𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐕𝐈

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Anos e anos se passaram, como eu sei disso? Onde eu estava às vezes passavam pessoas aleatórias e eu acabava entrando na mente delas. Não dava para pegar muita coisa, apenas a data e olhe lá. A última lembrança vívida minha é daquela vadia da Esther me dissecando, enquanto eu estava sob efeito de algum feitiço que ela havia feito.

Depois de uns anos que pareceram séculos com fome e sede, eu consegui fazer alguém vir até mim através da mente e me libertar desse inferno. É óbvio que a pessoa está morta agora, mas nada demais.

Após um longo tempo caminhando por um local estranho, um carro estava vindo na minha direção. Como eu sei que é um carro? Peguei da mente de alguém uns anos atrás. A diferença é que esse parece mais evoluído.

— Moça, está tudo bem? Você está perdida? _ perguntou a mulher que estava ali dentro.

— Sim, estou perdida _ concordei fazendo uma careta e ela assentiu.

— Quer uma carona? Eu estou indo para Mystic Falls e lá você pode pedir ajuda a alguém _ sugeriu e eu assenti.

— Eu quero sim, obrigada _ agradeci e abri a porta, me sentando ao lado dela _ Me diga, em que ano estamos?

— Em 2012 _ respondeu me olhando estranho e eu me surpreendi.

— Não acredito que eu fiquei presa por tanto tempo assim. Claro que eu sabia que haviam se passado anos e anos, mas mil anos já é demais _ disse pasma e ela me encarou assustada.

— Acho que é melhor eu te levar para um hospital _ a mulher disse um pouco nervosa.

— Você vai me levar para um local onde eu possa trocar de roupa e vai me contar detalhe por detalhe tudo o que evoluiu durante esses últimos anos  _ disse séria a hipnotizando.

As próximas 2 horas foram com a Alice, o nome da mulher gentil, me atualizando sobre tudo. Ainda bem que eu pego as coisas rápido, caso contrário eu estaria ferrada.

— Chegamos _ avisou e eu sorri agradecida.

— Muito obrigada, Alice. Mas você vai esquecer sobre mim e tudo o que conversamos _ a compeli e saí do carro.

Ao entrar na loja, um barulho de sino ecoou pelo local e toda atenção se voltou para mim. Porém, logo voltaram a fazer o que estavam fazendo tranquilamente.

Em uma parte mais isolada da loja, uma pessoa em específico me chamou bastante a atenção. Vê-la depois de muito tempo, me fez sentir uma sensação estranha de felicidade. É claro que não éramos tão próximas, mas ainda continuava sendo uma amiga. E se ela conseguiu sobreviver, talvez ela saiba algo sobre o meu irmão.

— Amara? Ai meu Deus, como conseguiu sobreviver? _ perguntei a abraçando apertado, mas ela me afastou bruscamente _ Está ficando maluca?

— A única maluca é você. Eu não sei quem é essa tal de Amara, mas se me abraçar dessa forma novamente, eu mato você _ disse me olhando friamente e eu retomei a minha postura séria.

— Duplicata, era só o que me faltava _ revirei os olhos entediada e ela me olhou desconfiada _ Vocês são mesmo como baratas, ainda bem que a minha eu matei. Já pensou ter uma cópia sua andando por aí?

— Quem é você? _ perguntou mostrando as presas e me empurrando contra a parede.

— A pergunta é: quem é você? _ pontuei e a olhei divertida _ Está sentindo, querida?

— Do que está falando? _ perguntou confusa.

— Tem uma estaca próxima ao seu coração, ela está raspando nele. Um único movimento e você morre na mesma hora _ disse a olhando nos olhos e ela me olhou como se eu fosse louca.

— Não tem… _ antes que ela pudesse completar a frase, ela caiu de joelhos no chão gemendo de dor _ O que?

— Você ficou tão distraída que nem viu quando eu coloquei a estaca em você, deveria prestar mais atenção _ comentei tranquilamente.

A verdade é que não tinha estaca nenhuma, é apenas uma alucinação. Adoro fazer isso.

