𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐗𝐗𝐗𝐈𝐈𝐈

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Acordei com um barulho no quarto, abri os olhos com dificuldade por causa da claridade. Porém, meu coração acelerou ao vê-lo sentado na poltrona que fica perto da cama.

— O que está fazendo aqui? — perguntei me sentando na cama.

— Que isso, irmã? Isso é jeito de recepcionar o seu amado irmão? — perguntou cínico.

— Silas — o avisei e ele revirou os olhos rindo, se levantando do local onde estava e vindo até mim.

— Você é uma estraga prazeres — resmungou se sentando na minha frente — Eu vim me despedir.

— Como? — perguntei atônita.

— Sabe como é, consegui a cura e pretendo usá-la logo — deu de ombros — Porém, eu não poderia ir sem me despedir da garotinha chata que tem meu sangue.

— Não precisa fazer isso, Silas. Você ficou mais de dois mil anos preso, aproveita um pouco a sua liberdade — pedi sentindo minha garganta fechar.

— Você sabe que nada que falar irá mudar a minha decisão — sorriu de lado e uma lágrima solitária desceu pelo meu rosto — Vem cá.

— Por favor, não me deixa — pedi chorando, enquanto me aninhava em seus braços e ele fazia carinho no meu cabelo.

— Eu sei que não fui o irmão perfeito e eu sinto muito por ter ameaçado você e seus filhos. Você sabe que eu nunca machucaria eles, não sabe? — perguntou inseguro e eu concordei — Eu amo você, Alex. Nunca se esqueça disso.

— Não posso mesmo fazer você mudar de ideia, não é? — perguntei com um pingo de esperança, mas ele negou — Então, é um adeus...

— Sinto muito, irmã. Mas eu não consigo mais viver dessa forma, eu quero me encontrar com Amara — suspirou — Você faria o mesmo pela Caroline e o Klaus.

— É, eu sei — sorri minimamente — Obrigada por tudo, por todos os anos no período que éramos humanos, por ter cuidado de mim.

— Só fiz o meu dever — deu de ombros — Adeus, Alex.

— Adeus, irmão. Eu amo você — o abracei com força.

— Quando acordar, terá um bilhete ao lado da cama. Te deixei um presentinho nele — beijou a minha testa — Seja feliz, irmãzinha.

Sentei na cama puxando todo o ar que pudia e observei o ambiente ao redor. Ele não estava mais aqui...
Lágrimas começaram a embaçar a minha vista e logo não consegui segurar os soluços.

Nik e Caroline entraram no quarto com tudo, se assustando ao ver a minha situação. Cuidadosamente, eles se aproximaram de mim e me abraçaram, cada um de um lado.

— O que foi, amor? O que aconteceu? — Care perguntou com a voz mansa.

— Silas... — sussurrei entre os soluços.

— Ele estava aqui? O que ele fez? — Nik perguntou ficando irritado.

— Ele veio se despedir — murmurei tentando cessar o choro — Ele vai tomar a cura e se juntar com a Amara.

— Eu sinto muito, Alex — murmuraram juntos e eu concordei, me afastando deles e limpando o meu rosto.

— Obrigada, mas então, onde está minha enteada e a mãe morta dela? — perguntei séria e eles se entreolharam.

— Ainda não me acostumei com a sua mudança brusca de humor — Caroline riu nervosa.

— Silas vai morrer de qualquer jeito, ele já decidiu. Não posso fazer nada para mudar isso — disse sem expressão — Mas ainda posso salvar a praguinha.

𝐓𝐑𝐀𝐂𝐄𝐃 𝐏𝐀𝐓𝐇𝐒 - 𝐓𝐕𝐃𝐔Onde histórias criam vida. Descubra agora