capítulo 84 (4/15)

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𝗔𝗻𝘆 𝗚𝗮𝗯𝗿𝗶𝗲𝗹𝗹𝘆
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- Está certo, está certo. - Meu pai riu. - Essa é minha filha Any. - Dei meu melhor sorriso.

- Nossa, que menina linda. - Ela disse sorridente. - Você deve ser um pai muito cuidadoso.

- Bom, eu tento. - Ele disse. - Quase que eu ia me esquecendo, sou Sebastian Soares. - Se apresentou e eu via a troca de olhares entre os dois, estava até sentindo-me avulsa ali.

- Sebastian Soares das empresas Soares? - Ela perguntou.

- Sim. - Ele assentiu.

- Ouço muito falar. - Ela riu. - Sou Úrsula, Úrsula Beauchamp. Querem entrar?

- Não queremos incomodar. - Meu pai foi educado.

- Sim, adoraríamos. - Falei pois senti o clima que havia fluído entre os dois.

Entramos e Úrsula pediu para que nos sentássemos em um dos únicos móveis que havia naquela enorme sala, um sofá grande.

- Bom, como podem ver, eu ainda tenho que arrumar toda essa bagunça. - Ela riu sem jeito e sentou-se em uma cadeira que havia por ali.

- E então, Úrsula, você veio de onde? - Meu pai perguntou todo sorridente.

- Canadá. - Ela respondeu e eu lembrei-me de Joshua.

- Ah, Canadá? Legal, eu estive lá há algum tempinho atrás à trabalho. - Meu pai comentou. - E você mudou-se por quê? - Meu pai estava sendo curioso demais.

- Queria ficar perto do amor da minha vida. - Ela disse rindo e meu pai ficou com uma expressão meio descontente.

- Você namora? - Ele perguntou indelicado.

- Não, não. - Úrsula deu uma gargalhada. - Estou falando de meu filho, quero fazer uma surpresa para ele e então me mudei, ele mora aqui por perto.

- Ah, mãe solteira?

- Sim e sua esposa?

- Ah, eu sou viúvo. - Meu pai disse. - Ela faleceu quando Any tinha apenas dez anos.

- Sinto muito.

- Não precisa sentir. - Meu pai deu um sorriso de leve.

- E você, Any? - Úrsula pôs sua atenção em mim. - É uma garota bonita, tem namorado? - Ela perguntou, mas meu pai se meteu quando eu fui responder.

- Por enquanto não, já disse que só quando ela se formar. - O olhei e fiz uma cara esquisita.

- Você nunca falou isso. - Falei.

- Acabei de falar. - Ele deu de ombros. - Você já arruma muito problema, imagina se começar a namorar.

- Pai, na frente da moça não, por favor. - O repreendi e dei um sorriso á ela que nos olhava.

- Droga, não tenho nada para oferecer. - Úrsula disse. - Ah, espera. Acho que eu tenho uma aguinha. - Eu ri. - Aceitam?

- Claro, adoro água. - Falei.

- Desde que pegar a água não canse sua beleza. - Meu pai disse e sem querer eu dei uma gargalhada por causa daquela cantada horrível, ele me olhou sério e eu encerrei a risada.

- Tá friozinho né pai? - Falei para tontear o assunto. - De tarde a temperatura estava agradável, não acha?

- Não adianta tentar tontear o assunto, para que rir daquele jeito? - Ele me repreendeu.

- Desculpa, minha felicidade falou mais alto. - Logo Úrsula veio com dois copos d'água.

- Obrigada. - Falei pegando o copo que Úrsula me entregou e dando um gole. - Hmm, essa água tem um gosto diferente, né?! - Tentei ser agradável, mesmo água tem gosto de... água.

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐢𝐯𝐞 -𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲-Onde histórias criam vida. Descubra agora