The Dark Side Of Life.˙❥˙L.s

Chapter Eight: Maybe A Baby ❥

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A medida em que o outono se aprofundava e as folhas tomava tons de marrom, vermelho e dourado. O caso de amor entre Edward e Sophia Jacobs não arrefeceu. Durante aquelas semanas, meus encontros com Edward eram cada vez mais raros e dolorosamente curtos. Ainda que a culpa não fosse toda dela, cada um de nós tinha as próprias preocupações naquela época, e eu colocava toda culpa em Sophia. Que direito ela tinha de ter a atenção dele? Até onde eu conseguir entender ela não merecia a companhia dele. O pior pecado ela era ser casada, e na busca desse relacionamento, estava forçando Edward a comprometer sua moral cristã.

Ela o estava condenado ao inferno junto consigo mesma.

Mas as razões pela quais ela não merecia não paravam por aí. Sophia não chegava a ser a garota mais bonita do vilarejo; pelas minhas contas, havia pelo menos umas vinte garotas, comparáveis em idade, que eram mais bonitas do que ela. Além disso, ela não tinha a posição social nem a riqueza que a tornaria adequada para a companhia do homem com os status de Edward. Faltavam-lhe dotes domésticos: sua costura era passável e as tortas que trazia as festas da igreja eram massudas e assadas de maneira desigual. Sophia era inteligente, sem dúvida, mas se alguém fosse obrigado a escolher uma garota inteligente na cidade, o nome dela não estaria entre aquelas que vem primeiramente. Assim, qual era a base de seu relacionamento com Edward, que deveria ser só o melhor?

Afinal, um dia ele tinha me dito, no gramado da igreja, que ficaria com ciúmes se eu me apaixonasse por outro menino do vilarejo; e agora aqui estava ele, cortejando Sophia Jacobs. Uma jovem de coração mais fraco poderia ter tirado conclusões sobre seu comportamento, mas eu não faria isso, preferia acreditar que Edward me escolheria se soubesse de meus sentimentos. Eu caminhava de um lado para o outro após os cultos da igreja aos domingos, jogando olhares não correspondidos na direção de Edward querendo dizer o quanto o queria. Sonhando acordado, tentei imaginar como seria sentir as mãos de Edward em meu corpo, como seria ser aprisionado em baixo dele, tomado por seus beijos. Fico vermelho ao pensar no quanto minha visão de amor não era inocente! Tinha uma concepção de amor de um virgem, tão casto quanto nobre.

Sem Edward, eu estava sozinho. E essa era uma prévia do que seria minha vida quando Edward estivesse casado e assumisse os negócios da família, e eu estivesse casado com outro. Seríamos cada vez mais elevados as nossas próprias órbitas, caminho destinados à nunca se cruzarem. Mas esse dia ainda não havia chegado e Sophia Jacobs não era a legítima esposa de Edward. Ela era uma intrusa que queria roubar seu coração.

Um dia, logo após a primeira geada, Edward veio me ver. Ele estava tão diferente, parecia que havia envelhecido anos. Ou talvez só fosse aquela alegria em seu rosto que tivesse indo embora; ele parecia sério e bem adulto. Ele me encontrou no campo de feno com minhas irmãs, colhendo o que ainda restava do feno, para colocar para secar no pouco sol que brilhava no céu, para depois colocar no celeiro onde guardárvamos a alfafa que alimentária o gado durante todo o longo inverno.

– Deixe-me ajudar vocês – ele disse, descendo do cavalo. Minhas irmãs, vestidas como eu, com roupas velhas, olharam desconfiadas para ele e deram gargalhadas.

– Não seja ridículo! – exclamei, olhando para o seu elegante casaco de lã e calça de pele de corça. Recolher o feno era uma tarefa difícil e cansativa. De qualquer forma, eu ainda estava ressentido por seu abandono e disse a mim mesmo que não queria nada dele. – Só me diga o que o traz aqui – falei

– Creio que minhas palavras seja só para seus ouvidos. Podemos pelo menos caminhar um pouco sozinhos? – perguntou comprimentando minhas irmãs com a cabeça para mostrar que não queria ser desrespeitoso. Joguei meu forcado no chão, tirei as luvas e comecei a caminhar em direção à floresta.