~capitulo 57~

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𝑨𝒏𝒚 𝒏𝒂𝒓𝒓𝒂𝒏𝒅𝒐
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Eu já estava há uma hora e meia dentro daquele banheiro, até que eu cansei, já estava um pouco mais aliviada, mas ainda bem magoada em relação à Beauchamp, porém eu não podia me afastar, evitá-lo ou algo do tipo, eu estava em seu território por completo agora.
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Destranquei a porta do banheiro com cuidado, respirei fundo mais uma vez, olhei-me rapidamente no espelho para ver meu estado e abri.
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A casa estava silenciosa, como se não houvesse ninguém e acho que realmente não tinha. Talvez eles tivessem havido outro imprevisto ou coisa para resolver, o que me deixou mais aliviada ainda.
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- Já acabou o show? - Ouvi aquela rouquidão atrás de mim. Virei-me. Ele estava lá. O ignorei e abri a porta do quarto de hóspedes, quando fui fechar a porta, senti sua força contra a minha. - Você acha que é quem garota? Me ignora e ainda quer fechar a porta na minha cara. Até parece que tem alguma moral. - Eu não aguentava mais ouvir os xingamentos cruéis de Josh.
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- Para, Josh. - Estourei. - Chega, para de me tratar como uma merda porque eu sei muito bem que eu não sou, eu só quero um pouco mais de respeito da sua parte, não sou nenhuma das suas vadias, por mais que eu me entregue a você como uma, quero que você saiba que isso é só idiotice da minha parte, porque se eu soubesse as consequências desse envolvimento eu nunca mais tinha olhado em sua cara. E eu também não deveria ter feito porra nenhuma por Leon, deveria ter deixado ele apanhar isso sim, você e ele são dois idiotas, dois podres, não sei porque vocês são inimigos, deveriam ser amigos, irmãos, isso sim. - Ele segurou meu braço com extrema firmeza e eu o olhei com tamanha raiva. - Me solta. - Gritei.
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- Quem é que manda? - Ele dizia friamente. - Hein, Gabrielly? Quem é que realmente manda aqui? Eu ou você? Quem pode matar quem? Eu ou você? Quem realmente possui poder? Eu ou você? - Continuei o olhando, enquanto ele dizia aquilo com ódio no olhar, mas pode ter certeza, ele não estava com mais ódio do que eu. - Isso mesmo, Gabrielly. Resposta mais do que certa. Eu. - Ele disse e deu um sorriso torto. - A única pessoa que realmente merece respeito aqui, sou eu. - Ele disse e eu dei um sorriso irônico. Logo Beauchamp me soltou e eu acariciei meu braço onde ele havia deixado dolorido.
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Sentei-me na cama sem dizer nada, percebi que o que mais incomodava Josh era o meu silêncio, ele ficou parado olhando-me, pensei até em ter visto certo arrependimento em seus olhos.
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Josh sentou-se em uma poltrona que havia em uma certa distância da cama, apoiou os cotovelos em seu joelho escondendo sua cabeça entre as mãos. Eu apenas o olhava, com um olhar frio e vazio, eu sentia muita raiva, muita raiva mesmo.
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Olhei para o lado e avistei algo tentador na cabeceira da cama, olhei para frente e Beauchamp ainda estava sentado lá, com a cabeça entre as mãos sem ver nada.
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Eu estava fora do normal, eu nunca faria aquilo em sã consciência, pois eu sabia que se eu matasse Beauchamp, seria cem loucos contra mim depois. Peguei o revólver que havia na cabeceira, era pesada par alguém como eu, alguém que nunca havia tocado em um antes, eu não sabia o que fazer, até que vagas memórias de Beauchamp usando um revólver vieram em minha cabeça, apontei a arma para Beauchamp que ainda continuava com a cabeça entre as mãos sem se ligar no que eu estava fazendo, pus meu indicador no gatilho.
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Josh logo levantou a cabeça, como se houvesse sentido algo diferente e ao fazer isso me olhou sem entender ao ver uma arma apontada para ele, com certa distância, pois eu continuava sentada na cama. Ele não demonstrou nenhum medo, me olhava seriamente, desafiador. Na cabeça dele, eu falharia, e talvez ele estivesse certo. Mas por enquanto, eu me mantinha firme, os olhos transbordando raiva. Ele naquela poltrona, há uns 8 metros de distância e eu sentada naquela cama.
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- Atira, Gabrielly. Vamos ver do que você é capaz. - Quanto mais ele duvidava, com mais raiva eu ficava. - Vamos, Gabrielly. - Ele disse levantando-se e vindo me minha direção, levantei-me também.
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Nós caminhávamos um em direção ao outro, como se ele fosse me pegar para dançar tango, a única diferença era que eu estava mirando uma arma para ele, mas tirando esse pequeno detalhe.
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Pela primeira vez, eu me sentia forte e confiante perante à Beauchamp, o que nunca havia acontecido, pois eu era sempre a fraca.
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Paramos de andar, a única distância entre nós, era a da arma apontada em seu peito. Beauchamp me olhava profundamente, sem nenhuma expressão.
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- Atira. - Ele disse com a voz suavemente rouca, e então, eu resolvi fazer o que ele mandou, quando fui apertar o gatilho, Josh viu que eu não estava brincando e puxou meu braço para cima, fazendo eu dar um tiro no teto. Em um movimento rápido, ele tirou a arma de minha mão e atirou para um canto qualquer daquele quarto.
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Pensei que ele pegaria a porra daquele revólver e atiraria em mim, mas não, a única coisa que ele fez foi me puxar para perto me lascando um beijo, fazendo-me flutuar. Não resisti, eu precisava daquilo. O puxei mais ainda, enquanto ele me dava um beijo lento, segurando minha cintura com extrema força.
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Puxei os cabelos de sua nuca fortemente e senti Josh dar um sorriso entre nosso beijo. Enquanto ele sorria, as lágrimas caiam de meu rosto. O apertei mais ainda, o máximo que eu conseguia, pois aqueles momentos de concordância entre eu e Josh eram raros e únicos.
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                    🌛Continua?🌚

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐢𝐯𝐞 -𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲-Onde histórias criam vida. Descubra agora