𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐗𝐗𝐈𝐈𝐈

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Depois de horas rodando a cidade, finalmente achei o cemitério que emanava magia ancestral. Tenho pena das bruxas daqui, essas antigas são um pé no saco.

Entrei sem problemas ali e comecei a procurar por alguém. Cemitério a noite não é bem um dos melhores lugares a se andar.

Saí dos meus pensamentos, quando o cheiro do Nik preencheu o local que eu estava. Ótimo, matei dois coelhos com uma cajadada só. Segui o rastro do cheiro e algumas gritarias, acho que discussões, e finalmente os encontrei.

— Isso é impossível, vampiros não procriam _ ouvi Nik dizer e estranhei.

— Vampiros não, mas lobisomens sim _ uma bruxa falou e eu comecei a entender toda a situação _ A magia te fez vampiro, mas você nasceu lobisomem. Você é o Híbrido Original, o primeiro da sua espécie. E esse bebê... Ele é uma lacuna da natureza.

— Você vai ser pai? _ perguntei me manifestando ali, mas minha voz saiu falhada. Droga, não vou chorar aqui.

— Alex... Amor, não é nada disso _ Nik disse assustado quando me viu.

— Quem é você? Como entrou aqui? _ uma das bruxas tentou se aproximar, mas bastou apenas eu encará-la que ela voltou alguns passos.

— Não importa _ disse séria e retomei a minha postura _ Como isso aconteceu? Digo, você me traiu?

— Não, eu nunca faria isso _ ele disse desesperado, mas ficou sério e olhou para uma garota que tinha uma pequena elevação na barriga _ VOCÊ DORMIU COM OUTRO, ADMITA.

— Ei, eu passei dias em um pântano arrodeada de crocodilos, porque elas acham que eu carrego um bebê mágico milagroso _ a garota se defendeu _ Você acha que eu não teria dito se ele não fosse seu?

— Minha irmã deu sua vida para fazer o feitiço que confirmava essa gravidez. Pelo sacrifício de Jane-Anne, as vidas da garota e da criança são controladas por nós _ a bruxa contou e eu fiquei atenta aquilo, isso não é boa coisa _ Logo, nós podemos protegê-las ou matá-las. Então, nos ajudem a matar Marcel ou Hayley não viverá o suficiente para ver o seu bebê vestido na maternidade.

— Espera, o que? _ a tal Hayley perguntou assustada.

— Ok, se querem Marcel morto, eu mesma mato ele _ disse me intrometendo ali e Elijah me olhou surpreso. O que? A criança não tem culpa da irresponsabilidade de Niklaus.

— Não, ainda não. Temos um plano a seguir e existem regras _ a bruxa negou e eu suspirei. Que ódio, eu vou matar essa mulher, Niklaus não vai aceitar ser coagido por ninguém.

— Como ousa me dar ordens? Como ousa me ameaçar com algo que acham que é a minha fraqueza _ Niklaus se exaltou e olhou para mim de relance _ Se queriam me manipular de alguma forma, pegaram a pessoa errada. Eu não vou ouvir mais nada.

— Niklaus, escute _ Elijah disse sério e ele parou para ouvir o coração do bebê.

Eu acabei fazendo a mesma coisa e soltei um pequeno sorriso ao ouvir aquele pequeno coração batendo tão calmamente, mas me recompus e fiquei séria novamente.

— Matem ela e o bebê, eu não ligo _ Nik disse sério e saiu dali.

— Dane-se, eu vou embora _ Hayley tentou sair, mas as bruxas não permitiram.

— Eu vou falar com ele, mas não toquem nela. Se eu ao menos sonhar que tocaram em um fio de cabelo dela, eu mato cada uma de vocês da pior forma possível _ olhei para todos ali e saí atrás daquele cabeça de vento.

𝐓𝐑𝐀𝐂𝐄𝐃 𝐏𝐀𝐓𝐇𝐒 - 𝐓𝐕𝐃𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora