The Dark Side Of Life.˙❥˙L.s

Chapter Eighteen: Curse Of Immortality ❥

Boa Leitura, votem e comentem.
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– Ele está morrendo, não conseguirá chegar até a noite.

Era a voz de Liam, dizendo coisas que eu não deveria ouvir. Minhas pálpebras se abriam e fechavam. Ele estava em pé ao lado de Adair, ao pé da cama. Os dois tinham os braços cruzados no peito, com uma expressão grave no rosto.

Aproximava-se o fim absoluto e eu ainda não fazia ideia do que fariam comigo, por que Adair havia se incomodado em demonstrar sua afeição por mim ou se culpado em me oferecer poções homeopáticas, ao mesmo tempo que me recusava um médico. Aquela altura, seu comportamento estranho não fazia a menor diferença: eu estava à beira da morte. Se era meu corpo que eles queriam para dissecação médica, ou experiências ou até mesmo rituais satânicos, não havia nada para impedi-los. Afinal, o que eu era além de um vagabundo sem dinheiro e sem amigos?

Não dava para discordar da conclusão de Liam: eu estava morrendo. E além do mais, eu fervia por dentro, cada músculo queimava. Tudo doía. A cada respiração minhas costelas estalavam como fole enferrujado.

Tinha somente um arrependimento, que era nunca mais ver Edward de novo. Eu acreditava tão piamente que estávamos destinados a ficar juntos. Meu fim estava aqui, não havia nada a ser feito, nenhuma súplica a Deus mudaria isso. E tudo que eu mais queria era ver Edward.

– A decisão é sua – Liam disse a Adair, que até então não havia dito uma só palavra. – Se ele lhe agrada. Luke e Tilde já se posicionaram...

– Não é uma votação - ele respondeu irritado. – Nenhum de vocês diz quem vai fazer parte de nossa família. Vocês todos continuam a existir porque eu quero... Vocês continuam à minha disposição. – Adair deu um passo para meu lado e passou a mão em minha testa suada. – Vê a expressão no rosto dele, Liam? Ele sabe que está morrendo e mesmo assim está lutando. Vi essa mesma expressão no seu rosto, no de Tilde e os demais. É sempre a mesma coisa. – Ele pegou meu rosto com as duas mãos. – Me ouça, Louis. Estou prestes a dar a você um presente raro. Você compreende? Se eu não intervier, você morrerá. Então, esta será nossa troca... Estou pronto para resgatá-lo quando morrer e trazer sua alma de volta para este mundo. Mas isso significa que você pertencerá inteiramente a mim, não apenas o seu corpo. Ser dono do seu corpo é fácil, posso fazer isso agora mesmo. Quero mais de você; quero sua alma ardente. Você concorda com isso? – ele perguntou, procurando uma reação em meus olhos.
– Prepare-se! – ele me disse. Não tinha ideia sobre o que ele estava falando.

Ele inclinou-se mais perto como um pastor prestes a ouvir minha confissão. Segurou um frasco de prata, tão fino quanto o bico de um beija-flor, e tirou a tampa, que parecia ser mais uma agulha do que uma tampa.

– Abra a boca – ele ordenou, mas estava pedrificado de medo. – Abra sua maldita boca, ou vou quebrar sua mandíbula ao meio. – ele repetiu.

Então, abrir a boca e fechei os olhos esperando.

Ele passou a tampa pela minha língua. Não senti nada, o instrumento era minúsculo, mas minha língua imediatamente amorteceu e fui tomado por um sabor odioso. Minha boca encheu de água e comecei a convulsionar; ele fechou minha boca e a segurou, me prendendo na cama enquanto eu era tomado por convulsões. Minha boca se enchia de sangue e ficava mais amarga e ácida por causa da porção que ele colocou em minha língua. Será que ele tinha me envenenado para acelerar minha morte? Estava afogado em meu próprio sangue e não sentia nada. No fundo de minha mente, ouvia Adair murmurar palavras que não faziam sentido. Mas o pânico tinha tomado o lugar de tudo, principalmente o da lógica. Não me importava com que ele estava dizendo ou por que ele estava fazendo aquilo. Eu estava completamente em choque.