capítulo 92 (12/15)

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𝗔𝗻𝘆 𝗚𝗮𝗯𝗿𝗶𝗲𝗹𝗹𝘆
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- Não finja que você se importa. - Ele riu debochado.

- Eu não estou fingindo, você sabe muito bem disso. - Falei.

- Foda-se, Gabrielly. Eu não preciso de você tentando me ajudar.

- Mas eu quero ajudar você, seu filho da puta. - Falei. - Eu...Te amo. - O puxei para mim, o abraçando fortemente, pensei que ele iria me empurrar, mas ele foi capaz de corresponder o abraço, ele me apertava tão forte, fazendo eu me sentir tão segura, lágrimas começaram a escorrer, só não sabia se era de felicidade ou tristeza.

Em seguida comecei a sentir seu corpo ficar mole e ele ficar mais pesado, quase me sufocando.

- J-Josh. - Eu tentava me soltar, assim que consegui, vi Beauchamp cair com tudo no chão, ele estava desmaiado. Dei um grito de pavor e me abaixei até ele o sacudindo. - Beauchamp, acorda, por favor, Kyle. - Comecei a chorar desesperadamente, olhei para Angel que continuava sentada apenas olhando, sem entender nada.

Peguei meu celular e disquei o número da emergência o mais rapidamente, um cara atendeu e eu pedi uma ambulância o mais rápido possível, deu o endereço e desliguei. Beauchamp ainda respirava, mas tudo me preocupava.

- O que aconteceu aqui? - Úrsula gritou ao ver Josh atirado no chão. - Ai meu Deus. - Meu pai olhava com cara de apavorado.

- Ele desmaiou, Úrsula. - Eu chorava, fazendo meu pai não entender. - Eu já liguei para a emergência. - Falei e ela se ajoelhou até Beauchamp.

- Pegue água, por favor. - Ela pediu para meu pai que saiu correndo.

- Úrsula. - Eu soluçava e ela começara a chorar também. - Eu nunca me perdoaria se acontecesse algo com ele. - Falei. - Nunca.

- Você não tem culpa de nada. - Ela tentou me acalmar, mas estava chorando tanto quanto eu. - Seu pai vai estranhar o motivo de você estar chorando tanto. - Ela disse.

- Eu sei. - Passei as costas das mãos no rosto. Logo meu pai veio com a água e mais dois homens que traziam uma maca, em seguida eles colocaram Josh ali e eu disse que iria junto.

- Betina, fique com Angel. - Ela ordenou para a empregada e logo nós saímos, Úrsula foi na ambulância com Beauchamp e eu e meu pai fomos atrás de carro.

- Não entendi por que você está chorando tanto por causa do desmaio daquele garoto. - Ele dizia desconfiado. - Vocês já se conhecem? - Ele perguntou e eu apenas assenti. - Da onde?

- Sem perguntas agora, por favor. - Minha voz estava embargada por causa do choro.

- Sim, mas depois nós vamos conversar.

[...]

- Como ele está? O que aconteceu com ele? - Perguntei ao avistar o médico enquanto esperávamos naquele corredor.

- É, como está meu filho? - Úrsula foi no embalo.

- Ele está sobre a base de soros, ele - O médico hesitou um pouco. - Quase teve uma overdose.

- Uma overdose? -  Úrsula levou as mãos à boca e minha reação não foi muito diferente.

- Sim, a sorte é que foi quase, se por exemplo, ele se drogasse mais um dia, aí sim, nós chegaríamos à uma overdose completa podendo até o levar a morte.

- Meu Deus. - Me senti tonta. - Mas não vai acontecer nada com ele, né? - Perguntei.

- Desde que ele fique em observação, nós podemos garantir que não acontecerá nada. - O médico deu um sorriso.

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐢𝐯𝐞 -𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲-Onde histórias criam vida. Descubra agora