𝗔𝗻𝘆 𝗚𝗮𝗯𝗿𝗶𝗲𝗹𝗹𝘆
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_- Isso mesmo que você ouviu, eu não vou repetir. - Ele disse voltando à ser um bad boy. E eu idiota, não conseguia falar nada.
- Eu...
- Não sabe o que falar? - Ele riu debochado.
- Não.
- Então me beije. - Ele disse se aproximando de mim, logo beijando meu pescoço.
- S-sai. - Tentei resistir.
- Sai? Pensei que você ia se amolecer pelo menos um pouco depois de eu ter dito aquilo. - Ele me olhou confuso.
- Não é bem assim. - E não era mesmo.
- Quer saber, Gabrielly?! Já dei o meu recado. Você que decide. - Ele disse retirando o disco do notebook. - Eu sei que você irá fazer a escolha certa. Ou seja, irá voltar para mim. - Ele disse e logo foi para a sacada desaparecendo. Toquei uma almofada em sua direção.
As coisas só pioravam, era impressionante isso, quando é que eu teria paz? Só queria ser uma adolescente normal de dezessete anos e não ter um idiota querendo à todo o custo ter posse sobre mim, eu estava cansada de ser uma marionete, mas imagina se Josh entrega uma cópia daquele disco à meu pai, ele me expulsaria de casa.
Eu não queria mais brigas com meu pai, agora que eu estava o conquistando novamente aos poucos, eu não queria mais lhe causar sofrimentos, era um momento difícil para ele, pois ele gostava de Mia e descobrira que ela era uma vagabunda, todas as noites eu ouvia seu choro e isso me corroía por dentro, ouvia ele chamar pelo nome e minha mãe e acabava ainda mais comigo e então, éramos nós dois chorando.
Meu pai merecia uma mulher que lhe entendesse e lhe valorizasse, sem se importar apenas com o seu dinheiro, sem apenas querer usufruir dele, ele merecia casar com uma rainha.
Mas voltando à mim, ao meu caso, eu estava sem saída, eu teria que pisar no meu orgulho e voltar a ser uma marionete, voltar à ser apenas usada, mas pelo menos ele disse que eu significava algo, eu não sabia quanto era esse algo, talvez fosse pouca coisa, mas confesso que aquilo me abriu um pingo de esperanças.
Eu voltaria para ele, mas não de boa vontade e também, eu não iria ser nem um pouco boba.
E aquele disco seria destruído.
E então eu estaria livre. Livre para seguir minha vida.
Tirei aquele roupão e coloquei um pijama qualquer, desci para a sala e sentei-me no sofá com esperanças que meu pai chegasse cedo.
Ouvi o barulho da porta.
Ele chegou.
- Oi, pai. - Sorri e ele veio até mim, beijando minha testa.
- Tudo bem, minha filha? - Ele perguntou me devolvendo o sorriso.
- Melhor agora. - Falei.
- Você viu que vai se mudar gente nova para a casa da frente? - Ele perguntou.
- Vi uma movimentação hoje de manhã. Já sabe quem é? - Perguntei fazendo pouco caso.
- Não, mas assim que o proprietário se mudar concretamente, nós faremos algo que sua mãe nos ensinou. - Ele disse. - Sempre receber bem os novos vizinhos. - Nós dois dissemos em uníssono e caímos na risada.
- Pai, quando você vai devolver meu celular? É torturante ficar sem ele. Como eu vou colocar o papo em dia com joalin? - Fiz beicinho.
- Na escola. - Ele disse simples.
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𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐢𝐯𝐞 -𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲-
Fanfiction"Você é minha,querendo ou não,porque eu simplesmente anseio que seja assim,você não tem escolha" - Joshua Kyle Beauchamp. • ↬E se ela fosse dele?Somente dele.Mas ele,ele não fosse dela?E se ela tentasse lutar contra isso,mas ao mesmo tempo estivesse...