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Depois daquela loucura, fui para o meu quarto e fiquei esperando Caroline chegar com Henrik. Assim que eles chegaram, fomos até a galeria do Nik e chamamos ele e a Morg, nos encaminhando depois para o fundo do quintal.
Aqui era um lugar bem bonito e bem tranquilo, era perfeito para uma tarde de descanso e reconexão.
— Não acredito que ela fez isso — Care disse incrédula, quando eu contei o que havia acontecido mais cedo na cozinha — Mas que vadia! E eu achando que ela era alguém legal.
— Pois é, até me trocou por ela — sussurrei, pegando um morango.
— Eu já pedi desculpas, ok? — se defendeu e eu dei de ombros.
— Morg, por que não fala pra Alex o que você aprendeu hoje? — Nik perguntou sugestivo, provavelmente querendo evitar uma discussão ali.
— Ah, não foi nada demais — disse despreocupada — Apenas aprendi a fazer um sombreado de forma mais sutil, além de uma combinação de cores diferente.
— Isso é incrível, filha. Parabéns — sorri amorosa e ela baixou a cabeça, acho que estava com vergonha — Nem parece que até uns meses atrás viviam querendo se matar.
— É, até que ele não é tão insuportável assim — Morg ironizou olhando para Nik que a encarava incrédulo — Tô brincando, bobo.
— Ela não tá não — Henry desmentiu, a fazendo o olhar séria — O que? Quem mandou ser mentirosa?
— Eu não sou mentirosa, seu projeto de pinscher — rebateu irritada.
Depois que descobrimos que Henrik era um lobisomem, ela não para de o chamar assim. Às vezes fico com medo de Henry se irritar de verdade e seu gene falar mais alto, mas aí lembro que ele ama a irmã e jamais a machucaria.
— Pelo menos, eu não preciso roubar magia pra fazer alguma coisa — ironizou.
— E eu não preciso matar alguém pra ser forte — devolveu.
— Chega! Podem parar os dois — mandei e eles ficaram calados — A gente pode ter um momento em paz sem vocês ficarem discutindo? Céus!
— Isso, amor, põe moral mesmo — Nik alfinetou.
— Tão criança quanto eles — Caroline murmurou entediada.
— Falou a que tem 19 anos — revidou.
— Agora vai ser vocês dois? Sério isso? — perguntei incrédula e eles se fizeram de sonsos — O que eu fiz pra merecer isso, meu Deus?
— Não é querendo iniciar uma nova briga aqui, né? — Henry começou e eu suspirei, me preparando para aguentar os surtos que virão — Pai, acredita que deram em cima da mãe lá no supermercado?
— Como é que é? — Nik perguntou se irritando, mas eu parei de raciocinar no momento que eu ouvi "pai" e "mãe".
— Seu fofoqueiro, nunca mais levo você pra nenhum lugar — Care disse irritada olhando pro Henry e depois encarou Nik sorrindo amarelo — Olha, ele tá exagerando, ok? Não foi nada demais.
— Não foi nada demais? — Henry perguntou jogando lenha na fogueira, mas parecia irritado. Ciumento igual ao pai — Ele sabia que você conseguiria pegar aquela caixa de cereal sozinha, mãe! Mas mesmo assim ele quis pegar e ainda disse que era muito jovem para ser mãe.
— Mas eu sou, ué — exclamou incrédula.
— Então, ok — Nik deu de ombros e todos o olhamos chocados — Quando a Cami me elogiar novamente, vou fazer questão de elogiar ela de volta. Afinal, não é nada demais, não é?
— NOVAMENTE? — Care perguntou incrédula — Como assim "novamente", Klaus?
— O que? Eu sou bonito, ok? Acha mesmo que não recebo elogios? — perguntou cínico.
— Viu o que você causou, garoto? — perguntei para Henry que dava de ombros.
— Mas deram em cima dela, mãe. O que queria que eu fizesse? — perguntou emburrado — A sorte dele é que tinha gente demais no mercado e eu só joguei Danone na camisa dele.
— E hoje é o dia mais feliz da minha vida — disse animada e todos pararam de fazer o que estavam fazendo e me olharam confusos — Vocês não perceberam?
— Percebemos o que? — Nik e Care perguntaram juntos.
— Henrik nos chamou de mãe e pai pela primeira vez — comemorei e ambos ficaram paralisados. Henrik estava mais vermelho que pimenta e Morg se acabava de rir da cara do irmão.
— Nossa, eu não sei o que falar — Care disse chocada, mas em seus olhos haviam lágrimas e logo o puxou para um abraço — Ah, garoto, eu te perdoo por ter me dedurado.
— Obrigado? — perguntou confuso e todos rimos.
— Só falta a Morg — Nik disse sugestivo e ela o encarou com a sobrancelha arqueada — O que? Vai passar a eternidade me chamando de Klaus?
— Sim, Klaus — sorriu inocente o fazendo resmungar coisas incompreensíveis.
Sinceramente, separados por um DNA. Porque esses dois são a cópia um do outro, eu que lute com isso.
Passamos o resto da tarde lá fora e depois todos entramos em casa e fomos para locais diferentes. Eu acabei indo para a biblioteca e fiquei lendo até me dar sede. Olhei para o relógio e vi que já eram 22:00, então fui até a cozinha pegar uma bolsa de sangue.
Assim que fechei a geladeira, vi Nik passar pela porta e o encarei confusa.
— Onde você estava? — perguntei curiosa. Eu não sabia que ele tinha saído de casa.
— Ué, amor. Eu estava com o Marcel — disse óbvio — Eu falei pra você que ia demorar um pouco lá, estávamos fazendo as pazes. Aliás, você conseguiu?
— Consegui o que? — perguntei confusa. Do que ele estava falando?
— Você sabe — insinuou, mas eu realmente não estava entendendo — Céus, como você é lerda! Conseguiu achar um lugar mais seguro para a cura?
— Niklaus, não me diga que você supostamente me entregou a maldita cura — implorei.
— Claro que entreguei, você ia dizer coisas constrangedoras na frente do Marcel — exclamou incrédulo.
— Nik, eu não saí de casa hoje — disse respirando fundo — Consequentemente, eu nunca estive no mesmo ambiente que você e o Marcel, não pedi a cura e muito menos iria revelar nossas coisas.
— Espera, se não era você... — ele começou tentando assimilar o que eu disse.
— Silas — joguei o vaso que estava em cima da mesa na parede.
Aquele idiota finalmente conseguiu o que queria!
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Hello, amores!
Momentos em família ♥️ pena que nunca dura muito :(
O Henrik chamando eles de pai e mãe 😍 achei tão pitico, mas senti vontade de jogar ele na frente do carro, quando ele dedurou a Care. Uma perfeita cria de Niklaus <3
Silas apareceu e enganou o Nik, ai ai.
Até a próxima, meus amores♥️
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𝐓𝐑𝐀𝐂𝐄𝐃 𝐏𝐀𝐓𝐇𝐒 - 𝐓𝐕𝐃𝐔
VampireTodo mundo conhece a história dos primeiros imortais do mundo, Silas e Amara. Porém, poucos sabem que teve outra pessoa a usufruir de tal poder. Seu nome é Alexandra Delacroix , a primeira Imortal Aprimorada.