Capítulo Dezesseis

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   — A lua está realmente linda hoje. — suspirei. Will estava completamente adormecido na minha cama. Ainda era de madrugada quando sentei perto da janela.

   — É verdade. — ele disse um tanto sonolento. — São quase quatro da manhã? Tenho que ir...

    — Doutor Brasart apenas descanse. Bayler vai te chamar se estiverem precisando de você. — respondi.

   — Não deveria está dormindo?

   — Estou bem.

   Will bocejou e se espreguiçou.

   — Soube durante a cirurgia que se sentiu mal e que doutor Edward estava com você. O que aconteceu? Não me disse nada.

   — Ah.

   Engoli seco e caminhei até o sofá me sentando. Disse a ele que não tinha acontecido nada demais, Will estava exausto com sua vida no hospital, não queria que ele ficasse chateado com a conversa que tive com o doutor Edward. Mesmo sendo meu médico, ele também era meu namorado mesmo que falso e possuia algum sentimento por mim. Pela manhã dei uma breve despedida ao hospital. O conselho do doutor Edward ainda estava preso aos meus pensamentos.
  Will colocou minha mala na parte de trás do seu carro.

   — Hoje o sol está muito lindo! — exclamei tentando parecer feliz.

   — Está nublado. — Will disse observando o céu. Ele abriu a porta do carro para mim, notei que algo o estava incomodando. — Por que está olhando para mim assim?

   — O que é lindo merece ser admirado. — sorri.

   — Algum alienígena de abduziu durante a noite, enquanto eu dormia?

   Perguntou rindo.

  — Só estou feliz de sair do hospital e voltar para casa.

  — Hum. — sorriu. — Vamos para casa?

  Acentir com a cabeça.
  Após tomar café, tomei uma atitude drástica: fazer um testamento.
  Liguei para minha advogada para colocar os trâmites em pauta e agregar novas comissões. Will questionou o que teria me levado a tal decisão, ele já estava desconfiado que algo estava acontecendo, mas decidiu deixar para lá.
 
   Música Incompleta - Taylor Baker

  Ainda choro toda noite antes de dormir
É difícil sem você
Queria que estivesse aqui
Meu irmão está cansado de ouvir o quanto sinto sua falta
Destruída, eu tento imaginar como nós nos perdemos assim
Você se foi
Mal posso respirar
Se perguntarem, juro que não saberei responder

Me sinto asfixiada
Sufocada
Como se não houvesse um lugar para ir
O seu sorriso ainda continua no meu coração
Isso é decepcionante

Soltei as cordas do violão ao pensar na noite anterior. Abrir a geladeira e tirei uma jarra com leite e busquei uma caneca no armário para virá-lo. Subi no banco para alcançar os cereais, porém fracassei na minha tentativa. Will adentrou a cozinha e perguntou o que eu estava fazendo, apontei para a caixa e ele a pegou imediatamente sem que eu pedisse.

  — Não deveria fazer essas coisas para mim.

  Ele me entregou a caixa e sorriu.

  — Você voltou do hospital hoje, precisa descansar. — disse sério. — O que quer comer? Irei preparar para você.

  — Irei comer cereais.

  Sentei no banco e o observei virando o leite na caneca. Will me serviu uma tigela com os cereais e depois sentou ao meu lado. Ele estava usando uma blusa de frio amarela com listras marrons e o cabelo caído na testa.

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