capítulo 103

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𝗔𝗻𝘆 𝗚𝗮𝗯𝗿𝗶𝗲𝗹𝗹𝘆
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- Os olhos são de quem?

- Seus.

- Exatamente. - Ele se ligou do corte.

- Sabe, Gabrielly... - Ele começou à dizer. - Eu voltei para essa porra apenas por você.

- Eu sei, mas isso não é nenhuma prova de amor, pois o motivo maior é sua possessão sobre mim, você quer me ter de baixo dos seus olhos.

- Também. - Ele disse pegando um cigarro do bolso e o acendendo.

- Você não vai fumar essa porra aqui, odeio essa fumaça. - O xinguei.

- E desde quando você manda? - Ele perguntou com as sobrancelhas arqueadas antes de colocar aquela merda entre os lábios.

- Eu não sei o que eu vi em você, Beauchamp. Não sei mesmo. - Um nó surgiu em minha garganta.

- Também não sei o que eu vi em você. - Ele piscou para mim. - Só veio para foder com a minha vida.

- Se você não tivesse vindo com essa droga de ''você é minha'' e o caralho á quatro, nós dois estaríamos super felizes em nossas vidas.

- Não quero ouvir sermão porra, só quero que você me deixe explicar o que aconteceu ontem. - Ele disse rude, jogando o cigarro já fumado no chão.

- Você está sujando a escola. - O repreendi.

- Foda-se. Tem faxineiras pra que? - Sua falta de humildade me enojava. Ele era tudo de ruim, por que eu gostava dele mesmo? - Você ainda me ama? - Essa pergunta me pegou de surpresa, apenas fiquei o olhando. - Hein, porra. Você ainda me ama? - Ele exigiu uma resposta e pela primeira vez desde o momento em que ele entrou naquela ginásio, eu vi tristeza em seus olhos. - Você vai me trocar por aquele merdinha que estava com você aquela hora? Você sabe que eu posso matá-lo. - Ele dizia tudo de um jeito perturbado.

- Não acredito que você fez essa porra de novo. - Eu quase gritei.

- Que porra, Gabrielly?

- Drogas, Beauchamp, drogas. Você passou a noite fumando. Dá para ver o vestígio do efeito delas. - Bati com força em seu braços e ele gritou um ''au''

- Não começa, Gabrielly. - Ele afastou seus olhos dos meus. - Eu não sei lidar com essas porras de sentimento, você acabou comigo ontem.

- Ah então eu sou a culpada, é isso?

- Sim. - Ele disse aquilo numa serenidade absurda. Agarrei seu queixo o fazendo olhar para a mim.

- Quem foi traída, fui eu, porra. - Falei com raiva e ele segurou minha mão com força a tirando de seu queixo.

- Você precisa de uma surra bem dada, para aprender quem realmente manda.

- Você não manda em porra nenhuma. - Falei grosseira.

- Não? - Ele fez um gesto e no momento seguinte eu estava sentada em seu colo, uma perna de cada lado de sua cintura. - Não mesmo? - Ele chupou meu pescoço, tentei sair, mas Josh não deixou, ele era mais forte do que eu.

- Não quero que você encoste em mim. - Soqueei seu peitoral e vi ele ficar bravo.

- Você disse que a sorte não anda do seu lado, tem noção do quanto isso é mentira? Pois você já bateu em mim umas quinhentas vezes e continua viva. - Ele disse em tom ameaçador. - Vai chegar um momento, que as coisas vão mudar.

- Eu só quero que você me deixe, porra.

- Não. - Ele disse firme. - Eu não vou te deixar, você é minha, eu quero você, eu preciso de você. - Ele quase gritava. - Eu amo você, cacete. - Nessa parte ele realmente gritou. - Eu estou tentando, mas você tem que entender que não é fácil, eu não posso mudar de uma hora pra outra, a vida de cara compromissado é muito diferente da vida que eu levava antes. - Ele tinha irritabilidade em sua voz.

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐢𝐯𝐞 -𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲-Onde histórias criam vida. Descubra agora