~capítulo 56~

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𝑨𝒏𝒚 𝒏𝒂𝒓𝒓𝒂𝒏𝒅𝒐
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Chegamos no mercado e eu comprei as básicas para fazer um bom almoço e mais algumas coisas que toda a casa precisa ter.
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- Vamos de uma vez, odeio supermercados. - Josh dizia impaciente me seguindo em todos os corredores que eu ia.
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- Pronto. - Falei com o carrinho cheio. - Hora de pagar, sr Rico. - Falei e Josh riu.
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Voltamos para o apartamento e eu fiz o tal almoço, matando a fome dos garotos, eles acabaram com tudo, tudo mesmo.
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- Isso estava muito bom. - Krys disse se deliciando.
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- Não foi você que fez. - May falou.
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- Realmente, você caprichou. - Josh disse e riu, me dando um selinho, o que
me fez ficar surpresa.
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- Isso estava ótimooooooooooooo. - Urrea disse exagerado como sempre e todos rimos.
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- Obrigada. - Agradeci, claro.
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- E então, Josh. Vamos ou não na boate hoje? - Krys perguntou dando goles em seu refrigerante.
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Josh me olhou pensando em uma resposta, pensei que ele fosse dizer ''não, não posso deixar a Any linda sozinha, vão vocês.'' Mas ele disse
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- Óbvio.
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- Ahh que legal, você vai me deixar sozinha? - Falei ficando brava.
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- Larga de drama, garota.
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- Então, eu vou junto. - Disse simples.
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- Você está louca? Desde quando boate é lugar de pirralha?
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- Incrível como em certos momentos pra você eu não sou pirralha. - Falei e os garotos riram.
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- Foda-se, mas lá você não entra. - Ele disse levantando-se da mesa e indo até o quarto, fui atrás dele. Ele empurrou a porta para fecha-la com força e quase bateu em minha cara, mas eu consegui entrar antes.
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- Seu idiota, tudo você fica nervosinho. - Gritei.
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- Cala a boca, Gabrielly. - Ele disse grosso, tirando a camisa e indo para o banheiro, fui atrás também.
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- Deixa eu ir. - Implorei. - Prometo que eu fico o tempo todo com você, de baixo de sua vista, se você quiser.
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- É, mas eu não quero, não quero ninguém no meu pé, principalmente mulher, quero curtir, foder umas gatas, beber.. - Aquilo doeu em mim, mais uma vez ele demonstrou que eu não significava nada. Engoli a droga do choro.
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- Ok. - Foi só o que eu consegui dizer, pois se eu falasse mais eu começaria a chorar, e eu não iria deixá-lo me ver em lágrimas por causa dele, isso só fortaleceria seu ego. Saí do quarto rapidamente e entrei no banheiro que havia no corredor, de frente para o quarto de Urrea.
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Bati a porta do banheiro com toda a força do mundo e a tranquei, me apoiei na pia e fechei os olhos com força, eu estava morrendo de raiva, abri meus olhos me deparando com a minha imagem no espelho que ali havia, eles estavam vermelhos, sinal de lágrimas de pura raiva vindo. E então, desabei, comecei a chorar baixinho. Não queria que o causador de tudo isso ouvisse.
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Meu subconsciente sussurrava-me que eu não deveria chorar por Josh, ele era um idiota, eu já deveria estar acostumada a ser tratada assim, por ele, como um nada. Nenhuma garota gosta de se sentir apenas mais uma, nenhuma garota gosta de se sentir uma vadia. Com exceção de sabriny, claro.
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Enxuguei minhas lágrimas com força, machucando um pouco meu rosto, eu estava com muita raiva, eu poderia matar Josh com sua própria arma, eu odiava o que aquele babaca fazia comigo, simplesmente odiava.
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E ele ainda deixava bem claro que eu era somente dele, mas não como alguém que ele goste e sim, como uma marionete, com a qual ele podia fazer tudo o que quisesse, uma marionete idiota. E o pior, sabe o pior? Eu era totalmente apaixonada por ele, eu não entendia o porquê.
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Como eu podia me apaixonar logo por ele? A verdade era, que eu podia ver algo a mais em Josh, algo a mais em seus olhos, podia sentir que ele era mais do que isso, mais do que esse idiota que ele aparenta ser. Ou eu apenas estivesse errada, e pelo visto, eu estava.
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Eu caí na dele, eu deixei me envolver por ele, eu deixei ele me seduzir, ele não era o total culpado, ou era, por não deixar eu me afastar dele, por não deixar eu tomar meu rumo, por simplesmente querer que eu fosse sua. Ok, eu também me culpo, pois apesar de tudo, ele nunca escondeu esse jeito ordinário dele, e mesmo assim, eu deixei me levar. Eu me apaixonei.
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Já estava naquele banheiro tentando conter minha raiva havia mais ou menos trinta minutos, estava sentada no chão, envolvendo meus braços em meu joelho e com a cabeça baixa, até que ouvi fortes batidas na porta.
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- Abre essa porra, Gabrielly. - Beauchamp ordenava tentando manter a calma.
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- Isso não é uma porra, é uma porta, você é uma porra. - Gritei.
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- Sem gracinhas e abre isto de uma vez, garota. - Ele dizia autoritário do lado de fora.
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- Por que?
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- Porque eu quero.
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- Querer não é poder, me deixe. - Falei.
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- Eu vou arrombar essa porta, igualzinho eu fiz com você. - Ele era ridículo.
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- Olha o respeito, seu idiota. E faz o que quiser, a casa é sua, o prejuízo também.
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- Abre, Gabrielly. Eu quero falar com você. - Ele estava quase derrotado.
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- Que droga, Beauchamp. Me deixa, vai lá foder suas vadias. Me larga de mão, poxa. Depois ainda vem dizer que eu fico no seu pé. - Eu gritava dentro daquele banheiro. - E aliás, me esquece, eu não sou sua. Não quero essa vidinha, minha vida já está ruim o suficiente. Obrigada.- Falei e logo as batidas na porta cessaram, o silêncio pairou, respirei fundo a fim de afastar as lágrimas, mas elas vieram mais uma vez e dessa vez, o motivo era minha droga de vida.
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                    🌛Continua?🌚

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐢𝐯𝐞 -𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲-Onde histórias criam vida. Descubra agora