Chapter Thirty One: But a Victim ❥

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Boa Leitura, votem e comentem.
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STYLINSON, 1819

Aquele nosso delicioso encontro não foi o último. Planejávamos nos encontrar o máximo que podíamos, apesar de as circunstâncias serem inconvenientes, para dizer o mínimo: um celeiro de feno no final do pasto cheirando alfafa seca (nesse caso temos que tomar cuidado para tirar qualquer semente e caule de nossas roupas, depois que terminamos de transar), ou na estrabeira para casa dos Stylinson's, onde nos atracávamos na sala das selas e nos esfregavámos um no outro em a arreios e tributos pendurados.

Durante essas ocasiões com Edward, até mesmo quando inalava seu hálito gostoso, ficava surpreso por sentir Adair permaneando meus pensamentos. Por que deveria me sentir culpado e amedrontado se estava fazendo o que ele queria? Talvez porque, em meu coração, eu soubesse que amava Edward, apenas Edward. Ele venceria todas as vezes.

– Lou! – Edward sussurrou beijando minhas mãos, enquanto deitava-se sobre o feno se recuperando do nosso encontro amoroso. – Você merece mais do que isso.

– Eu me encontraria com você na floresta, numa caverna, no campo... – respondi. –, se essa fosse a única maneira de vê-lo. Não interessa onde estamos, tudo que interessa é que estamos juntos.

Lindas palavras, palavras de amantes. Mas, enquanto deitávamos nus e juntos sobre o feno, e quando eu passava os dedos em seu rosto, minha cabeça não fazia outra coisa não ser vagar. Desde que voltei para a cidade, ele não havia me perguntado nenhuma vez sobre a criança (sobre nosso filho) Ele queria me perguntar, eu sentia toda vez que havia um momento de silêncio e incômodo entre nós, quando o pegava olhando de lado para mim. “Quando foi embora de Stylinson...”. mas as palavras permaneciam em sua boca. Ele deve ter presumido que eu abortei o bebê, como diz que faria aquele dia na igreja. Mas queria que ele soubesse a verdade.

– Edward... – eu disse suavemente, pegando e deixando escorrer os cachos castanhos de cabelos por entre meus dedos. –, já se perguntou por que meu pai me mandou embora da cidade?

Senti que ele segurar a respiração, uma hesitação em seu silêncio. Pouco tempo depois: ele respondeu.

– Não, só soube que havia ido embora quando já era tarde... Foi errado de minha parte não te procurar mais cedo, para saber se não estava com problemas ou se algo terrível tinha acontecido com você... – Ele começou a brincar com a renda de meu espartilho (uma pesa de roupa que fiz questão de vestir para ele. O mesmo  não hesitou em dizer o quando eu fiquei bonito e sexy)

– Que desculpa minha família deu depois que me mandaram embora? – perguntei.

– Disseram que você tinha ido cuidar de um parente doente. Eles se fecharam muito depois que você se foi e só ficaram entre eles. Perguntei a uma de suas irmãs se havia notícias suas e se podia me dar um endereço para onde pudesse lhe escrever, mas ela saiu correndo sem me responder. – Ele levantou a cabeça de meu peito. – Não foi esse o caso? Você não estava cuidando de alguém?

Eu poderia ter rido da ingenuidade dele.

– A única pessoa que precisava de cuidados era eu mesmo. Eles me mandaram embora para que eu pudesse ter o bebê. Não queria que ninguém daqui soubesse.

– Lou! – Ele pressionou a mãos sobre meu rosto, mas eu a tirei. – E você...

– Não há nenhum filho, sofri um aborto. – Agora eu consegui a dizer essas palavras sem noção, sem temor na voz ou nó na garganta.

– Sinto muito por tudo que passou, e sozinho... – Ele sentou-se  incapaz de tirar os olhos de mim. – Foi por isso que você acabou conhecendo esse homem? Esse Adair?

The Dark Side Of Life.˙❥˙L.sOnde histórias criam vida. Descubra agora