capítulo 123

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𝗔𝗻𝘆 𝗚𝗮𝗯𝗿𝗶𝗲𝗹𝗹𝘆
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- Universidade de Montreal. - Aquilo saiu sem eu pensar, joalin me olhou, mas ao invés de vibrar, ficou triste, pois meu pai me enfiaria em uma universidadezinha no Texas. - Meu sonho... Que será quebrado. - bati com força em um púlpito que havia ali especialmente para discursos, todos me olharam sem entender. - Eu tenho o pior pai do mundo, o pior. - Falei à todos e respirei fundo. - Eu não tenho um discurso bom, eu não escrevi nada, assim como eu vi que foram poucos que realmente escreveram, mas eu posso tentar arriscar algumas coisas. - Cocei a garganta. - Os anos nesta escola, foram ótimos para o meu crescimento, essa escola sempre foi dona de um ensino ótimo e esplendido, mas parece que na medida em que nós vamos ficando mais velhos, as coisas vão ficando mais difíceis, isso é o que acontece com qualquer jovem do ensino médio, você é obrigado a lidar com coisas e escolhas, muitas escolhas podem ser ótima para você, mas para os outros, pode ser péssima. - Olhei para o meu pai. - Eu amo fortemente uma pessoa, mas fui impedida de ficar com ela, sei que muitos aqui sabem muito bem de quem eu estou falando, mas não é sobre isso que eu quero exatamente falar, eu quero falar sobre pessoas que anseiam em estragar a felicidade das outras, só porque não são felizes ou não tiveram porcaria de sucesso nenhum, acham que ninguém mais pode ser feliz. - Essa indireta foi para sabriny. - Mas eu acredito que o mundo dá voltas. - Eu já sentia o nó em minha garganta. - Ou então, o pior de tudo, aquela pessoa que você amava mais do que tudo se tornar um monstro. - Me referi ao meu pai. - Tudo porque acha que está fazendo a coisa certa para a sua filha, mas na verdade, não está. Está apenas sendo a pior pessoa possível. - Meu pai me olhou, mas não esboçava nenhuma expressão. - Eu desejo realmente que todos aqui tenham o melhor futuro possível, com exceção de algumas pessoas, claro. Eu quero que vocês possam se orgulhar de tudo, é sério, pois a minha vida, pois o meu futuro, bom, foi pisoteado pelo meu próprio pai. Alias, ele está bem ali. - Apontei para ele. - Deem graças á Deus por terem pessoas que dão valor á suas escolhas também, mesmo querendo o seu bem. - Bailey me olhava compreensivo. - Ah e eu não posso esquecer, obrigada por tudo, joalin. Você sabe não curto muito esse nhe nhe nhe, mas você sabe, nossa amizade não se quebrará tão fácil. - Forcei um sorriso e logo meu coração disparou quando eu vi algo passando por algumas pessoas que estava de pé. - Beauchamp... - Falei e todos olharam para trás, em seguida olharam para frente novamente, ele sumiu. Eu vi ele, eu tinha certeza, mas logo, ele já não estava mais ali, eu não acredito que eu estava ficando louca. Joalin me olhou sem entender e eu disfarcei. - Desculpa. - Sorri. - E obrigada. - Desci do palco com aquela imagem me martelando, eu tinha certeza que era ele, eu não estava louca, por mais que joalin estivesse dizendo que eu estava.

Assim que a diretora chamou todos da nossa turma, ela mandou a mesma se reunir no palco, não entendi porque na medida em que nós éramos chamados não nos orientaram a já ficar no palco. Escola estranha, formatura estranha, vida estranha. Ela falou mais alguma coisa fez aquela toda aquela coisa chata de formatura que a maioria já presenciou ou viu em algum filme e em seguida, estávamos livres, foi uma gritaria sem fim.
O final de tudo foi doloroso, a despedida foi a pior coisa da minha vida, eu e joalin chorávamos igual à duas condenadas, eu a fiz prometer que assim que ela entrasse na universidade, me mandaria fotos de lá, ela assentiu, mas não conseguia parar de chorar, eu quase nem tinha lágrimas de tanto que sofri. May veio falar comigo e disse algo muito significativo ''Tchau''.

- May, era Beauchamp não era? Ele está aqui. - Falei.

- Beauchamp não está aqui, Any. É coisa da sua cabeça. - Fiquei quieta.

- Ok. - Aquilo ainda não havia me descido.

- Te amo, amiga. Muito mesmo. - A abracei pela quingentésima vez. Logo meu pai me puxou para o carro. Aquela dor era insuportável, eu tinha vontade de rasgar meu peito e arrancar meu coração fora, minha vida estava decaindo e eu não podia fazer nada.

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐢𝐯𝐞 -𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲-Onde histórias criam vida. Descubra agora