Chapter Two: The beginning ❥

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Boa Leitura, votem e comentem.
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TERRITÓRIO DO MAINE, 1809
Louis Tomlinson.

Começarei pelo princípio de tudo, pois é a parte que faz sentido para mim e que gravei em minha memória, temeroso de perdê-la ao longo de minha jornada, no desenrolar infinito do tempo.

Minha primeira lembrança vivida e clara de Edward Stylinson é numa ensolarada manhã de domingo na igreja. Ele estava sentando no fundo, nos lugares reservados à sua família, em frente do salão da congregação. Na época, ele tinha 16 anos e já era tão alto quanto qualquer outro homem da vila. Quase tão alto quanto seu pai, Charles Stylinson fora um charmoso capitão do exército, ouvi dizer, mas,  nessa época já era de meia-idade e tinha a barriga mole dos aristocratas

Edward não estava prestando atenção na cerimônia, mas provavelmente poucos de nós ali presentes estávamos. O culto de domingo podia durar quatro horas (até oito, se o pastor considerasse um exímio orador), então, quem poderia honestamente dizer que ficava atento a cada palavra do pastor? Talvez a mãe de Edward, Ruth, que sentava ao lado dele. Ela vinha de uma linha de teólogos de Boston e daria um bom sermão no pastor Gilbert se sentisse que a pregação não tivesse sido suficientemente rigorosa. Almas estavam em perigo e sem dúvida, ela achava que as almas nessa cidade isolada, que ficava no meio do nada, distante das influências civilizadas, estavam particularmente em risco. No entanto Gilbert não era fanático, e quatro horas era geralmente o seu limite; assim, sabíamos que logo seríamos dispensados para a glória de uma tarde maravilhosa.

Observar Edward era o o passatempo favorito de Louis e das garotas do povoado, mas, naquele domingo em particular, era Edward que observava: ele não disfarçava seu olhar de Jaqueline Poirier. Seu olhar de contemplação não se desviou dela por bons dez minutos, os olhos marotos fixos no rosto encantador de Jaqueline, porém, principalmente em seus seios, que pressionavam o fino algodão de seu corpete cada vez que respirava. Aparentemente ele não se importava que Jaqueline fosse muitos anos mais velha do que ele e que estivesse prometida a Matthew Comstock desde 6 anos de idade.

Aquilo era amor? Fiquei me perguntando enquanto observava do alto da frisa, onde meu pai e eu estávamos sentados com as outras famílias pobres. Aquele domingo só éramos meu pai e eu, o restante da família estava na igreja católica do outro lado da cidade, praticando a fé da minha mãe. Com minha bochecha encostada no ombro do meu pai, observei Edward intensamente, como só um garoto apaixonado poderia fazer. A certa altura, Edward parecia não se sentir bem, engolindo a saliva com dificuldade e finalmente virando as costas para Jaqueline, que não se dava conta do efeito que causava no filho do dono da cidade.
Se Edward estivesse apaixonado por Jaqueline, a solução é me atirar no rio até morrer congelado, Pois eu sabia, desde meus 12 anos, com absoluta certeza e clareza, que amava Edward com todo o meu coração , e que seu eu não pudesse passar minha vida com ele prefiria morrer. Sentado do lado do meu pai, assistimos até o final da cerimônia, o coração martelando em minha garganta, lágrimas se formado no fundo dos olhos, apesar de ter dito a mim mesmo que era um tolo por me deixar levar por algo que não fazia sentido.

Quando a cerimônia terminou, meu pai, Mark, pegou minha mão e ele me levou escada abaixo para nos reunirmos com nossos vizinhos no gramado comunitário. Este era o prêmio por te ficado até o final da cerimônia: a oportunidade de conversar com nossos vizinhos, relaxar um pouco depois de seis dias de trabalho árduo e tedioso. Para alguns, era o único contato com pessoas fora da família em toda a semana, a única chance de ouvir as últimas novidades e falatórios. Fiquei atrás de meu pai enquanto ele conversava com dois de nossos vizinhos, espiando por trás dele e tentando encontrar Edward, torcendo para que ele não estivesse com Jaqueline, mas ele estava em pé atrás dos pais, como eu, sozinho, com o olhar fixo nas costas deles. Claramente queria ir embora, mas era melhor ter desejado que nevasse em julho: a socialização depois do culto durava pelo menos uma hora, até mais se o tempo estivesse agradável como estava naquele dia, e os fiéis praticamente tinham que ser carregados. O pai dele tinha dupla incumbência, pois havia muitos homens que viam aos domingos como oportunidade de falar com o proprietário das terras de aumentar sua fortuna de alguma forma. Podre Charles Stylinson! Não percebi, até muitos anos depois, o fardo que tinha que carregar.

The Dark Side Of Life.˙❥˙L.sOnde histórias criam vida. Descubra agora