Chapter Four: The Body In The Morgue❥

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Boa Leitura, votem e comentem.
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HOSPITAL DO CONDADO DE AROOSTOOK, HOJE.

A fumaça rodopiava em dois pontos de luz dentro do consultório. Agora, as amarras dos pulsos estão soltas e o prisioneiro está sentado com a maca na posição vertical, como uma cadeira, um cigarro queimando entre os dedos. Duas bitucas, queimadas até o filtro, estão amassadas no fundo de uma comadre sobre a marca entre eles. Harry se encosta na cadeira e tosse, a garganta raspando por causa da fumaça e a cabeça um tanto zonza, como se estivesse usando drogas a noite toda.

Ouve-se uma batida na porta e Harry fica em pé mais depressa do que um esquilo consegue subir numa árvore, pois sabe que essa é a batida obrigatória e de praxe o que um funcionário do hospital da antes de entrar. Ele bloqueia a porta com o corpo, deixando apenas entreaberta.

O olhar frio de Judy, distorcido pelas lentes dos óculos, analisando de cima a baixo.

– O necrotério ligou. O corpo acabou de chegar. Nick quer que você ligue para o médico-legista.

– Está tarde. Diga a Nick que não há necessidade de ligar para o legista agora. Certamente dá para esperar até amanhã.

A enfermeira cruza os braços.

– Ele também pediu para perguntar sobre o prisioneiro. Ele está pronto para ir ou não?

Isso é um teste, ele percebe. Ele sempre se viu como uma pessoa honesta, mas ainda não está pronto para deixá-lo ir.

– Não, ele ainda não pode levá-lo. – Judy lhe lança um olhar tão duro, que pareça atravessá-lo.

– Por que não? Ele não tem um arranhão sequer. – rapidamente uma mentira lhe vem à cabeça.

– Ele ficou agitado. Tive que sedá-lo. Preciso ter certeza de que não terá reações adversas no sedativo. – A enfermeira suspira profundamente, como se já soubesse ( não suspeita, mas sabe) que ele está fazendo alguma coisa horrorosa com corpo inconsciente do garoto. – Me deixe sozinho, Judy. Diga a Nick que ligarei para ele quando ele estabilizar. – Ele fecha a porta na cara dela.

Louis empurra a cinza em volta da comadre com seu cigarro aceso, sem fazer contato visual com ele.

– Edward está aqui. Agora não precisa acreditar nas minhas palavras. – ele diz, batendo a cinza dentro da comadre indicando a porta com a cabeça. – Desça até o necrotério. Veja com seus próprios olhos.

Harry se mexe desconfortavelmente no banquinho.

– Não, há mais uma coisa. Deixa eu mostrar para você. – ele diz, erguendo a manga do avental do hospital e revelando as linhas de um desenho pequeno na parte branca, do lado de dentro do seu antebraço. Harry si inclina para olhar mais de perto e ver que é uma tatuagem grosseira, feita em tinta preta: o contorno de um escudo heráldico com a figura de um réptil dentro. – Verá no braço de Edward, neste lugar...

– A mesma tatuagem?

– Não – ele responde, passando o dedo sobre tatuagem. – Mas é do mesmo tamanho e foi feita pela mesma pessoa, então é parecida, como se tivesse sido feita com alfinetes mergulhados em tinta, e realmente foi. A dele são dois cometas circundado um em volta do outro, como as caudas estendidas.

– O que significa? Os cometas? – Harry pergunta.

– Gostaria muito de saber. – ele responde, arrumando o avental e a roupa de cama. – Vá lá e olhe para Edward, e então me diga que não acredita em mim.

The Dark Side Of Life.˙❥˙L.sOnde histórias criam vida. Descubra agora