Chapter Thirty Eight: Death ❥

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Boa Leitura, votem e comentem.
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Cheguei a mansão e encontrei a casa em balbúrdia. Os criados corriam escada a baixo, como água escorrendo pela montanha, para o porão escondendo-se nas despensas, longe de barulheira no andar superior. Socos nas portas, trancas batendo. As vozes abafadas de Tilde, Luke e Liam ecoavam vindas de cima.

Adair, o que está acontecendo?

Deixe-nos entrar.

Subi as escadas correndo e encontrei os três, agachados e sem ação ao pé da escadaria do sótão, sem vontade de interromper o que quer que estivesse acontecendo atrás daquela porta fechada. Ouvimos barulhos horrízies:  Taylor gritando, Adair rugindo em reposta. Ouvimos o som seco da troca de tapas.

– Por que tudo isso? – quis saber, rodeando Liam.

– Adair foi procurar Taylor, é tudo o que  sei.

Pensei na história de Adair; a fúria do físico por causa das coisas roubadas de sua mesa.

– Precisamos ir até lá! Ele a está machucando! – Alcancei a maçaneta da porta, mas ela se recusou a mexer. Ele trancara a porta. – Pegue um machado, uma marreta, qualquer coisa. Precisamos colocar essa porta abaixo! – gritei, mas eles apenas olharam para mim como se eu tivesse ficado louco. – Vocês não sabem do que ele é capaz.

Então, o barulho parou.

Após alguns minutos, a chave virou na fechadura e Adair saiu, pálido feito leite. A adaga em serpentina de Taylor estava na mão dele e o punho de sua camisa estava machado de vermelho brilhante. Ele jogou a adaga no chão e nos empurrou de lado, retornado a seu quarto. E foi então que encontramos o corpo dela.

– Você teve alguma coisa a ver com isso, não teve? – Tilde disse para mim. – Dá para ver a culpa em seu rosto. – Eu não respondi. Olhando para o corpo de Taylor, meu estômago revirou. Ele a esfaqueara no peito e também lhe arrancou os olhos e cortara sua garganta, e isso deve ter sido a última coisa que fizera, pois ela havia caído no chão com a cabeça jogada para trás, o cabelo ainda enrolado onde ele o enroscara nos punhos. As palavras "por minhas mãos e intenção" ecoavam na minha cabeça; as mesmas palavras que haviam lhe dado vida eterna foram evocadas para lhe tirar a vida. Pensar nelas agora me dava arrepios, assim como olhar a tatuagem em seu braço, jogado displicentemente ao lado dela. No final, a marca dele sobre ela não significou nada. Ele retiraria a promessa quando bem quisesse.

De algum modo, acho que Adair deve ter descoberto que algumas coisas foram retiradas do quarto secreto e a culpou por isso (por ela ser a única a conhecer cada pedaço obscuro da casa). E ela não tentara corrigir o mal-entendido dele. Ou ela queria me proteger, o que era muito provável, ou dera as boas-vindas à morte, sua melhor chance de escapar de tudo aquilo.

Roubei aquelas coisas sabendo da punição que poderia ter, só não sabia que recaíria sobre Taylor. Nem pensei que ele mataria um de nós, muito mesmo ela. Nunca em um milhão de anos, sonhei que ele a mataria de verdade, pois achava que, a seu modo, ele a amava.

Joguei-me no chão e segurei a mão dela, já fria; talvez, em nosso caso, a alma saísse do corpo mais rápido, ávida por escapar. A coisa mais terrível era que estava planejando minha fuga, minha e de Edward, mas não tinha nem pensando em levar Taylor conosco. Mesmo sabendo o quão desesperadamente ela desejava fugir, não passou pela minha cabeça ajudar aquela pobre garota que aturou a obsessão doentia de Adair por tantos anos, e que fora tão gentil comigo e que tentou me ajudar a navegar por aquela casa de lobos. Não tinha dado o devido valor a ela, e o frio reconhecimento de meu egoísmo me fez pensar se eu realmente não era alma gêmea de Adair.

The Dark Side Of Life.˙❥˙L.sOnde histórias criam vida. Descubra agora