~capitulo 47~

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𝑨𝒏𝒚 𝒏𝒂𝒓𝒓𝒂𝒏𝒅𝒐
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- Pai? - Me assustei ao vê-lo.
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- Onde você estava? - Ele disse com a voz calma, mas mesmo assim dava para ver que ele estava puto da vida, em nenhum momento ele tirou o jornal de seu rosto.
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- E-eu... - Droga, não conseguia dizer nada.
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- Fala, Any Gabrielly. - Ele gritou, atirando o jornal longe e vindo em minha direção. Mia riu. - Você não vai me dizer onde você estava? - Ele perguntava me olhando com certa fúria, chegava a ser doloroso.
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- Eu estava... - Pensei. - Na casa de joalin. - Menti legal, ou será que eu deveria dizer que eu estava me envolvendo com um gangster inconsequente e eu estava na casa dele? Não, esquece.
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- Ah, na casa de joalin? - Ele disse ainda desconfiado.
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- Óbvio que ela está mentindo, amor. - mia se pronunciou.
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- Cala a boca, vadia. Volta para a sua esquina. - Gritei.
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- Olha o respeito, Gabrielly. - Meu pai me repreendeu. - As vezes eu acho que eu fiz algo errado em relação à sua criação. - Ele disse respirando fundo e aquilo me doeu. - Mas enfim, ligue para joalin, quero ver se é verdade. - Droga, fodeu a porra toda. Joalin não estava falando comigo, não sei se ela iria me acobertar, não sei nem se ela iria me atender.
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Peguei meu celular com as mãos super trêmulas, eu estava mais do que fodida, Josh nem precisaria se dar o trabalho de me matar, meu pai já já faria isso. Ele não tirava os olhos de mim em nenhum momento, apenas esperando eu fazer a tal ligação. Liguei, chamou. Mas só chamava mesmo, ela não me atendia.
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- Atendeu? - Ele perguntou.
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- Você ouviu algum ''alô''? - O cortei.
Liguei novamente, e ela não atendia, liguei mais uma vez e nada. Amém, Senhor.
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- Pai, ela deve estar dormindo. Dê um tempo, por favor. - Senti um alívio me percorrer.
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- Ligue de novo. - mia disse, incrível como ela só queria ferrar com a minha vida.
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- Não se meta, mas que droga mesmo. - Disse irritada com tudo.
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- Ok, Gabrielly... - Meu pai falou. - Eu vou dormir, estou super cansado, mas amanhã é outro dia. - Aquilo soou como uma ameaça.
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Deitei em minha cama perdida em pensamentos bons e ruins, eu estava exausta, então adormeci.
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Mais um dia que eu não estava nem um pouco a fim de enfrentar. Levantei-me quase caindo de tanto sono, e o pior era que aquela escola era turno integral, eu não merecia tudo isso. Fiz minha higiene, vesti-me, peguei minhas coisas as quais eu lembrei que eu havia deixado em algum lugar da sala no terrível dia anterior.
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Peguei uma maçã de leve na cozinha, pois eu não havia tempo e nem pique para um café da manhã reforçado. Logo lembre-me que meu carro não estava na garagem, estava com Josh. Merda, será que meu pai havia visto? Claro que havia, até porque ele sempre saía antes de mim, seria mais outra coisa da qual ele me cobraria à noite. Eu desejava não voltar.
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Mas agora a questão era: como eu iria para a porcaria da escola? Eu só me fodo nessa vida, era impressionante isso, eu poderia ser uma adolescente normal, mas não, parecia que isso não era possível. Depois que eu conheci Josh tudo virou do avesso, tudo mesmo.
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A escola era longe, realmente longe, só de carro dava uns 30 minutos, imagina se eu pegasse um ônibus, chegaria lá em minha formatura. Comecei a caminhar pela rua, pensando numa possibilidade de ir para aquela joça, óbvio que eu ia ter que ir até o apartamento de Josh e talvez pegar uma carona com ele, era o jeito.
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Ouvi o barulho de uma buzina e quase não acreditei quando vi o humilde carro de Josh.
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- Você não acha que vai chegar naquela escola indo a pé, né? - Ele disse sarcástico, como sempre.
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- Se uma bicha raivosa não tivesse arranhado meu carro, talvez eu não estivesse nessa situação. - Disse brava.
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- Sabe, Gabyzinha... - Odiava quando ele me chamava assim. - Se você tivesse me respeitado, eu até te dava uma carona. Mas... - Ele disse coçando o queixo. - Por que você não pede para Fred? - Ele riu. - Ah não, esse já está morto. - Gelei.
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- O que? - Gritei apavorada.- Como assim, Beauchamp? Qual o seu problema? - Josh deu uma risada para trás, rindo do meu pavor, colocou os óculos escuros e disse: - Minha, Any Gabrielly. Somente minha. - Ele realmente levava aquilo muito à sério, Josh arrancou o carro e me deixou ali sem reação alguma, sem acreditar no que eu estava vivendo, ele havia matado Fred, ele não brincava em serviço, ele era um filho da puta. Joguei uma pedra em direção de onde onde Josh havia acabado de arrancar com o carro.
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Sentei no meio fio da calçada e comecei a chorar desesperada, eu não acreditava que aquilo estava acontecendo, não acreditava.
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- Ele tirou o arranhão de seu carro. - Ouvi uma voz nada estranha, olhei e vi Krys com o meu carro.
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Ele logo saiu e entregou-me as chaves, levantei-me com certa dificuldade, os olhos ainda ardendo em lágrimas, o coração apertado, a falta de querer enfrentar as coisas. Dei um sorriso super falso para Krys e tentei entrar em meu carro, mas ele me impediu.
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- Olha, eu mesmo vou pedir desculpas por Josh, por ele ser tão assim, impulsivo, controlador, sabe, por querer que as coisas sempre sejam do jeito dele, mas talvez ele tenha seus motivos.
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- Ou só tenha nascido errado mesmo. - Falei com a voz chorosa e Krys deu um sorriso. - Acontece, Krys. - Respirei fundo, limpando as lágrimas. - Que eu não sou qualquer uma, eu não mereço isso e ele não deveria ter matado Fred. - Falei ainda incrédula.
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🌛Continua?🌚

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐢𝐯𝐞 -𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲-Onde histórias criam vida. Descubra agora