~capítulo 37~

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𝑨𝒏𝒚 𝒏𝒂𝒓𝒓𝒂𝒏𝒅𝒐 (07/??) Maratona
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Beauchamp levou a mão esquerda ao seu braço direito que agora sangrava, logo ele me olhou incrédulo com os olhos em chamas de tanto ódio, foi aí que eu percebi: Eu nasci para fazer merda.
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- Eu vou matar você. - Beauchamp tirou a arma da cintura. Engoli em seco. May adoraria estar presente naquele momento. Josh apontou aquele troço para mim, chegando mais perto e mirando bem no meio da minha testa. Todo o medo que eu não havia sentido dele em todo esse tempo, estava ali. Eu tremia e me sentia fria, mas em nenhum momento deixei de olhar Josh nos olhos.
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- Ninguém, ninguém mesmo, tem direito de tocar em mim, causando algum tipo de estrago. - Olhei para o seu braço sangrando.
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- Na verdade, foi o vaso que tocou em você. -  Como eu tive coragem de falar aquilo?
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- Você adora brincar né, Gabrielly? Até nas horas erradas, desculpe dizer mas, ninguém faz meu sangue escorrer e sai vivo.
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- Mas aqueles caras que Leon mandou bater em você.
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- Estão mortos. - Josh gritou, em nenhum momento ele tirou a arma da minha testa, eu odiava aquele seu jeito, eu o odiava. Comecei a entender mais ainda porque as pessoas o temiam.
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- Josh, pa-para com isso. - Disse nervosa e tremendo.
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- Você quer que eu pare, vadia? Repete, quero ver você sofrendo. - Ele riu.
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- Eu não sou vadia. - Não suportava quando ele me chamava assim.
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- Você realmente não tem medo de morrer mesmo né?! - Ele disse.
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- Beauchamp, pare de enrolar, me mate logo. - Falei já cansada daquilo.
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- Seria muito fácil. - Ele abaixou a arma. - Eu não gosto de coisas fáceis. - Mentira, ele não tinha coragem de me matar, eu podia ver e sentir aquilo. - Deveria ter deixado para May. - Ele largou a arma em cima da mesa. - Respirei novamente, nossa eu havia me esquecido de como era bom respirar. - Agora, pegue algo para fazer um curativo na merda que você fez, antes que eu mude de ideia. - Josh disse autoritário - como sempre - e eu peguei minha blusa a vestindo novamente.
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Levei-o no banheiro , passei uma água e fiz um breve curativo, o corte não havia sido tão grave assim, até porque, na hora que eu fui atirar o vaso, minha mão meio que afloxou diminuindo o impulso.
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- Você não tem medo que as autoridades descubram que você é um Canadian? - Aquilo saiu da minha boca automaticamente.
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- Por que? Quer me entregar para a polícia? Eu te mataria.
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- Mas você estaria na cadeia. - Falei indiferente, sentando em seu sofá e colocando os pés para cima.
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- Você não tem jeito mesmo, vai chegar um momento em que a única maneira vai ser estourar sua cabeça. - Josh disse irritado e eu ri, logo ele entrou no corredor desaparecendo.
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Fiquei sentada ali por um tempinho, até estranhar o desaparecimento do Mr. irritadinho. Fui atrás, pois eu realmente precisava ir embora e lembrei-me que ele havia escondido a droga das chaves.
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Andei pelo seu corredor enorme e logo avistei a porta do seu quarto semi aberta. Abri ela totalmente e avistei Beauchamp deitado em sua cama com uma calça de moletom, sem camisa e de barriga para cima fitando o teto.
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- Ah que lindo. - Falei. - Você ia dormir e me deixar aqui trancada, eu tenho que ir embora, seu idiota.
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- Garota, não enche. Eu já estou de saco cheio de você.
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- Ok, abre a porta, eu vou para a minha casa e te deixo em paz com todo o prazer. - Josh me olhou rapidamente e voltou a fitar o teto.
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- Estou com preguiça. - Ele disse simples.
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- Porra, Beauchamp. Não fode minha vida e abre a droga dessa porta. Ao contrário de você, eu não sou independente, devo satisfações para o meu pai.
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- Sempre esqueço que você é uma pirralha filhinha de papai. - Ele disse. - Mas enfim, ele trabalha muito, nem deve estar em casa.
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- Depois sou eu que estou sabendo demais né. - Falei sarcástica.
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- Foda-se. - Ele deu de ombros.
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- Que garoto de merda mesmo. - Falei entrando totalmente em seu quarto, pegando sua calça que estava atirada no chão e procurando as chaves no bolso da mesma. Josh continuava deitado, tranquilão, numa calmaria sem fim. Apenas de implicância, claro.
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- Ihh, tá frio. - Ele disse como se fosse aquelas brincadeiras, cujo alguma pessoa esconde algo e a outra tinha que procurar. Era quase isso. Abri as gavetas, mexi em tudo. - Polo norte para você hein. - Ele continuava a brincar, incrível como ele conseguia ser completamente infantil as vezes.
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Subi na cama onde ele estava e comecei a procurar por baixo de um travesseiro que havia ali, pois a cama era de casal e procurei até em baixo do próprio travesseiro que Beauchamp estava deitado.
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- Porra. - Gritei irritada. - Onde estão as chaves, Beauchamp? - Perguntei parando de joelhos ao seu lado, ele me puxou meu braço fazendo eu me desequilibrar e cair em cima dele.
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- Você quer mesmo saber? - Ele perguntou com diversão em sua voz.
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- Sim. - Disse séria.
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- Segue esse caminho aqui. - Ele disse se referindo à aquele caminho chamado de '' caminho da felicidade'' ou seja, do seu abdômen definido até seu pênis.
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🖤Continua?🖤
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𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐢𝐯𝐞 -𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲-Onde histórias criam vida. Descubra agora