~capitulo 53~

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𝑨𝒏𝒚 𝒏𝒂𝒓𝒓𝒂𝒏𝒅𝒐
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Coloquei as roupas no canto de um quarto qualquer, até porque eu não sabia de quem era todas, os garotos tinham mais ou menos o mesmo estilo, então dificultava. Consegui reconhecer algumas roupas de Josh pelo cheiro, aquele perfume masculino maravilhoso, o que também não vem ao caso.
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Estava só esperando os garotos chegarem para eles guardarem todas aquelas roupas, juro que eu planejava pedir educadamente para não levar um tiro, até porque, eu não estava lidando com garotos normais.
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Sentei-me no sofá e liguei a televisão, precisava afastar certos pensamentos que me levavam até meu pai e mia, coloquei em qualquer canal, não havia nada de bom mesmo.
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Em seguida, ouvi o barulho da porta, deduzi que eles haviam chegado.
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- Porra, Josh. Tu viu a cara daquele mané quando a gente chegou lá? - Urrea falava entre risos.
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- Ai caras, por favor não me matem. - Krys fez uma voz de choro imitando o suposto mané.
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- Eles se metem com a gente e depois pedem piedade, não é assim que funciona, papai. Entrou no jogo, é pra jogar. - Josh disse e todos concordaram rindo, continuei sentada no sofá apenas observando, eu ainda queria que aquelas roupas fossem guardadas.
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- Mas e aquele outro cara? Pensei que ele fosse se mijar todinho. - May disse rindo e todos foram no embalo.
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- Muito florzinhas aqueles trutas, puta que pariu, teve nem graça tocar o terror. - Josh disse com um sorriso nos lábios.
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- Ah para, teve sim, Josh. A melhor parte foi...- Urrea parou de falar e ficou observando a casa. - É impressão minha ou isso aqui tá brilhando? A gente entrou no apartamento errado né, seus zé ruelas, sempre patifando, puta merda - Urrea disse.
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- Não, esse é o apartamento de vocês mesmo. - Falei levantando-me do sofá e trazendo a atenção deles para mim. - Eu sei que não parece, mas sim, eu consigo fazer milagres. - Disse revirando os olhos.
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- Pagou de empregadinha? - Josh debochou.
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- De nada. - Ironizei.
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- Por que eu deveria agradecer? Não pedi para você fazer porra nenhuma. - Josh disse, sempre tão carinhoso.
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- Como você é mal agradecido, puta que pariu, Josh Beauchamp. - Falei brava. - Vocês eram praticamente quatro porcos dentro de um chiqueiro.
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- Quatro porcos ricos e lindos. - Urrea disse e eu mostrei o dedo do meio para ele. - Então, vai ficar aqui quanto tempo? Josh nos contou tudo. - Urrea perguntou e eu fiquei com uma expressão meio triste.
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- Eu não sei, é que eu realmente não tenho para onde ir. - Falei fitando o chão. - Mas se vocês quiserem que eu vá embora, eu vou. - Fiz um drama básico.
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- Ok, então vá. - May disse indiferente indo em direção ao sofá.
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- Sua opinião não conta, você mora aqui, mas não é gente. - Retruquei.
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- Olha, por mim... - Krys começou a falar. - Não tem problema. Vai limpar a casa todos os dias?
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- Há-há-há idiota. - Falei.
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- Por mim também, desde que você não atrapalhe e não se meta nos nossos planos. - Urrea disse. - Igual da ultima vez. - Nós dissemos em uníssono e logo abrimos um sorriso.
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- Não, juro que eu vou fingir que vocês são jovens convertidos. - Krys e Urrea riram, Josh só observava o fato de eu me dar bem com eles.
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- Vai ser meio difícil, afinal, você é a namorada de Josh. - Krys disse e os meus olhos e os de Josh se encontraram, nos olhamos por um tempo, mas logo ele desviou o olhar. Então lembrei-me das roupas.
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- Garotos, venham aqui. - Mudei de assunto. - Os quatro. - Mostrei quatro dedos para eles e saí na frente, logo eles vieram me seguindo.
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Abri a porta do quarto onde eu havia colocado as roupas e olhei para eles que encaravam aquele morro de roupas de boca aberta, segurei o riso.
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- Então, eu não sei que roupa pertence à quem. - Comecei a falar com um jeito inocente. - Se não, eu até guardaria para vocês.
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- Ok, a gente te fala e você guarda. - Krys deu de ombros e eu gargalhei.
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- Eu acho que não. - Falei cruzando os braços e ficando séria de frente para eles que me olhavam perdidos. - Bom trabalho. - Dei um sorriso.
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- Eu não vou guardar porra nenhuma. - Josh se pronunciou.
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- Sim, você vai. - Falei o encarando. - Aliás, vocês vão.
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- Eu vou é dar um tiro no meio da sua testa, isso sim. - May disse se avançando contra mim, mas Josh o puxou.
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- Depois que vocês guardarem essas roupas. - Insisti.
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- Pode ir May. - Josh disse o soltando novamente. - Se duvidar eu até te ajudo a estourar os miolos dela.
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- Você não vivem sem mim. - Dei de ombros.
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- Verdade, cara. - Krys falou para Josh.
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- Eu não vou fazer isso, é coisa de gay. - Urrea rebateu e eu revirei os olhos, eu não desistiria, isso era um ego meu, se eu queria alguma coisa, isso tinha que acontecer.
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- Gay você já é, Urrea. Então isso não vem ao caso. - Josh o sacaneou.
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- Eu não quero saber da sexualidade do Urrea, eu só quero que vocês guardem essas porras. - Falei irritada.
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- Eu não vou guardar porra nenhuma. - May voltou a dizer. - Por isso que eu nunca vou casar, mulher só serve pra encher o saco.
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- Eu não vou guardar esses bagulhos. - Josh disse dando meia volta. Fui atrás dele e o puxei pelo braço.
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- Vai sim. - Falei super confiante. - Se não... - Eu não tinha um ''se não''.
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- Se não? - Ele perguntou cruzando os braços e me encarando com uma expressão de divertimento.
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- Apenas faça. - Falei lhe dando um selinho longo, talvez isso adiantasse.
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                    🌛Continua?🌚

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐢𝐯𝐞 -𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲-Onde histórias criam vida. Descubra agora