Capítulo Sessenta e quatro

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                                      Irmãs

                                    TAYLOR

ALICIA RAQUELLE LIARA, agora fazia sentido porque o espelho se quebrava toda vez que eu perguntava quem eu era nos meus sonhos, era eu o tempo todo. Tudo estava na minha cabeça.
Rebecca e eu fizemos um novo teste com o mesmo enfermeiro que havia cuidado dela mais cedo, notei uma forte proximidade entre os dois. Pedimos para que assinasse um contrato de confidencialidade e assim que ele disse que o resultado havia saído pedimos para que ele se retirasse.

— Então? — questionei ansiosa.

Rebecca não segurou as lágrimas e me mostrou o resultado. Não movi um músculo, firmei o olhar para ela.

— Eu procurei por tantos lugares durante esses anos. — sua voz saia chorosa. — E você estava estampada por todos esses lugares. Como eu não conseguir enxergar você?

Ela me puxou para os seus braços, me abraçou forte, e ao mesmo tempo de uma maneira acolhedora. Batia um pouco abaixo dos seus ombros e ela ainda estava usando um salto alto, praticamente Rebecca me engoliu. Não choramos de tristeza, choramos de alívio. Alívio porque ela encontrou o que estava procurando: Sua irmã.
E eu chorava porque havia encontrado as respostas para meus questionamentos. E a dor de ter sido abandonada sumiu e ficou apenas a leve tristeza da perda.
Depois de um tempo juntas conversando, saímos abraçadas para fora. Eram antes das dez da manhã, Thomas ao nos ver juntas, respirou fundo e disse:

— Já era esperado. — disse olhando para mim.

– Você sabia? — Rebecca perguntou.

— Como você sabia sendo que eu não te contei? — olhei para Thomas curiosa.

— Você nunca trabalharia um dia depois que a Manoh... Você sabe. — Thomas disse. — E você não sabe mentir, e a tia Francine não sabe guardar tantos segredos.

— O que eu não sei ainda? — Mak tirou os óculos escuros.

Me soltei de Rebecca e me agarrei a Mak. Apesar que havia combinado com Rebecca de falarmos juntas e publicamente para as pessoas, também queria seguir minha promessa de nunca mais esconder nada para Makayla.

— É um pouco confuso, mas Rebecca e eu somos irmãs. — dei um sorriso.

Mak fez uma careta de espanto e em seguida se levantou com calma dizendo:

— Eu sei o quanto todo mundo está sofrendo com a perda da Manoh, inclusive o Thomas, mais do que ninguém. Mas isso não é motivo para você usar alucinógenos. — Mak estava super séria, ela segurou as minhas mãos e continuou: — O que a tia Tishi vai pensar quando souber disso e o tio B? Eles vão ficar arrasados, Thomas e eu não falaremos nada, mas você vai voltar ao normal. Não é Thomas?

— Makayla você é idiota? — Thomas quis saber de maneira irônica. Mak demonstrou está ofendida e questionou o motivo da sua pergunta. — De todos nós, TODOS, qual é o mais propício a usar alucinógenos?

Mak ficou calada por um minuto e em seguida falou:

— Você prefere que eu acredite que elas são irmãs do que a hipótese do alucinógenos?

— Mak eu não uso alucinógenos. — entrei na conversa. — E sim, a Rebecca e eu somos irmãs de sangue. No caminho de volta para casa eu vou te explicar com detalhes.

— Eu preciso muito de um remédio. — Mak sussurrou saindo pela porta.

Rebecca riu.

— Ela é bem desconfiada.

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