Capítulo 24

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Quando a manhã chegou, Gizelly acordou antes de Rafaella e quis muito lhe preparar um café-da-manhã digno, porém simplesmente não conseguia se desgrudar dela. Estavam entrelaçadas, embaixo de um cobertor muito grosso, protegendo-se do frio que fazia, mesmo com a janela fechada. A morena não queria levantar por nada no mundo; e o fato de a namorada estar enroscada em seu corpo só tornava tudo ainda melhor.

Mas infelizmente o mundo real as chamava, e ela precisava trabalhar. Porém, não custava nada esperar Rafaella acordar, ou lhe acordar com todos os beijos do mundo. Escolheu a segunda opção por que queria ver o sorriso e ouvir a risada deliciosa da mulher dos olhos mais lindos do mundo. Beijou o rosto de Rafaella tantas vezes quanto era possível, até sentir aquelas mãos macias segurando seu rosto e ser abençoada com aquela risada que lhe aquecia o coração.

- Buén dia, baby.

Gizelly não respondeu, apenas continuou seu surto de paixão, espalhando beijinhos pelo rosto todo de Rafaella, cada pedacinho, desde as sobrancelhas até o queixinho lindo. A mulher virou para a morena, abraçando-a, os beijos não paravam e ela não conseguia parar de sorrir.

- Ai Dios, o que fiz para merecer isso?

Gizelly beijou-lhe a pontinha do nariz e encarou aqueles olhos cor de mar.

- O que?

- Esse ataque delicioso logo pela manhã.

Rafaella achou que não era possível, mas seu coração disparou só de ver Gizelly sorrir.

- Sabe o que aconteceu?

- O que?

- Eu estou apaixonada por você.

Tomando impulsão, além de estar completamente apaixonada, Rafaella deitou completamente por cima de Gizelly, ganhando um carinho delicioso nos cabelos, enquanto segurava-lhe o rosto entre as mãos.

- E eu mereço todos os beijos do mundo por isso?

- Você merece muito mais do que isso. E não é só por eu estar apaixonada por você.

- Muito mais? Tipo o que?

Os dedos de Gizelly penteavam os longos cabelos de Rafaella, aproveitando-se para acariciar suas costas quando possível. Os corpos nus se encostando embaixo das cobertas, Rafaella engoliu em seco com a tensão daquele olhar da namorada; como era possível que em dois segundos o ar mudasse entre elas? Não que fosse ruim, muito pelo contrário.

- Tudo o que quiser.

- Você fica falando essas coisas, e depois eu falo para ficarmos aqui esquecendo do mundo inteiro e você vai dizer que temos que trabalhar.

- Mas temos que trabalhar baby.

- Então não é tudo o que eu quiser.

O biquinho de Rafaella foi irresistível, Gizelly precisou beija-la quase que com força. Segurando-a pelos cabelos. E quando soltou a namorada, aqueles lábios lindos estavam inchados; os olhos já ficando marcados pelo desejo.

- É tudo o que você quiser.

- Então me beija de novo.

Como poderia dizer não à Rafaella? Era impossível. Entregou-se aos lábios dela; e foram instantes deliciosos perdidos entre beijos, suspiros e carícias. Só que, como sempre, o tesão entre elas gritou, entrelaçando-se com o romantismo da manhã. Rafaella foi a primeira a gemer e Gizelly achou incrível a velocidade com a qual seu corpo reagiu.

O telefone tocando, interrompeu-as, e a morena percebeu que o toque era o de Talles. E para ele estar ligando tão cedo, algo deveria estar acontecendo. Alcançou o aparelho na mesinha e atendeu, Rafaella não se deu por vencida.

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