𝐓𝐑𝐀𝐂𝐄𝐃 𝐏𝐀𝐓𝐇𝐒 - 𝐓𝐕𝐃𝐔

𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐗𝐗𝐕𝐈

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Acordei sentindo raios solares no meu rosto, me fazendo soltar um resmungo de frustração. Quem esqueceu a janela aberta? Ao abrir os olhos, a primeira cena que vejo é Nik e Caroline dormindo, com o lençol cobrindo metade dos seus corpos nus. E eu tenho a absoluta certeza que nenhuma cena seria melhor que essa.

Sorri de lado ao constatar aquilo e saí da cama de fininho, tomando cuidado para não acordá-los. Tomei meu banho tranquilamente e me arrumei. Assim que desci as escadas, Hayley estava na cozinha tomando café.

— Bom dia, Hayley_ disse simples, enquanto pegava uma maçã.

— Bom dia, Alex _ sorriu minimamente e me olhou confusa _ Não vai comer alguma coisa a mais? Senta aí.

— Não, obrigada. Tenho que resolver algumas coisas na rua _ pisquei e comecei a sair dali _ Ah, se perguntarem por mim, diga que eu volto já.

Respirei fundo assim que passei pela porta principal e sorri vendo a animação que estava aqui fora. Sem dúvidas, as ruas daqui são as melhores, sempre animadas e com vida. Eu realmente amo esse lugar, espero não ter que sair daqui tão cedo.

Estava observando o pintores locais e admirando as suas pinturas, porém, me senti observada. Olhei ao redor e não vi ninguém, então resolvi sair dali o quanto antes.

À medida que eu andava, mais a sensação de estar sendo seguida aumentava e isso estava me deixando estressada. Pensei um pouquinho e entrei em uma rua sem saída, esperando ansiosamente o inquilino aparecer. Assim que a pessoa entrou na rua, eu rapidamente o empurrei contra a parede.

— Tá maluco, Stefan? Eu poderia ter matado você _ disse estressada o soltando.

— Você não tem capacidade suficiente pra isso, nem mesmo se quisesse _ debochou e eu o olhei irritada.

— Quem você pensa que é, garoto? Por acaso se garante com a proteção do Niklaus? Sinto muito lhe informar.... _ comecei sarcástica, mas parei assim que ele sorriu cínico _ Tá de brincadeira?

— Olá, irmãzinha. Sentiu saudades? _ perguntou com um sorriso de lado e eu o abracei _ Vou considerar isso um sim.

— Eu senti tanta a sua falta _ murmurei e ele acariciou os meus cabelos _ Por que demorou tanto pra me ver?

— Eu demorei? Você que me deixou plantado naquela tumba _ disse incrédulo.

— Seu paspalho, eu te acordei. Queria que eu estendesse um tapete vermelho também?_ perguntei irônica e ele revirou os olhos.

— Você é uma ingrata, isso sim _ pontuou e eu dei de ombros.

— Não ligo, eu tenho que te contar tanta coisa _ disse animada, entrelaçando nossos braços e o puxando para fora dali _ Eu encontrei meus companheiros e nossa, eles são tão perfeitos e...

— Alex, querida, eu queria muito ouvir suas aventuras por esse mundo. Porém, eu tô com pressa e só vim buscar uma coisa _ disse simples e eu o olhei magoada.

Mais de 2 mil anos sem me ver e ele não quer nem saber como estou? Só quer saber daquela maldita cura.

— Não sei do que está falando _ me fiz de sonsa.

— Esse papel não cai bem em você, irmã _ ironizou _ Vamos, me dê a cura. Eu sei que está com você.

— Pois está errado, não está comigo _ dei de ombros e ele me empurrou contra uma parede que havia ali _ O que pensa que está fazendo?

— Eu não com paciência para as suas atitudes infantis, Alexandra. Me fala onde tá, ou vou te obrigar a isso da pior forma _ disse sério e eu o encarei da mesma forma.

— 2 mil anos, Silas. Foram 2 mil anos que eu fiquei sem você e tudo que você se preocupa é com a merda dessa cura? _ perguntei e ele revirou os olhos _ Não estou com ela, fim de papo.

— Mas sabe onde está, me diz _ pediu e eu o empurrei.

— Nunca mais se atreva a tocar em mim dessa forma, ou eu juro que mato você _ o olhei séria e saí dali.

Sinceramente, o que eu fiz para merecer tudo isso? Caramba, eu só sou esfaqueada por aqueles que amo, isso tá ficando cansativo.

Resolvi ir pra casa e relaxar, mas no meio do caminho ouvi o choro de duas crianças e segui o som. Ao chegar no local, avistei um garotinho tentando estancar o sangue de uma menina, que, aparentemente, era da sua idade.

— Vai ficar tudo bem, eu prometo _ ele sussurrou, enquanto lágrimas desciam pelo seu rosto.

— Ei, o que aconteceu aqui? _ perguntei e eles se assustaram _ Tá tudo bem, eu não vou machucar vocês. Eu só quero ajudar, tá bom?

— Por favor, ajuda ela _ o menino suplicou e eu me aproximei _ Ela foi atropelada por um carro, acho que atingiu algum órgão importante.

— O que vocês vão ver aqui pode ser estranho, mas eu juro que funciona _ disse tentando soar calma e mordi o meu pulso colocando na boca da garota. Estranhamente nenhum deles relutou, agiram como se fosse uma coisa normal e aquilo me deixou confusa.

— Acho que já tá bom _ o menino empurrou meu braço de perto da garota e a abraçou _ Obrigada, moça. Meu nome é Henrik.

Sorri instantaneamente com o que ele disse, nostalgia que fala?

—  E o meu é Morgana _ a garota se pronunciou, enquanto se sentava _ Obrigada por me salvar.

— Não foi nada, queridos. Meu nome é Alex, é um prazer _ sorri amorosa _ Agora vão pra casa, a mãe de vocês deve estar preocupada.

— Claro, claro. Vamos, Morg? _ chamou Henrik e ela assentiu rapidamente, o que me fez estranhar.

— Ei, voltem aqui _ chamei eles que já estavam saindo do beco _ Qual o problema?

— Não tem problema nenhum, tchau _ disse sorrindo e ia se virando, mas apareci na frente dos dois.

— Vocês têm lugar pra ir? _ perguntei arqueando a sobrancelha, eles se entreolharam e assentiram, me fazendo suspirar _ Chega de enrolação, o que aconteceu com a família de vocês?

— Fomos abandonados faz alguns anos, a gente dá um jeito, Alex _ Morgana disse séria _ Não morremos até hoje e não é agora que vamos, sabemos nos virar.

— É sério? Porque eu me lembro bem de ter te salvo agora mesmo _ sorri cínica e eles suspiraram _ Eu não posso deixar vocês aqui, isso seria desumano. Então, vocês vêm comigo.

— Não, valeu _ Henrik disse cínico e tentou puxar Morg para fora dali, mas parou ao ouvir minha voz.

— Eu não tô pedindo, venham logo _ disse séria e eles passaram na minha frente emburrados, me fazendo sorrir de lado _ Ótimo, prometo que a vida de vocês será bem melhor agora.

— É o mínimo, tá tirando a gente daqui _ Morgana sussurrou me fazendo a olhar incrédula.

— Bando de mal agradecidos _ resmunguei e eles riram.

Agora a questão é: como vou convencer Nik e Caroline que essa é uma boa ideia?

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Hello loves, os capetinhas chegaram e aí? Como será que Klaus e Caroline irão reagir? 👀