~capitulo 55~

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𝑨𝒏𝒚 𝒏𝒂𝒓𝒓𝒂𝒏𝒅𝒐
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- Quem é o foda agora? - Josh falava rindo, tendo a cabeça de Krys presa em suas pernas. O garoto estava um pimentão.
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- Caralho. - Falei incrédula. - Solta ele e vamos, Josh Beauchamp. - Falei em um tom autoritário. Ele parou e nós fomos até a garagem.
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- Com qual você quer ir? - Ele perguntou indiferente mandando eu escolher um carro.
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- Qualquer um serve. - Falei.
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- Mas hoje eu estou de bom humor e vou deixar você escolher. - Ele disse sorrindo.
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- Você de bom humor? O que? - Falei entre risos, duvidando daquilo.
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- Se você começar com as suas palhaçadas, isso vai mudar rapidinho. - Ele disse sério. - Então não fode.
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- Ok, desculpa. - Falei rindo. - Quero aquele ali. - Falei apontando para um carro cinza, extremamente luxuoso, parecia ter algumas partes douradas, era ouro. Eu realmente não sabia o nome daquilo.
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- Minha Bugatti Veyron? - Ele perguntou analisando. - Não, ela é muito linda para eu chegar com ela em um supermercado. - Ele disse me olhando e eu revirei os olhos.
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- Por que mandou eu escolher então?
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- Porque eu gosto de tirar com a sua cara. - Ele deu de ombros.
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- Isso é amor, já disse. - Ele me olhou e deu um sorriso irônico.
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- Vamos. - Logo Josh disse entrando em um Porsche. - Esse é o mais simples que eu tenho. - Ele disse passando as mãos pelo capô do carro. - Mas não deixa de ser amado.
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- Nossa, não tem algo mais humilde não? - Perguntei irônica.
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- Tem sim, o ponto de táxi ali da esquina, ou o ponto de ônibus. Você que escolhe. - Ele disse e entrou no carro, em seguida, entrei também e Josh arrancou.
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- Josh? - O chamei enquanto ele dirigia.
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- Que? - Ele respondeu sem tirar os olhos da direção.
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- Por que você escolheu ser um gangster? - Perguntei e ele me olhou.
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- Te interessa? - Ele foi curto e grosso.
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- Se eu estou perguntando é porque sim. - Disse no mesmo tom que ele.
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- Porque a vida quis assim. - Ele deu essa resposta clichê.
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- Josh, por favor. Só estou tentando conversar com você normalmente. Parece impossível. - Falei ficando de cara fechado. - Depois vem com esse papo que quer que eu seja sua.
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- Não começa, Gabrielly. Você sempre tem que tornar as coisas algo estrondoso, impressionante.
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- Então responda a minha pergunta, converse comigo como gente. - Exigi.
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- Sabe quando você acha que simplesmente nasce para ter tal vida? - Ele começou a dizer depois de um longo suspiro de rendimento. - Então, foi o que aconteceu, eu escolhi essa vida e ela me escolheu, simples assim.
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- Você não tem medo de algo dar errado? - Perguntei.
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- Não, porque eu já entrei nesse ramo com consciência de que era perigoso, eu já entrei com consciências das consequências. Muitos dizem que nós gangster somos de vidas fáceis, o que é mentira, pois corremos riscos intensos, e essa é a parte mais foda. - Ele me olhou e seus lábios abriram um leve sorriso.
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- Vocês são assaltantes, certo? - Perguntei sendo super direta e Josh riu.
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- Bom, somos o que é necessário para sobreviver, nós podemos ser tudo. Somos fora da lei.
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- Você me da medo.
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- É assim que tem que ser. - Ele deu de ombros.
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- Nunca tiveram problemas com a polícia? Tipo, os caras nem sonham quem vocês são, isso é impossível.
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- Para nós, isso é bem possível. Aqui não existe amadores, Gabrielly. O profissionalismo é um dos nossos maiores lemas.
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- Não acho isso necessário.
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- Como assim?
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- Vocês fazem tudo por dinheiro, certo?
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- Também.
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- Mas vocês são de famílias canadenses extremamente ricas.
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- E daí? Fazemos isso por diversão também, gostamos de adrenalina, de correr perigo, de ver nossos inimigos sofrendo, é um outro mundo, Gabrielly. Simples assim. E outra, você acha certo ficar dependendo da família pelo resto da vida?
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- No seu caso, sim. Pois é algo mais digno do que ser um gangster. - Disse indiferente.
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- Nós não conhecemos a dignidade.
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- Pra você ver até onde minha vida me levou né. - Ironizei e Josh riu.
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- Não posso fazer nada se tudo conspira ao meu favor. Até sua vida quer que você seja minha. - Ele riu.
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- Pois é, até minha vida conspira contra ao meu favor.
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- Tudo isso por que eu te tenho e você não me tem? - Ele perguntou arqueando as sobrancelhas, para ele era algo normal banalizar a situação. Fui obriga a ignorar, confesso que aquilo até foi capaz de me machucar um pouco.
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Ficamos quietos por algum tempo.
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- Por que saíram do Canadá? - Eu nunca consigo ficar em silêncio por muito tempo.
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- Porra, pra que essa porra de interrogatório?
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- Nada, só quero conhecer mais o meu ''dono'' - Pus uma doze alta de ironia em minha fala.
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- Você tem que parar de me ver assim. Possessivo.
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- Mas você é.
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- Tem razão. - Ele riu e deu de ombros.
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- Responde minha pergunta. - Exigi.
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- Porra, não da pra ficar de bom humor por muito tempo com você por perto, né? Caralho. - Ele disse me xingando, mas logo se rendeu. - Porque nós queríamos algo grande, e nossa cidade era muito pequena.
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- Hmmm...Quantos membros tem a sua gangue?
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- Perdi as contas, mas o bastante para meter o terror em Los Angeles inteira e olha que é a segunda cidade mais populosa dos Estados Unidos.
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- Todos canadenses?
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- Óbvio que não. Nós nomeamos The Canandians pensando nos principais membros, eu e os garotos, no caso.
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- Que estranho. - Falei e pude ver que eu já estava o irritando.
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- O que?
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- A maioria das pessoas que fazem parte dos Canadians são americanos.
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- Foda-se.
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                    🌛Continua?🌚

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐢𝐯𝐞 -𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲-Onde histórias criam vida. Descubra agora