Gizelly acordou no exato momento em que Rafaella sentava sobre suas pernas no sábado de manhã; e como sempre, acordou com um sorriso que demonstrava toda a felicidade que sentia ao acordar com a mulher de sua vida colada em seu corpo. Suas mãos se espalharam pelas coxas macias de Rafaella antes mesmo de abrir os olhos, e então encontrou aquele mar esverdeado só para ela.- Bom dia.
- Bom dia, meu amor. – Rafaella disse e segurou o rosto de Gizelly entre as mãos, puxou-o, fazendo com que a morena sentasse na cama. E então se ajeitou sobre seu colo. – Sabia que eu amo tua voz rouca pela manhã?
- Ah é? Por quê?
Mordendo o lábio inferior e sorrindo, Rafaella aproximou o rosto do de Gizelly e disse contra sua boca:
- Porque me deixa louca de tesão.
As mãos de Gizelly apertaram a cintura de Rafaella.
Mas antes que ela pudesse dar vazão ao desejo que crescia em seu ventre, viu a noiva pular de seu colo. Ela estava completamente nua, como sempre dormia, e aquele corpo escultural sempre deixava Gizelly sem fôlego. Ela devorou Rafaella com os olhos antes de levantar da cama e ir ao seu encontro; prendeu-a contra a parede, apoiando uma das mãos ao lado daquele rosto tão lindo.
- Por que está fugindo mesmo?
- Porque temos um compromisso agora pela manhã.
Rindo, sentindo-se boba como uma adolescente, Rafaella escapou por baixo dos braços de Gizelly, apenas para ser agarrada pela cintura. Ao ser erguida do chão, gritou e se contorceu em gargalhadas, era óbvio que a morena iria lhe fazer cócegas àquela hora da manhã.
- O que poderia ser mais importante do que minha urgência em te fazer rir?
- Sua urgência em me fazer gozar seria melhor.
Gizelly explodiu em uma gargalhada, o que fez com que Rafaella conseguisse escapar de seus braços, e então ela correu para o banheiro. Foi deliciosamente perseguida pela noiva e então encurralada contra a porta do banheiro.
- Essa urgência existe todos os dias, meu amor. O tempo inteiro quase.
Rafaella suspirou.
As mãos de Gizelly subiram por seu corpo lentamente, uma das mãos ficou espalmada na porta ao lado de seu rosto.
- Quase?
- Sim. – Gizelly disse com um suspiro, sua mão alcançou o pescoço da noiva, segurou-a com delicadeza. – Eu penso em outras coisas além de fazer você gozar.
Sorrindo, Rafaella enlaçou a noiva pelo pescoço.
- Como o que?
- Como o dia em que você vai se tornar minha esposa, construir uma família com você. A estréia da sua novela, em que eu vou babar tanto que vou encher um oceano.
- Construir uma família?
Gizelly selou os lábios de Rafaella de forma doce.
E foi encher a banheira para elas; se iriam ter aquela conversa, que estivessem sentadas ou mais relaxadas o possível. Rafaella esperou pacientemente e então sentou de frente para Gizelly na banheira de água quente e espumas cheirosas. Mas nada melhor do que o cheiro de sua morena.
- Nunca falamos sobre construir uma família...
- Não.
- Você quer?
- Como assim?
- Nunca pensei que você fosse querer ter filhos.
- Não sei se quero. – Gizelly ponderou e puxou o pé de Rafaella para lhe fazer uma massagem deliciosa. – Podemos ter um coelho.
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O mar do teu olhar
FanfictionGizelly Bicalho vive uma vida tranquila, pacata. Trabalha em uma livraria conhecida no centro de Monterrey; a maioria das pessoas são clientes antigos que a conhecem desde a adolescência quando era apenas filha do dono do lugar. Com a morte dos pais...