capítulo 91 (11/15)

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𝗔𝗻𝘆 𝗚𝗮𝗯𝗿𝗶𝗲𝗹𝗹𝘆
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- Só o fato de meu pai estar saindo com sua mãe. - Dei de ombros.

- O que? Que história é essa? - Ele arqueou as sobrancelhas.

- É, maninho. - Ironizei.

- Vira essa boca para lá, Gabrielly. - Ele disse. - Ainda bem que minha mãe não sabe sobre nós dois. - Eu estava muito ferrada, fiquei tão quieta que acabei me entregando. - Puta que pariu, você também contou isso à ela? Que porra, Gabrielly. Eu estou à ponto de te esfolar.

- Me beija que é melhor. - Disse indiferente e Beauchamp me olhou.

- Eu não me permito mais tocar em você. - Ele disse meio que tentando se conter.

- Que gay, nossa. - Murmureil.

- Gay é o Urrea. - Ele disse bravo.

- Mas, mão pode tocar em mim nem um pouquinho? - O puxei para mais perto e fiz beiço. - Só um pouquinho. - Rocei meus lábios nos seus, sentindo sua respiração.

- Ga-Gabrielly, para. - Ele tentava resistir enquanto seus lábios estavam quase grudados nos meus, senti seu maravilhoso hálito de menta.

- Não, não quero parar. - Falei lhe dando um selinho longo. - Quero você... - Sabia que ele não resistiria, pois assim que terminei de falar ele me atacou, fazendo nossas línguas se encontrarem novamente, nosso beijo tinha gosto de saudade. Ele subia e descia suas mãos por minhas coxas, fazendo eu ter vontade de estar em sua cama, porém minha felicidade acabou quando ele parou o beijo.

- Gabrielly, quando você vai entender que acabou? - Ele disse ofegante. - Acabou. - Ele se afastou de mim e foi em direção ao seu carro, entrou nele e logo deu partida, eu continuei ali escorada em meu carro por alguns minutos, ainda sentindo o maravilhoso gosto de seu beijo. Uma tristeza imensa me consumiu. É, Gabrielly quando você vai entender que acabou?

[...]

Dois meses haviam se passado e eu não havia nem mais ouvido falar no nome de Beauchamp, quero dizer, Krys as vezes me ligava e nós acabávamos tocando no assunto, ele sempre me dizia como estavam as coisas, que Úrsula estava ajudando com Angel, e também falou-me da nova babá, que só ia lá quando Úrsula tinha algum compromisso, Krys também disse que ela era gostosona, piorando ainda mais meu estado e me deixando mordida por causa de Beauchamp, um dia fui obrigada a perguntar sobre ele, foi mais forte do que eu, por mais que eu estivesse decidida à esquecê-lo, perguntei como ele estava, se ele estava bem ou algo do tipo, Krys apenas disse que ele andava estranho, se trancava na porra do quarto por horas e ficava lá se drogando, disse até que a causadora disso era eu, porque na verdade Beauchamp estava sofrendo calado porque me amava, fui obrigada á rir, achei aquilo uma piada, mas fiquei triste, eu odiava saber que ele se trancava horas em um quarto para estragar sua vida.

Krys também disse que ele andava agressivo demais, não parava em casa e estava sempre com uma vadia diferente, claro que ele só me disse isso porque eu o obriguei à dizer, eu disse para ele que era só o novo Josh voltando á tona, ele riu e disse que preferia o Josh de quando eu era ''posse'' dele. Eu simplesmente disse que acabou, como se aquilo não me doesse mais.

Era meio triste ver casais felizes, no caso, joalin e May, Úrsula e meu pai, que estavam quase namorando, ainda estavam se enrolando, meu pai disse que quando se é adulto, dois meses é muito pouco para começar à namorar alguém, eu apenas revirei os olhos. Eu estava feliz por eles, juro que eu estava, mas me dava uma tristeza, porque eu gostava de alguém que nunca fora capaz de gostar de mim.

O substituto de Beauchamp, Daniel, já havia me chamado para sair duas vezes, porém eu sempre recusava, juro que ele não me atraía, apesar de ser muito bonito. Joalin começou a implicar dizendo que era porque eu não gostava dos bonzinhos, queria sempre o bad boy, só lembro de seu braço ter ficado vermelho depois do tapa que lhe dei.

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐢𝐯𝐞 -𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲-Onde histórias criam vida. Descubra agora