rebecca que sou irmã dela.

  Will arregalou os olhos e perguntou se eu estava falando sério.

  — Eu seguir o seu conselho, abrir o exame. O resultando deu positivo, Rebecca Starler é minha irmã biológica.

  — Meu Deus. — Will estava surpreso. — E como você está com isso? Como ela reagiu? Como você reagiu?

  — Ela surtou a princípio, só que aceitou. Foi estranho, quando a gente se abraçou foi como se nunca tivéssemos nos separados. — suspirei um tanto que chateada.

  — O que está te incomodando?

  — Tudo tá rápido demais. Há três meses atrás eu só tinha certeza de uma coisa, que eu era Taylor Baker. Uma cantora talentosa e com uma única família. Agora eu tenho dois nomes, duas famílias. E uma delas nem sabe disso e eu nem sei como explicar.

  — Uma coisa de cada vez. — Will disse.

  — Tô ficando sem tempo.

  — Foi antiético da minha parte ter pressionado você daquela forma. Me desculpa Baker, não estava agindo como um médico e sim como um homem desesperado só de pensar na possibilidade de perder a mulher que ama, de novo.

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⏰ Última atualização: Feb 25 ⏰

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