Capítulo Cinquenta e dois

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                        William

               Conversa sincera

  São Francisco, Los Angeles.

  Dei um toque na porta e adentrei o consultório de um amigo.

  — Fique a vontade doutor William. — disse com um sorriso.

  — Com licença. — falei ao me sentar. — Estou ansioso para saber o que quer conversar comigo doutor. O senhor é o melhor médico em sua especialidade no estado.

— É o que dizem. — riu. — Estou surpreso por ter decidido seguir duas profissões com funções diferentes.

— Sempre gostei de psicologia, naturalmente sabia que iria me apaixonar pela neuro.

  Concordou com a cabeça.

  — Mas por que quis me ver? — perguntei.

  — Estive nas suas últimas palestras na universidade de Yale e também no Mount Sinai. Gostaria que se juntasse a mim para participar de uma cirurgia inoperavél.

  Arregalei os olhos.

  — Como é? Desculpe, quer mesmo que eu participe de uma cirurgia com o senhor?

  — Sim, você foi um ótimo aluno na universidade e o doutor Edward contou que você é o melhor residente do Mount Sinai.
 
  Fiquei sem graça com os elogios. Doutor Lionel contou sobre a paciente que queria operar. Ela apresentava o mesmo tipo de tumor que a Baker, porém em regiões diferentes.
 
  — Elena Hawtee, quinze anos. Chegou acompanhada pela mãe, Mackenzie Hawtee. Elena fez três cirurgias para retirada do tumor, todas mau sucedidas, causando danos psicológicos a paciente.

   O prontuário e histórico médico eram grandes.

  — Então, o que acha?

  — Todas as tentativas da retirada do tumor foram pensadas da mesma maneira. Não acho que o tumor seja inoperavél, mas dadas a circunstâncias, o único jeito de fazer a retirada, seria desligando uma parte do cérebro da paciente. — comentei.

— Concordo, minha equipe pensou a mesma situação. Porém chegamos a conclusão que desligar uma parte do cérebro dela poderia danificar todo o seu sistema nervoso. Não é viável.

— As probabilidades de uma cirurgia como essa derem certo é de 0,1%.

— É por isso que precisamos de você doutor Brasart.

— Sou apenas um residente.

Doutor Lionel riu e balançou a cabeça.

— É um grande neurocirurgião, e sei do seu potencial. Posso contar com você?

  Ele estendeu a mão e eu a segurei.

— Claro, claro que sim. Mas antes quero conhecer a paciente, e também quero sua opinião médica sobre um tumor que é quase inoperavél. O tumor estrela.

Ele deixou a boca entreaberta.

— Você tem um tumor estrela?

Questionou.

— Uma paciente minha. — contei para ele sobre Taylor e mostrei alguns exames. — Procurei por Ben Carson, mas ele não demonstrou muito interesse.

Doutor Lionel observou algumas radiografias e tomografias da Taylor.

— Impressionante. — ressaltou. — Ele tem cinco pontas, como uma estrela. Porém ainda não é totalmente maligno, e se continuar se dividindo, poderá ocasionar várias sequelas na sua paciente.

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