~capítulo 60~

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𝑨𝒏𝒚 𝒏𝒂𝒓𝒓𝒂𝒏𝒅𝒐
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- Larga de drama, Gabrielly. E entra logo, odeio quando você faz isso. - Ele entrou irritado no carro e bateu a porta, dei uma gargalhada alta.
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- Ah não, cavalheirismo, por favor. - Exigi. - Sai daí e abre a porta para mim.
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- Mas eu tô fraco mesmo. - Josh disse dando um tapa no volante. - Entra de uma vez, garota.
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- Já disse, abre a porta que eu entro. - Falei me fazendo de boba. Beauchamp desceu do carro revirando os olhos. - Vai ter uma convulsão? - Impliquei.
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- Para de graça e entra. - Ele abriu a porta e eu entrei, logo ele bateu com força. - Satisfeita, madame? - Ele perguntou irônico.
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- Não, você é um empregado muito rude.
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- Não viaja, Gabrielly. Puta que pariu. - Eu ri e ele deu a volta, entrando no carro e tomando seu lugar.
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Me inclinei para o lado e lhe dei um beijo suave no pescoço, a fim de fazer ele se acalmar, pois eu sabia como irritá-lo. O silêncio permaneceu, até eu quebrá-lo.
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- De quem é o vestido? - Perguntei olhando para o meu corpo.
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- Seu. - Ele disse simples.
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- Não se faz, Beauchamp. Da onde você tirou ele?
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- Eu tinha guardado.
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- Você era algum tipo de drag queen?
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- Porra. Você só fala merda. - Ele disse grosso.
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- Desculpa. Mas é meio estranho um homem ter um vestido guardado. - Ele me olhou se rendendo.
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- Esses... - Ele começou a falar. - Não, eu não vou falar isso, isso é gay. - Ele disse.
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- Fala, Beauchamp. Deixa de babaquice.
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- Eu estava na correria e passei em frente a uma loja, onde esse vestido estava na vitrine. Eu achei que ele apenas ficaria perfeito em você. - Ele me olhou e eu comecei a perder o ar.
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- Em mim?
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- Sim.
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- Nossa, eu não esperava isso. - Falei fitando minhas coxas, meio tímida. - De você.
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- Nem eu, Gabrielly. Nem eu. - Ele disse olhando para a direção.
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Josh parou no sinal vermelho, o que era raro e pegou minha mão que estava apoiada em minha coxa, o que era mais raro assim. Estremeci ao sentir seus dedos indo de encontro com os meus, ele a apertou, me fazendo estremecer, eu não estava o reconhecendo, não estava mesmo. Geralmente, ele pegaria em minhas coxas mesmo. Confesso que aquilo foi perfeito.
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- Então quer dizer que você ia me matar? - Josh lembrou do fato que havia ocorrido hoje à tarde, dei um riso tímido.
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- Aquela não era eu. - Me defendi.
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- Você estava estranha, se eu não fosse eu, até ficaria com medo. - Rimos e ficamos em silêncio até chegar na boate.
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Saímos do carro e o barulho do lado de fora da boate já estava ensurdecedor, Josh jogou a chave de seu carro para um manobrista qualquer e pegou minha mão, o que me fez abrir um sorriso. Um sorriso que logo cessou quando eu percebi que ele só havia feito isso para que eu pudesse entrar numa boa na boate.
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- Ela está comigo. - Ele disse à um cara que estava parado na porta, o cara apenas assentiu e saiu da frente para entrarmos, como se respeitasse Josh fortemente, assim que estávamos dentro, Josh soltou minha mão.
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Os garotos estavam vindo logo atrás, enquanto eu estava morrendo de medo daqueles caras estranhos que tinham por ali, fortes e totalmente tatuados, eles me olhavam maliciosamente, enquanto Josh estava distraído olhando para aquelas vadias que dançavam semi nuas.
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Segurei o braço do Josh com medo daqueles homens e ele travou o maxilar reprovando minha ação, o soltei rapidamente revirando os olhos. Josh nunca consegue ser uma pessoa agradável por muito tempo.
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Beauchamp cumprimentava alguns homens apenas com um gesto feito com a cabeça, já os garotos que vinham logo atrás eram mais despojados, chegam dizendo ''e aí, filho da puta'' e faziam aqueles comprimentos com as mãos cheios de frescura. Podia ver que Josh estava desconfortável comigo ali.
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Enquanto andávamos passando por toda aquela gente e ouvindo aquele som ensurdecedor de acabar com qualquer audição saudável, alas eram abertas, como se Josh fosse um chefão ou algo do tipo. E ele era. Podia ver o respeito de todos sobre ele e alguns olhares curiosos sobre mim, pois pelo visto Josh nunca costumava chegar acompanhado com uma garota do lado. Agora eu entendia porque Josh se achava tanto assim, tinha toda essa gente para babar seu ovo, ridículo isso.
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- Todos esse homens estranhos e assustador são Canadians? - Perguntei em seu ouvido por causa do barulho.
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- A maioria, alguns são apenas parceiros de fé.
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- Tô com medo. - Falei.
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- Ninguém mandou querer vir. - Ele disse indiferente quase dando uma volta de 360º com a cabeça quando uma garota com um vestido quase mostrando os órgãos passou, puxei o meu vestido um pouco mais para baixo com medo que eu estivesse vulgar igual a mesma.
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E claro, Josh não podia deixar de dar seu showzinho para me irritar, apertou a bunda da garota me deixando puta da vida, ela olhou para trás e deu um sorrisinho do tipo ''me come'' e ele piscou para ela. Droga, por que ele tinha que fazer isso comigo?
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Entrei na primeira multidão que vi, me desfazendo de Josh que nem percebeu de tando que ficava metendo a balaca e mexendo com as garotas, saí batendo perna passando furiosa pelos outros e pisando em alguns pés sem pedir desculpas, tentei me acalmar um pouco e comecei a caminhar como uma pessoa normal, dessa vez pedindo licença para poder passar pelas pessoas que dançavam de um jeito um pouco - totalmente - vulgar, principalmente algumas garotas que rebolavam se roçando naqueles homens nojentos. Tinha gente de todos os níveis, garotos mais largados, homens mais sérios, mulheres totalmente vadias, mas também tinham mulheres que pelo o que eu podia ver se davam o valor. E então, me liguei que eu estava totalmente perdida, não me importei e continuei andando.
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                    🌛Continua?🌚

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐢𝐯𝐞 -𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲-Onde histórias criam vida. Descubra agora