~capitulo 48~

1.6K 80 0
                                    

𝑨𝒏𝒚 𝒏𝒂𝒓𝒓𝒂𝒏𝒅𝒐
.
_
- Fred já estava na nossa mira há muito tempo, ele não é tão limpo quanto você pensava, o roubo não foi a única merda que ele nos fez, ele não fazia parte de nenhuma gangue, apenas trabalhava para elas ou algo do tipo, mas ele apenas trabalhava para gangues que queriam atingir a gente, um dia ele armou uma tão foda, que os tiras quase descobriram quem eram The Canadians, quase nos fodemos, Gabrielly. E o fato de você ter ficado com ele, foi um empurrão bem grande para completar a vingança de Josh, isso deixou ele mais irritado do que qualquer merda que Fred já tenha feito.
.
- Mas, Krys... - Tentei procurar algum argumento.
_
- Não fique assim tão traumatizada. - Krys disse. - Ele era sujo também, tão sujo quanto Josh. - Krys riu. - Ah só mais uma coisa. - Olhei. - Acho que Josh é apaixonado por você, meus pêsames.
.
Cheguei super atrasada e ainda tive que esperar o segundo período, que era educação física, que envolvia Josh. Estava tudo conspirando contra mim, só podia.
_
Estávamos todos na quadra nos matando de tanto correr, eu já não aguentava mais, já havia dado umas vinte voltas em volta daquela quadra, sem exagero, e aquilo era muito para mim. Os esportistas daquela turma corriam vinte voltas rindo, enquanto eu estava quase enfiando uma faca em meu peito. Logo fomos surpreendido pela visita da equipe diretiva da escola, o que eu achei totalmente estranho, todos pararam de correr e ficamos um ao lado dos outros.
.
- Bom, estamos aqui. - A diretora dizia séria. - Para pedir um minuto de silêncio para o nosso aluno Fred, que foi encontrado morto com cinco tiros na madrugada de hoje. - Olhei rapidamente para Josh e ele me olhou de volta, sempre se mantendo sério. Sensações horríveis passaram por mim, eu sabia de tudo e não podia mencionar a polícia, fazer alguma justiça, mas o mesmo tempo lembrei-me que Fred não era dos mais barra limpa. Os alunos cochichavam uns com os outros apavorados. - Pelo o que ficamos sabendo. - A diretora fez sinal para que todos ficassem quietos. - Fred não era um jovem normal, ele era envolvido com algumas coisas sujas, o que nós nunca imaginamos. Mas a vida nos surpreende. A polícia não desconfia do autor do crime, foi alguém totalmente profissional, mas continua a procurar. Bom, era só isso, voltem as aulas se vocês conseguirem. - Eu poderia ajudar a polícia, sei tudo sobre quem matou, até dormi com ele.
_
Todo mundo se retirou e a turma ficou inquieta, cochichos para lá e para cá, o professor Robson não conseguia controlar.
.
Sentei-me nas arquibancadas do ginásio e fiquei lá pensativa, ignorava Josh á todo o custo. Eu ainda estava me sentido péssima.
_
Na hora do almoço Lamar tentava me consolar de todas as maneiras, porém ele não sabia o motivo de eu estar daquele jeito, mas mesmo assim ele conseguiu me arrancar algumas risadas.
.
A tarde passou lentamente, acho que dormi em algumas aulas extras que tinham. Estava sentindo muita falta da joalin e doía intensamente ver ela com Yoon. Enfim, bateu o sinal e acho que fui a primeira a sair da sala, já não estava aguentando mais.
_
Passei por Josh no corredor como se nem o conhecesse, fui para o meu carro tentando entender mais uma vez minha relação com Josh, ele me causava sensações maravilhosas, mas ao mesmo tempo ele era tão... ele. Porém, eu via algo a mais nele, eu sentia que ele não era só o que ele mostrava ser, isso insistia dentro de mim.
.
Ele era o garoto mais ''tudo de ruim'' que eu havia conhecida, mas também era o mais '' tudo de bom'' e isso era o que me complicava, o que fazia ele ser complexo, ele podia ser uma coisa e também o oposto dela. Quando eu estava em suas mãos, ele sabia me manusear direitinho, por mais que ele demonstrasse que eu era apenas mais uma, em nossos momentos de intimidade eu podia sentir que não, eu podia. Eu estava me tornando dependente dele, e isso era a pior coisa que poderia acontecer.
_
Cheguei no portão de casa e logo percebi o carro de meu pai estacionando, sabia que lá viria bomba. Abir o portão lentamente, o mais lento possível, passei pelo jardim e então cheguei a porta de casa, a qual eu abri sem exitar, vamos acabar logo com isso.
.
Mia e meu pai estavam sentados no sofá da sala, me esperando claro.
_
- Chegou cedo, papai. - Ironizei.
.
- É, nós temos algumas coisas para resolver? Ou acha que eu iria esquecer. - Ele disse sério. Larguei minha mochila e peguei uma cadeira, a colocando na frente de ambos. Sentei.
_
- Engraçado né, pai. - Falei, cruzando as pernas. - Você só vem para a casa quando tem algo para resolver, ou seja, quando eu falho. - Ri irônica. - Eu não iria querer pai melhor. - Ironizei novamente.
.
- Não mude de rumo, Gabrielly. - Ele disse rude.
_
- Não estou mudando. - Falei simples.
.
- Onde você estava ontem?
_
- Já disse, na casa de Sina.
- Ah, sério? Porque eu liguei para a mãe da Sina e faz um bom tempo que você não vai lá. - Pronto, morri. - Então, eu vou perguntar só mais uma vez: onde você estava?
.
- Garanto que tem garoto na jogada. - mia chutou, ela era boa em me ferrar.
_
- Ok, quer saber onde eu estava ''papai''? - Fiz aspas com as mãos.
.
- Sim. Sem mentiras.
_
- Eu estava com alguns amigos. - Sem mentiras. Com mentiras. - Você nunca está em casa mesmo, está sempre trabalhando.
.
- Amigos, Gabrielly? Que tipos de amigos? - Ele perguntou. - Eu não fico em casa, mas mia fica. - Fui obrigada a rir alto.
_
- O que? - Gargalhei. - Eu não vejo nem sombra dessa mulher, pai. Para você ver até que ponto um corno chega, né? - Ri mais uma vez.
.
                  
                    🌛Continua?🌚

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐢𝐯𝐞 -𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲-Onde histórias criam vida. Descubra agora