Capítulo 49

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Gizelly acordou no exato momento em que Rafaella sentava sobre suas pernas no sábado de manhã; e como sempre, acordou com um sorriso que demonstrava toda a felicidade que sentia ao acordar com a mulher de sua vida colada em seu corpo. Suas mãos se espalharam pelas coxas macias de Rafaella antes mesmo de abrir os olhos, e então encontrou aquele mar esverdeado só para ela.

- Bom dia.

- Bom dia, meu amor. – Rafaella disse e segurou o rosto de Gizelly entre as mãos, puxou-o, fazendo com que a morena sentasse na cama. E então se ajeitou sobre seu colo. – Sabia que eu amo tua voz rouca pela manhã?

- Ah é? Por quê?

Mordendo o lábio inferior e sorrindo, Rafaella aproximou o rosto do de Gizelly e disse contra sua boca:

- Porque me deixa louca de tesão.

As mãos de Gizelly apertaram a cintura de Rafaella.

Mas antes que ela pudesse dar vazão ao desejo que crescia em seu ventre, viu a noiva pular de seu colo. Ela estava completamente nua, como sempre dormia, e aquele corpo escultural sempre deixava Gizelly sem fôlego. Ela devorou Rafaella com os olhos antes de levantar da cama e ir ao seu encontro; prendeu-a contra a parede, apoiando uma das mãos ao lado daquele rosto tão lindo.

- Por que está fugindo mesmo?

- Porque temos um compromisso agora pela manhã.

Rindo, sentindo-se boba como uma adolescente, Rafaella escapou por baixo dos braços de Gizelly, apenas para ser agarrada pela cintura. Ao ser erguida do chão, gritou e se contorceu em gargalhadas, era óbvio que a morena iria lhe fazer cócegas àquela hora da manhã.

- O que poderia ser mais importante do que minha urgência em te fazer rir?

- Sua urgência em me fazer gozar seria melhor.

Gizelly explodiu em uma gargalhada, o que fez com que Rafaella conseguisse escapar de seus braços, e então ela correu para o banheiro. Foi deliciosamente perseguida pela noiva e então encurralada contra a porta do banheiro.

- Essa urgência existe todos os dias, meu amor. O tempo inteiro quase.

Rafaella suspirou.

As mãos de Gizelly subiram por seu corpo lentamente, uma das mãos ficou espalmada na porta ao lado de seu rosto.

- Quase?

- Sim. – Gizelly disse com um suspiro, sua mão alcançou o pescoço da noiva, segurou-a com delicadeza. – Eu penso em outras coisas além de fazer você gozar.

Sorrindo, Rafaella enlaçou a noiva pelo pescoço.

- Como o que?

- Como o dia em que você vai se tornar minha esposa, construir uma família com você. A estréia da sua novela, em que eu vou babar tanto que vou encher um oceano.

- Construir uma família?

Gizelly selou os lábios de Rafaella de forma doce.

E foi encher a banheira para elas; se iriam ter aquela conversa, que estivessem sentadas ou mais relaxadas o possível. Rafaella esperou pacientemente e então sentou de frente para Gizelly na banheira de água quente e espumas cheirosas. Mas nada melhor do que o cheiro de sua morena.

- Nunca falamos sobre construir uma família...

- Não.

- Você quer?

- Como assim?

- Nunca pensei que você fosse querer ter filhos.

- Não sei se quero. – Gizelly ponderou e puxou o pé de Rafaella para lhe fazer uma massagem deliciosa. – Podemos ter um coelho.

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