— Então, por que não começa a me responder? _ perguntei, enquanto procurava uma roupa decente _ A cada resposta errada, a estaca se aproxima mais do seu coração.

— Meu...meu nome é Katherine _ respondeu com dificuldade.

— Ótimo. Então, Katherine...existem mais seres sobrenaturais aqui? _ perguntei curiosa.

— Aqui parece um lar de sobrenaturais, cada dia aparece um novo _ ironizou.

— Tenho que tomar cuidado com isso, não quero ninguém sabendo sobre mim ainda _ fiz uma nota mental _ Já ouviu falar sobre Niklaus Mikaelson?

Enquanto a Esther me dissecava, ela disse que ia transformar todos os filhos em imortais e como eu não concordaria com isso, teria que se livrar de mim. Então, muito provavelmente alguém tenha ouvido falar de algum deles.

— Klaus? Quem nunca? _ perguntou como se fosse óbvio e eu me atentei mais a conversa.

— Onde eu posso encontrá-lo? _ perguntei séria e ela me olhou debochada.

— Acha que eu sou GPS? _ ironizou.

— Cuidado, Katherine. Agora só mais um milímetro e você morre. Dessa vez, sem chance de voltar _ dei de ombros e ela gemeu de dor.

— Para, por favor _ suplicou e eu ri baixinho.

— Adoro quando pedem com jeitinho _ sorri extasiada _ Me diz, onde eu posso encontrá-lo?

— Tem uma mansão que fica na rua… _ contou detalhadamente tudo o que eu precisava saber _ É só isso que eu sei.

— Certo, mas e sobre os seres sobrenaturais que existem aqui? Quero saber detalhe por detalhe, inclusive suas fraquezas _ disse tranquilamente enquanto mexia naquele amontoado de roupas _ A moda evoluiu bastante, que bom.

— Eu não sou uma Wikipédia ambulante _ grunhiu e eu revirei os olhos.

— Sendo assim você se torna inútil _ dei de ombros e me aproximei dela _ Adeus, Katherine.

— Tá bom, tá bom, eu digo _ respondeu rapidamente e eu sorri animada.

— Você é inteligente, gosto disso _ apontei para ela e me virei de costas _ Começa logo.

Demorou um pouco, mas ela conseguiu resumir tudo em tópicos importantes.

— Você foi bem útil, querida _ me abaixei até ela e ergui o seu rosto _ Você vai esquecer de mim e de tudo que aconteceu aqui. Vai embora como se nada tivesse acontecido e está livre da estaca.

Me levantei calmamente pegando a roupa e ela saiu da loja no mesmo instante.

— Moça, tem algum banheiro aqui? _ perguntei para a mulher que estava no balcão.

Depois de tomar um banho e me ajeitar, resolvi ir atrás do Nik. Já faz séculos que não nos vemos, eu estou com saudades. Com a ajuda de uma das atendentes da loja, eu consegui pegar um táxi. Agora está a dúvida, onde eu banhei e como eu paguei as roupas?

Bom, eu não paguei. E sobre o banheiro, lá era uma loja mais sofisticada, então tinha um banheiro com tudo. Depois de alguns minutos, parei em frente a uma casa enorme e muito bonita por sinal. Compeli o motorista e saí do carro ansiosa.

Assim que eu ia bater na porta, comecei a ouvir uma gritaria vindo lá de dentro e reconheci as vozes como Niklaus, Rebekah, Elijah e Kol. Como sempre eles muito unidos, repararam na ironia?

Desisti da ideia de anunciar a minha chegada e simplesmente entrei na casa. Porém, assim que eu entrei na sala, uma estaca improvisada de madeira perfurou a minha barriga, me fazendo soltar todas as sacolas de roupa que eu estava.

— Isso que eu chamo de recepção calorosa _ disse rindo, enquanto removia a estaca de mim e todos me olhavam assustados _ Então, sentiram saudades? 

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Hello loves, mais um cap pra vocês ✨
Espero que tenham gostado...
Obrigada, amo vocês ❤️❤️

𝐓𝐑𝐀𝐂𝐄𝐃 𝐏𝐀𝐓𝐇𝐒 - 𝐓𝐕𝐃𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora