capítulo 122

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𝗔𝗻𝘆 𝗚𝗮𝗯𝗿𝗶𝗲𝗹𝗹𝘆
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- Estou bem. - Menti. - Não, ele não está. Como está Angel? - Eu sentia falta da minha pequena. - E os garotos não vieram mais aqui?.

- Angel está linda, como sempre. Vi ela ontem, Noah disse que ela sente sua falta, ela começa à chorar e diz ''mamã''. - Comecei à chorar. - E eu mal consigo falar com o meu filho, os garotos disseram que ele anda resolvendo umas coisas e não para em casa.

- Ele desistiu de mim.

- Não fala assim, querida.

- É a verdade.

- Beauchamp te ama, eu sei que ele ainda vai lutar para tê-la.

- Preciso ver Angel, tem como você trazer ela aqui? Meu pai vai voltar tarde.

- Sim, eu vou lá buscar ela e trago ela aqui sim. - Úrsula sorriu. - Ela vai ficar muito feliz.

- E você está bem?

- Sim, estou ótima. Alias, estou voltando para o Canadá amanhã à tarde.

- O que?

- Sim, querida. Não quero ficar morando na frente da casa de um monstro.

- Te entendo. - Minha voz saiu fraca. - Pelo menos você mora na frente, eu moro na mesma casa.

- Você ainda vai ser muito feliz, pode apostar. É hoje sua formatura, não?

- Sim. - Falei sem ânimo. - Você vai?

- Vou tentar.

- Por favor, vá. - Implorei.

- Veremos. Agora vou lá buscar Angel para você, daqui à pouco eu estarei aqui. - Ela disse e entrou em seu carro, sentei-me em um banco que havia ali e fiquei esperando cerca de trinta minutos, logo avistei o carro de Úrsula novamente, ela saiu do carro e abriu a porta traseira, tirou Angel da cadeirinha e quando eu a vi, abri um sorriso largo e verdadeiro, alias, fazia tempo que eu não sorria desse jeito.

- MEU AMOR. - Chamei sua atenção e Angel me olhou, em seguida ela abriu um sorriso de felicidade e começou á querer vir no meu colo, mas eu estava trancada, não podia pega-la. - Você está linda e parece ter crescido um pouco. - Tentei beijá-la entre as grades e obtive sucesso.

- Mamã... - Ela começou a chorar porque não podia ir no meu colo.

- Não chora, minha linda. Não chora. - Botei meus braços entre as grades e comecei a acariciar seus cabelos. - Você vai ver, logo a mamãe vai te pegar e te abraçar forte. - Foi estranho me ouvir dizendo aquilo, Angel não havia saído de mim, mas mesmo assim, eu era sua mãe, ela me adotou como mãe. - Te amo, pequena.

- Ela realmente gosta de você. - Úrsula disse. - Mas enfim... Esses dias eu estava olhando, você não acha o nariz de Angel igual ao meu? - Úrsula perguntou e eu ri.

- Sim, claro. - Falei. - Linda igual a vó. - Elogiei.

- O que está acontecendo aqui? - Um carro estacionou atrás do carro de Úrsula e vi meu pai, revirei os olhos.

- Deixa comigo, querida. - Úrsula disse.

- Úrsula... - Tentei pará-la.

- Você não tem vergonha, Sebastian? Olha o que você está fazendo com sua filha, está a deixando em uma prisão e a privando de aproveitar sua juventude, você não é um pai, é um monstro.

- Um dia ela vai me agradecer. - Ele desceu do carro. - De tê-la livrado daquele marginal que é seu filho. - Ele abriu o portão.

- NÃO FALE ASSIM DO MEU FILHO. - Úrsula gritou e logo acertou um tapa em cheio no rosto de meu pai, fazendo eu dar uma risada, aproveitei que o portão estava aberto e tirei Angel do colo de Úrsula a pegando para mim, Úrsula estava tão irada que nem viu quando eu fiz isso, continuou fuzilando meu pai com os olhos. Ele se mantinha intacto, com sua mão direita no rosto não acreditando no que havia acontecido. - Josh tem todos os seus defeitos, mas pode ter certeza, ele ama a sua filha e eu estou rezando para que tudo isso que você está fazendo não adiante de nada, que eles casem e sejam muito felizes.

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐢𝐯𝐞 -𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲-Onde histórias criam vida. Descubra agora