capítulo 93 (13/15)

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𝗔𝗻𝘆 𝗚𝗮𝗯𝗿𝗶𝗲𝗹𝗹𝘆
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- Ele não é nenhum doente. - Não sei porque eu estava defendendo Beauchamp. - Ele só passou dos limites.

- É, Úrsula disse que não é a primeira vez.

- Agora vai ser. - Eu disse determinada.

- Por que você tem tanta certeza disso? - Ele perguntou ainda desconfiado.

- Eu não tenho. - Tentei disfarçar.

- E aquele tal gangster que você andava de vinte e um anos? Até onde eu sei, essa é a idade de Josh. - Droga, eu estava fodida, isso poderia acabar até com o envolvimento de meu pai e Úrsula.

- É... Jason. Ele se mudou, faz um tempinho.

- Mentira. - Ele me olhou firme. - É ele, se não fosse, seria muita coincidência. - Ele estava ficando bravo. - Eu estou gostando de Úrsula e não quero me afastar dela, assim como eu também não quero brigar com você, então se afaste deste garoto... Ou se não, você já sabe.

- Texas. Uhul. - Fui irônica. - Porém, é tarde demais para você me falar isso, eu não falava com ele fazia um bom tempo.

- Que continue assim. - Ele disse.

- Mas e quando ele estiver na casa de Úrsula, não vou poder falar com ele também? - Meu pai ter me proibido de falar com Josh não me afetou nem um pouco. Eu sabia me virar.

- Só o básico.

- Tipo?

- Oi e tchau. - Ele sorriu. - Conheço esse tipo de menino, Gabrielly. Na idade dele eu era bem assim. - Meu pai começou a dizer. - Eu também já tive crises em relação à drogas, também já tive um grupo de garotos inconsequentes com os quais eu formei uma pequena gangue, eu já fui um jovem rebelde, acredite. - Quando meu pai terminou de falar, minha boca já estava quase lá no chão.

- O que? - Perguntei incrédula. - Você?

- Sim, já arranjei muitos problemas para a minha mãe, assim como já parti vários corações, porém não quero um garoto assim para você.

- Nem eu. - Falei.

- Então estamos de acordo? - Ele perguntou e eu murmurei um sim qualquer.

- Oi, vocês estão aí. - Logo Úrsula surgiu.

- Sim, como está seu filho? - Meu pai perguntou sorridente.

- Bem, acabaram de mandar ele para o quarto. Agora pode entrar mais de um lá, os amigos dele vieram vê-lo. - Ela sorria. - Ainda bem que meu bebê está bem.

- E quando ele vai embora? - Perguntei, mas saiu sem querer.

- Amanhã, amanhã cedo eu acho, vai depender.

- Ahh. - Fingi pouco caso. - Então eu vou indo, vou deixar vocês um pouco à sós. - Sorri levantando-me.

- E aonde você vai? - Meu pai perguntou.

- Vou lá com os garotos. - Falei com cuidado.

- Os amigos de Josh?

- É.

- Eles são confiáveis, Úrsula? - Meu pai perguntou à ela.

- Sim, são uns amores.

- Menos May. - Murmurei. - Posso ir?

- Vá. - Ele disse e eu saí, meu pai sabia que não iria conseguir me segurar muito em relação à Josh, ele sabia que se eu tivesse que falar com ele, eu falaria, nem que isso me proporcionasse o Texas, meu pai sabia meu jeito difícil. Porém ele achava que eu era só mais uma garotinha idiota que caíra na lábia do gangster, talvez fosse, talvez não fosse.

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐢𝐯𝐞 -𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲-Onde histórias criam vida. Descubra agora